Para quem gostar do tema Tunas e tiver uma horita para gastar.....
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025
sábado, 16 de novembro de 2024
Praxe, praxismos e Tunas
Não é de agora. São já muitos os casos repertoriados de problemas resultantes da tentativa de conjugar Tuna e Praxe, onde, na maioria dos casos, as tunas são colocadas numa relação de subordinação ao código de Praxe e organismo de Praxe da instituição a que pertencem ou, então, numa suposta "colaboração" respeitosa.
Casos desses têm sido, volta e meia, relatados aqui neste blogue (em 2007, 2008, 2012 e 2020, para só citar estes), no PortugalTunas e na emissão Tunices, no blogue As Minhas Aventuras na Tunolândia (com N artigos a abordar a questão) ou no grupo Tunas&Tunas do Facebook, com as tunas ultrajadas a publicarem longas cartas de protesto e longos comunicados de agravo e indignação (onde a história é sempre a mesma: abuso de poder da Praxe sobre a Tuna).
Eis alguns casos: TeSuna - Tuna Feminina da Escola Superior de Saúde (em 2017 e agora em 2024), Miniatuna do ISAG (2024), Tuna Académica de Ciências da Saúde Norte (em 2016), a Xelb Tuna -Tuna Mista da Escola Superior de Saúde Jean Piaget - Silves (em 2020), Barítuna - Tuna Feminina da Fac. de Direito da UL (em 2015), Tuna Femina da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto (em 2015), Tuna Musicatta Contractile da Fac. de Desporto da UP (em 2014), TAB - Tuna Académica de Biomédicas do Porto (em 2014), Tuna TS - Tuna de Tecnologia da Saúde do Porto (em 2013), OUP - Orfeão Universitário do Porto (em 2014), Hinoportuna - Tuna Académica do IPVC (em 2014), Tufes- Tuna Feminina Scalabitana (em 2015), CUCA - Tuna da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (em 2014).
Portanto, perante mais um caso, a primeira coisa que nos vem à cabeça é dizer "Bem feito, ninguém vos manda serem tótós!" ou "Não foi por falta de aviso!". Afinal, há já muito que se tem procurado esclarecer que Praxe e Tunas são aspectos díspares (quer nos sites acima mencionados quer no próprio Notas&Melodias, espaço de referência nacional em matéria de praxe e Tradições Académicas) e, de certa forma, incompatíveis, independentemente de terem, muitas vezes, em comum o uso do traje académico.
Continua, por isso, válido o Manifestvm Tvnae - (Manifesto pela salvaguarda da independência histórica das Tunas/Estudantinas), infelizmente pouco lido e pouco divulgado.
Uma vez mais reiteramos que quem mistura Praxe e Tunas, quem mete tunas nos seus códigos e quem acha que a a sua Tuna deve contas a organismos de Praxe não apenas não entende de Praxe como não percebe nada de Tunas.
Estaremos sempre do lado das Tunas, de todas as que acordarem do seu longo sono encapsulado, tipo Neo no filme Matrix; e estaremos sempre dispostos a esclarecer, sem demonizar os organismos de Praxe que, grosso modo, costumam ser constituídos por malta porreira e voluntariosa, mas totalmente incompetente e ignorante em matéria de Praxe.
![]() |
Contrariando tudo quanto é da Praxe e tudo quanto é tradição tuneril, ainda há quem exija que os candidatos à tuna tenham de ter sido previamente praxados. |
E como a ignorância é a mãe de todos os erros... ainda vamos vendo, em pleno 2024, tunas, como a Sal&Tuna da ESDRM - Escola Superior de Desporto de Rio Maior – Politécnico de Santarém (instituição cujos alunos promovem uma "praxe" conhecida pela sua falta de credibilidade), a promover estas heresias praxeiras, vestindo-se de trupe musical e despindo-se moralmente de Tuna.
Meter Praxe e Tunas (assim como caloiros) no mesmo saco, seja de serapilheira, sarja ou quejandos... dá asneira. É que "quem não quer ser lobo... não lhe veste a pele", já diz o ditado.
domingo, 16 de julho de 2023
30 Anos de Mulher Gorda.
Cumprem-se 30 anos sobre o enorme fenómeno que foi “A Mulher Gorda”, nos anos 1990.
O tema é uma recolha feita pela Tuna da UTAD (a primeira a
tocá-lo) na região transmontana, sendo que cabe à Tuna de Letras da
Universidade do Porto ter sido a primeira a gravá-lo e torná-lo conhecido junto
da comunidade académica e tunante nortenha.
O tema atravessou meio país e veio parar às mãos da
Estudantina Universitária de Lisboa que, em 1993, fez dele um hit nacional.
Que impacto teve tal tema na sociedade e na promoção das
nossas tunas? Deixo-vos o que escrevi em 2017, na página de FB do Doc.Tuna:
“Junto da população em geral, teve certamente impacto, mas
acima de tudo para construir um estereótipo de tuna nem
sempre........abonatório.
Não deve haver tuna alguma que, em resultado do sucesso da
"gorda", nesses anos, não tenha ouvido do público um "- Toca a
mulher gorda!".
Casos houve em que o público se estava literalmente a
borrifar para o virtuosismo da tuna, se ela não tocasse a "mulher
gorda" o povo já não ficava contente.
O tema terá contribuído para publicitar as tunas, mas resta
saber se isso foi, de facto, benéfico a longo prazo. Se é um enorme sucesso na
época, o tema é o oposto à real qualidade da tuna que o tornou famoso: a
Estudantina Universitária de Lisboa, a qual é imensamente superior em termos
artísticos (já o era nessa época) à qualidade musical e literária do tema em
si.
Mas a verdade é que nem sempre vingam os temas de requintado
recorte musical e literário; nem sempre são sucesso os temas tocados com
grandes arranjos e virtuosismo. Por vezes, é mesmo o tema menos
"cotado" que sobressai.
O povo achou graça a esta (como acha graça a Quim Barreiros -
e note-se que respeito por inteiro esse gosto, porque também aprecio q.b.) em
detrimento de outros temas com muito mais qualidade, contidos no disco
"Serenata das Fitas".
O tema acabou por ser associado e colado às tunas (embora a
sua origem e contexto nada tenham a ver com elas), criando no imaginário
colectivo uma ideia de tuna que não corresponde exactamente a uma matriz
"mulher gordiana" (embora não seja mentira termos tido sempre muitas
tunas que são meros "solidó", umas exímias a tocar campaínhas de
porta, outras em produzir cacofonias ou ficando-se pelo
"arrebimbómalho").
Quanto a ter contribuído para o crescimento do meio tunante,
não creio, de todo, que o tema tenha tido esse condão.
Mas que temos muitas tunas à imagem da "mulher
gorda" (e que não passam disso), lá isso temos. Sempre tivemos,
infelizmente.
Qualquer tuna toca a "mulher gorda". Tunas com mais
unhas, como a EUL, tocam muito mais e melhor que apenas isso; e temos,
felizmente, muita Tuna de qualidade a prová-lo.
Seja como for, "A Mulher Gorda" tornou-se um hit,
para sempre associado às tunas.”
![]() |
"Serenatas das Fitas" em formato vinil (LP), 1993. |
![]() |
"Serenatas das Fitas" em formato CD, 1993. |
![]() |
"Serenatas das Fitas" em formato K7, 1993. |
![]() |
"Serenatas das Fitas" em formato K7, em reedição de 1994 com nova capa. |
Foi uma fase da Tuna portuguesa, uma época de descoberta e experimentação, de procura de um modelo próprio onde a Tuna ainda era muito influenciada sua pelo seu legado popular (e gerando-se confusões quanto a esse legado). O tema acabou sendo adoptado pela maioria das tunas de então (quer por graça, quer porque era fácil de executar, quer porque o público pedia), as quais, em muitos casos, foram acrescentando ou substituindo algumas quadras (com mais ou menos bom gosto).
“Serenatas das Fitas” é um dos álbuns mais icónicos da Tuna
portuguesa, muito por força de “A Mulher Gorda”, um tema que, contra todas as
expectativas (e vontades, direi) se tornou a peça central do disco (cujas
imagens acima foram extraídas do MFT – Museu Fonográfico Tuneril), e
contra a qual os demais temas constantes, embora superiores, não puderam
rivalizar em fama.
Quem manda é o público ouvinte e, por vezes, em contra-corrente ao que são os padrões mínimos de bom gosto.
sábado, 7 de janeiro de 2023
20 Anos de PortugalTunas
Uma efeméride de pormaior importância no mundo tuneril, especialmente na comunidade portuguesa. São 20 anos de PortugalTunas!
Nunca um website se afigurou tão destacado e com tamanha importância no mundo das tunas.
![]() |
O layout do portal, ainda com os separadores do "fórum" e o da "tunosfera", hoje desactivados. |
Nestes 20 anos de existência, muitos sites e páginas nasceram e desapareceram, sobretudo espaços de discussão (que estavam na moda em inícios deste século) como o tunos.com, entre outros, e que milhares de utilizadores animavam. E também o PortugalTunas teve o seu fórum, um dos espaços mais concorridos do portal (que tantos, ainda hoje, recordam com simpatia e nostalgia) que propiciou acesos e profícuos debates, promovendo que tunos se conhecessem, trocassem saberes, dúvidas, questões e, até, se lançassem em aventuras investigativas. Um fórum que, passada a moda, foi desaparecendo, sem com isso arrastar o portal para a agonia.
O PortugalTunas sobreviveu a todas essas centenas de páginas de tunas, de fóruns, de portais e portaizinhos efémeros pela sua capacidade de saber acompanhar os tempos e, acima de tudo, porque criava e/ou difundia conteúdos de qualidade, de rigor e de interesse informativo, regidos por critérios editoriais que não abanavam mediante arrufos, comezinhas reivindicações ou pueris caprichos.
![]() |
O PortugalTunas está directa ou indirectamente associado à criação de novas iniciativas, além das colaborações estabelecidas formalmente e dos eventos que vem apoiando ao longo dos anos. |
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Livro - A França das Estudiantinas
domingo, 5 de agosto de 2018
A COLABORAÇÃO ENTRE INVESTIGADORES É FUNDAMENTAL
segunda-feira, 4 de julho de 2016
A TUNA EM PORTUGAL - PRÉ-EXISTÊNCIAS ESTUDANTIS
![]() |
Correspondência de Coimbra, n.º 73, 3.ª feira, 16.09.1884 (pesquisa de José Nascimento) |
![]() |
O Tribuno Popular, n.º 2531, de 12.05.1880 |
sábado, 7 de fevereiro de 2015
Qvid Tvnae - Entrevista na Radio Alma Lusa
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Manifesto Tunante (Manifestvm Tvnae)
Não deixe de o ler, e subscrever se nele se revir.
CLIQUE:
domingo, 18 de abril de 2010
Pseudo-sapientes a falar de tunas
Bem sabemos que a Wikipédia é uma fonte falível de informação. Tanto lá encontramos informação credível como textos repletos de erros, dado que o seu conteúdo deriva da participação dos utilizadores. A falta de uma política de revisão séria dos conteúdos colocados e a de colaboradores/administradores que possuam formação nas áreas abordadas leva-nos a olhar para esta "fonte" com extremos cuidados. Parece que o mesmo se pode dizer de certas Wiki páginas, como é o caso da que é alvo deste reparo da nossa parte.
http://cmultimedia.ufp.pt/index.php/M%C3%BAsica_Popular, o qual se apresenta sob o título "Música Popular".
É datado de 2007 e escrito por um tal Carlos Cardoso.
De salientar que o texto faz parte de um conjunto mais vasto de produções, sob o título "Tradições Académicas", artigos produzidos na disciplina de Comunicação Multimédia no ano lectivo 2007-08. Também neles se verificam os mesmos erros a atitudes inqualificáveis de ignorância e incompetência, mas que escusamos, por hora, esmiuçar (lamenta-se, isso sim, a publicação de trabalhos com tão pouco rigor e perguntamos que critérios avaliativos presidem aos mesmos).
Classificar o conteúdo do artigo não é tarefa fácil, se quisermos manter alguma ecologia intelectual, mas não é menos verdade que não deixa de nos dar volta ao fígado a sucessão de palermices, roçando a estupidez.
"Música Popular
A Música popular é a música feita pelo povo, fazendo parte das suas raízes históricas. É a evolução natural, na era da globalização, da anteriormente chamada música folclórica, que seria a música de um povo transmitida ao longo das gerações. "
Esta explicação é de deixar a boca aberta. Mais ainda esta classificação de Música Popular Alternativa. Não sei onde se desencantou essa nova teoria, mas não a encontro em nenhuma obra de referência da musicologia ou etnomusicologia. O argumento comercial do reconhecimento e exposição mediática é tão ridículo que só pode ser trailer de uma tragicomédia. A própria definição de Música Popular deixa muito a desejar.
Quem não sabe deveria ter o bom-senso de se documentar, antes de se armar em sabichão.
Lastimável!
"O Nascimento da Música Popular
Esta nova música que era de alguma forma revolucionária para os padrões franceses da época, começou imediatamente a ser aceita pelo povo. Eleanor ajudava financeiramente os jovens artistas, procurando agradar os nobres que os recebessem em qualquer cidade da Europa onde fossem. Foi nesta época que surgiram os músicos viajantes, que cantavam em troca de alimento e pousada, em busca de possíveis patronos. Quando esteve casada com Henry II da Inglaterra não perdeu tempo em traduzir a nova maneira de cantar o amor cortesão, estimulando novas criações da língua bretã. Novamente o sucesso foi instantâneo, tanto na nobreza como nas classes mais populares da sociedade. Os filhos de Eleanor e Henry Iinão só cantavam temas dos trovadores como compunham pequenas peças musicais. Nesse particular, destaca-se o Príncipe Richard. Todos os trovadores que passavam pelo reinado eram convidados a cantar na Corte, inclusive o famoso Bernart de Ventadorn. Apesar se eleanor nunca ter tocado qualquer instrumento musical e nem se ter notícia de qualquer composição feita por ela, foi uma das mais importantes personagens musicais de toda a Idade média e da música no Ocidente. Sem o seu interesse e empenho em patrocinar a música e as artes de uma maneira geral, a música popular seria certamente bem diferente nos dias actuais. Eleanor colocou a música nas mãos de pessoas comuns, permitindo-lhes expressar seus sentimentos e temas que eram importantes para as suas vidas. "
Ora começamos já com uma contradição com o anteriormente dito. Se a música popular deriva da produção espontânea do povo (que reproduz, adapta, cria corruptelas, etc.), como é possível que ela nasça de forma tão individualizada, por mão de um(a) iluminado/a que, depois, serviu de modelo ao resto do mundo?
Depois fala-se em "nova música, revolucionária para os padrões da época", como se, antes disso, o povo não cantasse, tocasse e criasse, mas só estivesse restrito a música religiosa. Mais ainda, e aí a estupidez ganha contornos de acefalia aguda, pretende-se dar a entender que a música popular é um formato, uma tipologia devidamente demarcada que é exportada de França, que é copiada e se dissemina pela Europa fora.
Gostava, contudo, que esse tal sabichão que escreve estas patranhas, me esclarecesse sobre o tipo de música dessa época, o tipo de composição literária e me desse exemplos disso mesmo, nomeadamente quando aplicado a tunas.
Depois, mistura música popular e trovadores, num claro exercício de ignorância, de quem não conhece os conceitos de música erudita em contraponto com as composições profanas (muitas delas, num primeiro tempo, corruptelas de composições sacras) e as hierarquias e códigos sociais/culturais da época.
Haja paciência, para tamanha falta de decoro intelectual.
"A origem da Música Popular nas Tunas
Depois de ler, atentamente, este parágrafo, acabo na mesma como o comecei: sem saber, afinal, qual a origem da música popular nas tunas, porque tal não é respondido.
Seja como for, parece-me lamentável que os leitores sejam induzidos em erro, ao "prometer-se-lhes" esclarecer da origem da música popular nas tunas e, depois, nada explique ou ilustre, nada exponha de tangível. Por uma questão pedagógica, e para desfazer qualquer equívoco sobre essa errada teoria de ligar tunas e música popular, sugeria a leitura do artigo "A Aventura do Mito Popular".
A primeira Tuna formou-se em Coimbra, a partir da visita da Tuna de Santiago de Compostela e depois da Tuna de Salamanca e foi chamada Tuna Académica de Coimbra ou Estudantina Universitária de Coimbra."
Desde já, fique o omnisciente Carlos Cardoso seguro que a Estudantina de Coimbra (só anos depois, adopta o nome de TAUC e resta por provar inequivocamente que se trata do mesmíssimo grupo) não é a primeira tuna em Portugal, mas sim a primeira a nascer em âmbito universitário, mesmo se não era composta, exclusivamente, por estudantes da U.C. (um dos motivos que leva a estudantina a extinguir-se em 1891).
Por outro lado, a Estudantina de Coimbra nasce em resposta à vista da Tuna Compostelana, e não de Salamanca (lamentável a falta de precisão histórica!).
A caminho de Viseu
A caminho de Viseu, [Bis]
Encontrei o meu amor,
Ai Jesus, que lá vou eu! [Bis]
[Refrão]
Ora zus, truz, truz,
Ora zás, trás, trás,
Ora chega, chega, chega,
Ora arreda lá pr’a trás!
Indo eu, indo eu,
A caminho de Viseu,
Escorreguei, torci um pé,
Ai que tanto me doeu!
[Refrão]
Vindo eu, vindo eu,
Da cidade de Viseu,
Deixei lá o meu amor,
O que bem me aborreceu!
Letra e música: popular; (canção infantil, canção de roda) "
Ora, só podia o artigo terminar com "chave de ouro", com a "pièce de résistance".
O tema popular "Indo Eu a Caminho de Viseu" (que o autor chama de "A Caminho de Viseu") é escolhido como paradigma da música popular nas tunas.
Só não percebi se o é desde o séc. XIII. Pode dizer o grande académico Carlos Cardoso de quando é datado, aproximadamente, o tema?
Que eu saiba, só as tunas viseenses têm por costume cantar esta canção e, com excepção da Infantuna que, recentemente, lhe fez um belíssimo arranjo - pela mão do Dionísio V. Maior- e incluiu no seu reportório, sempre foi entoado de modo informal.
Que outras de fora o cantassem, sempre que rumavam Viseu, é natural, mas daí a fazer do tema ícone popular nas tunas...... parece-me claramente exagerado. Além disso, Tunas, em Viseu (exceptuando o caso da Estudantina Viseense de 1895 - que não consta que o tocasse ou cantasse, pois nem se sabe se o tema já existiria na altura), só há 2 décadas, pelo que não percebo esta infeliz escolha.
CONCLUINDO
Se a intenção era falar de Música Popular, não vejo, nem percebo, a inclusão de Tunas (pelo menos sem sem estabelecer uma ligação a tinas populares, cujo repertório, ainda assim, era bem mais lato).
Quando muito, poderia dizer-se que também as tunas incorporam no seu repertório música popular. Agora, colocá-las como expressão da mesma é lacunar e errado. Se o artigo é sobre Música Popular, onde estão as referências rurais e urbanas, os grupos, os instrumentos, as características, as tipologias musicais?
Se a intenção era falar sobre a Música Popular nas Tunas, não se percebe o título do artigo (Música Popular), além de que não explica coisa alguma.
Se o pretendido era falar sobre Tunas, errou completamente a tabuleta!
O facto é que nem faz uma coisa nem outra e o que faz é coisa nenhuma!
Ao que parece, estudante (ou ex-aluno) em comunicação multimédia, estou seguro que terá contrato num qualquer órgão de comunicação social sensacionalista.
Termino o artigo pedindo, desde já, desculpa, pelo tom acertivo impresso nesta intervenção, mas, actualmente, com os meios informativos disponíveis, quando se trata de pessoas supostamente letradas, quando se trata de promover a excelência e o rigor sobre uma cultura e história que todos deveriam conhecer melhor - a Tuna (de que fazem, ou dizem fazer, parte), já farta ver tanta palermice e falta de exigência académica e científica.
Ninguém está isento do erro (até porque a verdade pode ser sempre contradita por novas descobertas investigadas), mas haja o bom-senso de, ao escrever, fazer o esforço por estudar, investigar e documentar-se (e confrontar fontes) o melhor possível, de modo a que, mesmo passível de erro ou correcção futura, se mantenha a idoneidade e credibilidade de quem escreve.
Neste caso, não me parece desculpável que, existindo dados credíveis e acessíveis, se cometam tantas argoladas.
Quem não sabe pergunta e "quem não tem competência não se estabelece!".