segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

100 anos da TALE...em livro


Lançado a 1 de Dezembro (2012), precisamente numa data emblemática para as tunas de liceu, o livro "Tuna Académica do Liceu de Évora, 100 Anos de história e tradição", é um trabalho da lavra de Adília Zacarias e Isilda Mourato Mendes que, em 176 páginas, nos transporta à aventura de revivermos o que foi o passado da TALE que se confunde, muitas vezes, como próprio passado do Liceu André de Gouveia (Liceu Nacional de Évora) e da sua profusa actividade estudantil.

Um trabalho meritório que palmilhou o fundo histórico da Tuna e arquivo do Liceu, bem como as fontes locais para, de forma bem organizada e visualmente atractiva, nos contar do nascimento e evolução da mais antiga tuna de liceu em actividade, nas suas mais diversas facetas.
Aliás, merece especial destaque a organização dos capítulos e o cuidado na distribuição estética das imagens, quadros e demais iconografia, tornando o exercíco da leitura num deleite para a mente e os olhos.
O bom gosto na capa e a qualidade da impressão  são outros pormaiores a elogiar.

Um dos pormenores curiosos é que o trabalho revela que a Tuna tem antecedentes que são bem anteriores à data que é oficialmente tida como a da formal fundação da TALE. E embora a tuna não o faça, a verdade é que desde 1894 que é repertoriada a existência de Estudantina/Tuna formada por liceais, pese embora, e dentro do que o "QVID TVUNAE" já revelara", serem formações voláteis, sem carácter institucional formal.

Esta edição evocativa dos 100 anos da Tuna releva de um trabalho fastidioso e sério, pois que se difícil é a investigação, não o é menos a organização dos dados, de modo a que chegue ao leitor algo suficientemente leve para não o fazer desistir à 10ª página, mas suficientemente bem documentado e organizado para fazer, igualmente, as delícias do leitor mais exigente.

Um livro que se recomenda vivamente, quer aos que, de alguma forma, estiveram, ou estão, ligados à TALE, quer aos que têm curiosidade e gostam de saber algo mais sobre o fenómeno tunante.

Parabèns à TALE e às autoras por este magnífico trabalho, de que aqui se expõem alguns clichés:















Para quem pretende adquirir um exemplar do livro, bastatrá dirigir-se à Escola Secundária André de Gouveia ou então à Papelaria Nazareth de Évora.
No caso de quem não é de Évora, recomenda-se que contactem a  própria tuna:



http://www.tae.pt (http://www.tae.pt/contactos/) ou  contacto@tae.pt

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sites que teorizam as origens das tunas.

Pode parecer mentira, mas é verdade que ainda encontramos diversos de sites/blogues de Tunas que continuam a espalhar falsidades e mitos sobre o fenómeno Tunante, prestando não apenas um péssimo serviço, mas dando uma imagem de ausência de rigor e qualidade científica da parte de quem tinha, e tem, a obrigação de saber daquilo que pratica, e que tão mal fica em quem cursa estudos superiores, diga-se.
E se não pomos em dúvida a boa intenção de quem subsidiou tais textos, o facto é que acabou por induzir muita gente em erro ao longo dos anos.

Alguns exemplos desses sites e páginas:


Tuna Académica do ISAG (Porto): http://tunadoisag.webnode.pt/

Tu Na D'Estes (Coimbra): http://tunadestes.no.sapo.pt/tuna%20no%20lestes.htm

Tuna Académica da Fac.Economia do Porto: http://webapps.fep.up.pt/tafep/site2/index.php?option=com_content&view=article&id=18&Itemid=14

Estatuna (Abrantes): http://www.estatuna.ipt.pt/default.asp?n=30&s=1&t=1

Tuna Económicas (Lisboa): http://www.tuna-economicas.com/ (clicar em "+" e, depois, o item "história das tunas")

Tuna Feminina da Univ. Fernando Pessoa (Porto): http://tfufp.ufp.pt/historial.htm

T.A.U.C.: http://193.137.201.176/postnuke/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=24


Não é por falta nem de aviso (já muito sobre isso se falou diversas vezes e foram enviados mails e/ou colocados posts no sites em causa a alertar para a situação) nem de informação.
Era já tempo de se acabar com esses mitos tontos de tunas medievais, copy-paste feitos sem critério, de pseudo origens em sopistas ou mesmo em jograis e trovadores, ou ainda que as tunas nascem de um califa e que aparecem as tunas em Portugal porque vão uns tipos de Coimbra a Espanha e importaram a ideia.
Esses sites são co-responsáveis por propagarem ignorância e erro. Estava na hora de lhes fazer o devido upgrade ou uma limpeza, como sucedeu com tantos outros que entretanto, neste últimos 2, 3 anos, apagaram esses textos ou procuraram fontes sérias para a devida actualização.


Para quem quiser, sobre a história das Tunas:


http://notasemelodias.blogspot.pt/2012/07/notas-historicas.html

http://notasemelodias.blogspot.pt/2012/07/tuna-em-portugal-ii-notas-brevissimas.html

http://notasemelodias.blogspot.pt/2012/07/tuna-em-portugal-iii-tuna-na.html



Para um saber completo: http://www.eu-edito.com/qvid-tvnae-a-tuna-estudantil-em-portugal-ve.html

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Qvid Tvnae? - Apresentação no Porto (Rescaldo)

Num ambiente muito familiar, foi apresentado, no passado dia 23 de Novembro (2012), no Porto, a obra "Qvid Tvnae? A Tuna Estudantil em Portugal".
A apresentação da obra ficou a cargo do amigo, Prof. doutor João Caramalho Domingues.

Disponível gratuitamente aqui:https://drive.google.com/file/d/1HnbZrKgcb7zhwoD9KApuA9UogUvmwLew/view?fbclid=IwAR1q7d6lRQDq5bg6ZfrRnqulW9BvCToWH6K-FRG2njGG4SbezbGaaE_-um4

Aqui ficam algumas imagens.













domingo, 28 de outubro de 2012

Qvid Tvnae? na AAOOUP no XXVI FITU do Porto, 2012


Apresentação do livro "Qvid Tvnae?" na Associação dos Antigos Orfeonistas do OUP, integrada no XXVI FITU do Porto, a 13 Outubro de 2012.

A apresentação coube, uma vez mais, ao nosso dilecto amigo, prof. doutor João Caramalho Domingues.

Disponível gratuitamente aqui:https://drive.google.com/file/d/1HnbZrKgcb7zhwoD9KApuA9UogUvmwLew/view?fbclid=IwAR1q7d6lRQDq5bg6ZfrRnqulW9BvCToWH6K-FRG2njGG4SbezbGaaE_-um4



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Qvid Tvnae no XXII FESTUNA, 2012

No passado dia 6 de Outubro, durante o 22.º FESTUNA, em Coimbra, foi feita a apresentação do "Qvid Tvnae?" nas instalações do Teatro Académico Gil Vicente.












terça-feira, 2 de outubro de 2012

Apresentação do Qvid Tvnae em Coimbra (XXII FESTUNA), 2012


Apresentação do "QVID TUNAE?" no XXII FESTUNA.
Sábado, dia 6 de Outubro, pelas 17h30 no TAGV.
PVP: 22€


Organização da Estudantina Universitária de Coimbra e Secção de Fado da AAC.

domingo, 23 de setembro de 2012

Cartazes de certames




Estas notas vão especialmente dedicadas a um lado mais sombrio da actividade tunante. E digo mais sombrio por ter sido continuamente deixado à sombra de outros aspectos a que mais facilmente emprestamos a luz dos holofotes.
A actividade tunante registada de há 2 décadas a esta parte mudou muito, comparado com o que se fazia no “antigamente”.
Hoje em dia, concorrem à actividade do negro magistério não apenas competências artísticas (musicais, cénicas…..) ou culturais (modus vivendi que recupera e adapta a velha Praxis do “correr la tuna”), mas também talentos de outras áreas.
Uma delas é a da área gráfica, do desenho, das artes plásticas.
E nada traduz melhor isso mesmo do que olharmos para as centenas de cartazes de eventos tuneris.

De facto, pouca atenção e reconhecimento se tem dado aos que fazem esse trabalho de bastidores, e quase nenhuma atenção é dada pelos média tunantes à beleza dos cartazes.
Os artistas, façam-no eles à mão ou com recursos tecnológicos, são uma peça essencial do funcionamento orgânico da Tuna, naquilo que é a sua exposição pública (através da organização de eventios desta natureza).
Sobre a qualidade gráfica dos cartazes, temos de tudo, como no supermercado.
Mas é interessante ver, numa perspectiva diacrónica, a própria evolução dos gostos e dos tempos, comparando o que eram os cartazes de há 20 anos, com aquilo que hoje se produz.

Uma clara constatação se nos depara: foram os mesmos evoluindo, à medida dos recursos tecnológicos. Os primeiros eram-no à mão e, gradualmente, foram sendo trabalhados com recurso à TIC, misturando, ainda, a componente do desenho (mesmo que assistido por computador) manual.

Gradualmente, contudo, também fomos assistindo a outros modos de construção, que passaram pela cópia de imagens da net que, com hábil corte e costura (facilitado pelos programas de edição de imagem) se truncavam e mesclavam. Muitas destas opções resultaram felizes e bem conseguidas, é verdade, contrastando com outras tantas que, uma vez pelo seu cariz minimalista (quase sem alteração alguma), outras em rebuscados desenhos ou imagens, nem sempre remetiam directamente para o conteúdo do programa: tunas.

 Temos, nestas várias “correntes pictóricas” os que construíram os cartazes de raiz, os que optaram pela mera adaptação de imagens mais ou menos conhecidas (tiradas da net ou de outra fonte) e os que misturaram as duas anteriores (com mais ou menos engenho).

Grosso modo, em todos eles encontramos exemplares (e são muitos) de cartazes muito bem conseguidos, prova que a Tuna é espaço de realização e potenciação de várias competências e saberes e que, afinal, não apenas a música nela se expressa (quando nela concorrem áreas tão diferentes como marketing, gestão, design, informática (nas suas várias vertentes), comunicação, entre outros.

 Outro aspecto que podemos dissecar, numa análise comparativa e diegética, prende-se com o cariz identificativo, de marca pessoal do próprio evento/cartaz.
Uma larga maioria dos cartazes produzidos pouco tempo manteve traços identificativos comuns, variando o tema escolhido de edição para edição.
Essa heterogeneidade e variação se, pró um lado, teve o condão de possibilitar a diversidade, por outro lado retirou o mais forte dos traços de um evento cíclico: a identificação pictórica.
Com efeito, em grande parte dos casos e dos cartazes analisados (das muitas centenas que guardo em arquivo), são muito poucos os que mantêm traços que se repetem. Quase sempre é preciso ler para se perceber de que evento (festival, encontro, certame) se trata.

Há uns anos, bastava, por exemplo ver ao longe um cartaz do CELTA para assim o reconhecer (sem precisar de ler o título do evento). Facto é que a famosa imagem da lua em fundo (com o Tuno a tocar ou a Sé em evidência), sempre presente nas sete primeiras edições, só fugazmente reapareceu (XIII e XIV, em 2006 e 2007, respectivamente), mas será dos certames onde se manteve, no tempo, a imagem de marca que ainda hoje perdura: o dito tuno com boina e a famosa lua, os 2 elementos emblemáticos dos cartazes do certame. 
Outro exemplo de cartazes que mantiveram traços comuns, como imagem de marca, foram os do FARTUNA. O mesmo com o festival BOCAGE nas suas primeiras edições, com a imagem do poeta como símbolo primeiro, mas desapareceu, também ele.
O BRACARA AUGUSTA, por sua vez, manteve, nas suas primeiras 4 edições, a imagem de alguns emblemáticos locais da cidade (em desenho), mas rapidamente deixou de ser opção.
De todos, por enquanto, escapam os do FITAS, onde a mascote do castelo continua de pedra e cal, ocupando espaço generoso e destacado.

 Como facilmente depreendemos, se, por um lado, se multiplicaram os certames e a isso concorreu o contributo cada vez maior de jovens e talentosos artistas na parte da concepção gráfica dos cartazes, que multiplicaram a variedade de motivos e temas, rivalizando em propostas de qualidade, não é menos verdade que a ânsia de fazer diferente, de inovar e “modernizar” também delapidou o poder da identificação pictórica e gráfica que o cartaz, por si só (e falo da imagem apenas) detinha.


À força de variar, caiu-se, muitas vezes, na eliminação de imagens emblemáticas com que todos nós já nos identificávamos e identificávamos o evento.
Hoje em dia, nem mesmo se consegue, ao longe, identificar um certame de referência se não conseguirmos ler o título do evento, o que concorre para a perda gradual do emblematismo (passo o neologismo) de imagens consagradas, que eram marca registada, por assim dizer.


 Claro está que não se defende a monotonia, mas certo estou que muito se pode variar, mantendo alguns traços já consagrados e identificativos (imagem de marca do evento pela sua reiteração ao longo de anos) que não apenas o logo da tuna organizadora. Mas mesmo concedendo que as coisas se esgotam, então que o refresh total possa, ele próprio, conter elementos que sejam aproveitados nos cartazes seguintes, variando, assim, o fundo do cartaz por ciclos (a cada 5 edições, por exemplo), ao invés de variar anualmente.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Estudantina de Coimbra no Porto, 1888, em O Comércio do Porto


Sobre a presença da Estudantina de Coimbra na cidade do Porto, em Dezembro de 1888.
Investigação pessoal, no âmbito do CosaGaPe




Estudantina de Coimbra no Porto,
O Comércio do Porto 04 Dezembro 1888, p.2


Estudantina de Coimbra no Porto,
O Comércio do Porto 07 Dezembro 1888 página 2 (1)

Estudantina de Coimbra no Porto (isenção de faltas)
O Comércio do Porto 08 Dezembro 1888 p. 2

Estudantina de Coimbra no Porto,
O Comércio do Porto 09 Dezembro 1888, p.1

Estudantina de Coimbra no Porto (partida),
O Comércio do Porto 11 Dezembro 1888, p.1

Estudantina de Coimbra no Porto, (chegada a Coimbra),
O Comércio do Porto 11 Dezembro 1888 p. 2