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sábado, 7 de janeiro de 2023

20 Anos de PortugalTunas

Uma efeméride de pormaior importância no mundo tuneril, especialmente na comunidade portuguesa. São 20 anos de PortugalTunas!

Nunca um website se afigurou tão destacado e com tamanha importância no mundo das tunas.

O layout do portal, ainda com os separadores do "fórum" e o da "tunosfera", hoje desactivados.

Nestes 20 anos de existência, muitos sites e páginas nasceram e desapareceram, sobretudo espaços de discussão (que estavam na moda em inícios deste século) como o tunos.com, entre outros, e que milhares de utilizadores animavam. E também o PortugalTunas teve o seu fórum, um dos espaços mais concorridos do portal (que tantos, ainda hoje, recordam com simpatia e nostalgia) que propiciou acesos e profícuos debates, promovendo que tunos se conhecessem, trocassem saberes, dúvidas, questões e, até, se lançassem em aventuras investigativas. Um fórum que, passada a moda, foi desaparecendo, sem com isso arrastar o portal para a agonia.

O PortugalTunas sobreviveu a todas essas centenas de páginas de tunas, de fóruns, de portais e portaizinhos efémeros pela sua capacidade de saber acompanhar os tempos e, acima de tudo, porque criava e/ou difundia conteúdos de qualidade, de rigor e de interesse informativo, regidos por critérios editoriais que não abanavam mediante arrufos, comezinhas reivindicações ou pueris caprichos.

Um espaço que primou, sempre, por informar com rigor e seriedade, com base num trabalho honesto, coerente e desinteressado, mesmo se, como é normal, com erros e lapsos pelo caminho, como é natural em quem tem a ousadia de fazer, arriscar e inovar (pois só não erra quem nada faz).


O trabalho do PortugalTunas é difícil de medir, pela quantidade de actividades que promoveu ou a que se associou (isto sem falar de todo o labor que não teve visibilidade, mas foi determinante), fosse colaborando com eventos fosse dando apoio a iniciativas diversas ou através de parcerias com instituições, portais e organizações.
É fácil relembrar a mais recente: a criação do PTV (PortugalTunas TV) e as emissões que ajudaram a passar o tempo de pandemia, que nos acossou durante 2 anos, mas muitas outras houve em que o seu papel foi igualmente determinante, muitas vezes como mero porto de abrigo e facilitador (os ENT, por exemplo).

Foram muitos os que passaram pelas fileiras do PortugalTunas, colaborando em diversificadas funções (de administração, de apoio técnico, de reportagem, de redacção de notícias, de criação de conteúdos, de colaboração diversa...), sempre sob a orientação dos seus dois timoneiros e fundadores: José Rosado e Ricardo Tavares, figuras cimeiras e incontornáveis da própria história tuneril portuguesa.

Foram igualmente uns quantos que, tendo o PortugalTunas em comum, acabaram por ir criando novos espaços e desenhar novas iniciativas que foram complementando a oferta do portal, pelo que directa ou indirectamente ligadas ao mesmo.

O PortugalTunas está directa ou indirectamente associado à criação de novas iniciativas, além das colaborações estabelecidas formalmente e dos eventos que vem apoiando ao longo dos anos.

Hoje, o portal do PTunas já não é aquele espaço diariamente visitado por milhares, porventura nem sequer já tão unanimemente (re)conhecido e estimado como outrora, mas isso em nada diminui o seu papel e importância. O problema não está, pois, no portal em si, mas, infelizmente, está, sim, numa mudança de paradigma onde se reinstalou uma certa apatia e desinteresse que, durante anos, o PortugalTunas tem sabido contrariar como ninguém.

Duas décadas são, só por si, um feito notável de resiliência e perseverança; um exemplo de verticalidade e rigor que resiste a ventos de umbilicais bolhas e achismos, a ventos de desinteresse pelo que fomos, somos e queremos ser como comunidade. 



A comunidade tuneril portuguesa muito deve ao PortugalTunas, aliás aplica-se-lhe perfeitamente a frase de  Winston Churchill: "nunca tantos deveram a tão poucos" e o Além Tunas, obviamente, não podia deixar de se associar a esse penhorado reconhecimento e agradecimento pelo papel e contributo incontornável, e preponderante, que o PortugalTunas teve, e tem, na história recente da Tuna em Portugal. E se temos tido o "Preço Certo", há 20 anos, o PortugalTunas tem sabido dar a Tuna certa, ao longo destas duas décadas.

Parabéns!

terça-feira, 28 de abril de 2020

TUNICES - A Tertúlia que COnVIDa TUNA


"Há males que vêm por bem."

Poderia ser o chavão popular usado para caracterizar o novo programa que o PortugalTunas tem promovido desde 27 de Março.
Em tempos de confinamento, devido à pandemia pelo vírus Covid-19, temos assistido a um crescimento exponencial da actividade nas redes sociais, a que as tunas não passaram ao lado. Têm, aliás, redobrado em iniciativas nesse domínio (algumas de grande qualidade), mesmo se o modelo dos vídeos musicais (entre outros) possa já estar a atingir um ponto de saturação.

São muitas e variadas as formas que as tunas encontraram para se reinventarem nesta época, mas é indubitavelmente o "TUNICES" que apresenta uma programação de maior qualidade e utilidade à comunidade. Verdadeiro serviço público tuneril, iniciou por ser diário, sempre às 22h00, estabilizando, após as primeiras tertúlias, em emissões à 2.ª, 4.ª e 6.ª[1].

Espaço onde os assuntos são abordados, de forma leve, bem disposta e em ambiente de verdadeira tertúlia, e que já passaram por muitos temas (dos mais técnicos aos  mais históricos, dos mais anedóticos aos mais sensíveis, dos que pareciam, à partida, pouco ter para espremer e, depois, deram sumo inesperado).
Ricardo Tavares e José Rosado (recentemente entrevistados sobre o programa e percurso de 18 anos do PTunas) emprestam toda a sua competência e saber, como anfitriões, recebendo personagens diversas do panorama tuneril, com quem estabelecem um diálogo que faz esquecer as horas.

O "TUNICES" vai já em 15 emissões.
Tem ainda muito tema por explorar, muitos ângulos para pôr os assuntos em perspectiva, muitos convidados para nos ajudarem a passar bons momentos, como até aqui tem sucedido.

A receita é de sucesso, mesmo se sabemos que grande parte do público alvo se está nas tintas, como sempre esteve (seja para corresponder ao Census Tuna do Ptunas, a participar nos ENT, a ler, a debater...), mais interessado em publicidades efémeras, em likes de ocasião e vaidades de instagram.

O "TUNICES" é uma das poucas iniciativas tunantes da actualidade que merece efectivo destaque, seja pela qualidade do programa em si (e dos seus animadores) seja pelo formato televisivo, via youtube, que permite aprender e reflectir sobre a Tuna, de forma lúdica.
Um programa para quem gosta de Tunas a sério, em todas as suas dimensões e facetas.
Se não estamos perante a descoberta da pólvora, estamos, certamente, perante um dos tiros mais certeiros dos últimos anos.

Não podemos senão parabenizar o PortugalTunas pela iniciativa e aguardar, ansiosamente, pelas próximas emissões, neste que se tornou, para alguns, a sua "novela" (quase) diária.




[1] E como ele alterna a emissão "Quarentunos em quarentena".

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Memórias Radiofónicas - Tuna, a "Menina da Rádio".

Hoje pode parecer banal. Há uns anos, contudo, não apenas era raro, como raros os programas exclusivamente dedicados a Tunas. 

Foi com o "Noite de Tunas", em 1993, produzido pelo Ricardo Tavares, que surge o primeiro programa radiofónico inteiramente dedicado às tunas. Uma iniciativa pioneira, mas igualmente arriscada, isto quando sabemos que, até 1993, inclusive, a discografia disponível era escassa (salvo meia dúzia de discos vinil dos anos 6o/70, existiam, de acordo com os dados do MFT - Museu Fonográfico Tuneril, cerca de 13 títulos editados - e nem todos, porventura, disponíveis ali à mão).

Desbravado o caminho, e com o crescimento do fenómeno e da discografia disponível, a Tuna passou a poder marcar mais vezes presença na telefonia.
Em meados dos anos 1990, e até com o sucesso da Mulher Gorda (do álbum "Serenatas das Fitas", da E.U.L.), a Tuna foi, durante algum tempo, a "menina da rádio".
Pegando na letra do fado do estudante, para falar da tuna nas ondas hertezianas, poderíamos cantar:
"[va] gosto à gente ouvi-l[a], até,
na radio-telefonia"

Hoje, na verdade, é raro ouvir-se uma tuna na rádio, tal como raros os programas dedicados a tunas. Salvo erro, só mesmo o "Capas Negras", em Tomar, sobrevive como tendo um programa exclusivamente sobre Tunas.


José Rosado no seu programa "Capas Negras", inteiramente dedicado às Tunas.


Eis a lista de alguns desses programas:



- "Noite de Tunas"[1], na Rádio Festival – Porto (94.8 FM), no ano de 1993, produzido pelo Ricardo Tavares;
- "Noite de Tunas", na Rádio Regional de Aveiro (96.5 FM) e realizado por João Oliveira(com a colaboração de José Simões Pereira e Lili Santos Luís – redactor da revista Fórum Estudante);
- "Noites de Ronda" no Radioclube de Matosinhos (91.0 FM), programa da responsabilidade de António Jorge, com emissões regulares igualmente aos domingos à noite;
- "Capa e Batina", na Rádio Renascença, produzido, realizado e editado por José Araújo – programa de âmbito mais abrangente e não exclusivamente dedicado à tuna, mas que incluía na respectiva playlist temas interpretados por tunas;
- "Passa Tunas" na Rádio Universitária do Minho (99.5 FM), a cargo do , Ivan Dias (antigo elemento da EUC);
- "Capas Negras", na Rádio Cidade de Tomar (90.50 FM), da responsabilidade de José Rosado (Tuno da Templária).
- "Hora Tunante", na Rádio Alma Lusa (Gland - Suiça), da responsabilidade do casal Nuno Simões e Lúcia Cardoso Simões.
      - "Voz Académica", na Rádio Iris(91,4 FM), embora não                               exclusivamente sobre tunas, a ela dedica grande espaço, da                         responsabilidade de Ana Ameixa e Rute Cotrim.


In Revista "FORUM ESTUDANTE", 1996,
inteiramente dedicada às Tradições Académicas.

A propósito do 1.º programa de rádio dedicado a Tunas, aqui fica o testemunho do seu autor, Ricardo Tavares:





[1] O «Noite de Tunas» foi mais tarde reeditado, com o mesmo formato, na Rádio Universitária do Minho (99.5 FM), contando com o mesmo produtor, realizador e editor do programa original, e com a colaboração de Norberto Moreira e Joaquim Mendes (ambos do Grupo de Jograis Universitários do Minho – Jogralhos). 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Panegírico a Ricardo Tavares

Não deve haver, no meio tuneril português, pelo menos, quem não conheça o Tavares, Ricardo Tavares, o nosso estimado "Sabanda".
Personagem singular pelo seu percurso ímpar no meio tuneril português, faz parte daquele punhado de tunos que perpassa gerações e cujo percurso tunante é ele próprio património tunesco nacional.

Foi fundador da TAULP, com a qual gravou “TAULP” (1993) e “Luar da Ribeira” (2000), com alguns temas da sua lavra, estando igualmente na organização das 12 primeiras edições do certame da referida Tuna.

Produtor e apresentador do primeiro programa radiofónico inteiramente dedicado a Tunas, "Noite de Tunas"(anos 90), é  Templarium Honoris Causa da Tuna Templária de Tomar e Tuno de Honra da Tuna Universitária de Beja, tendo recebido, igualmente, a beca da Tuna de Direito de Oviedo, da Tuna de Ingenieros de Telecomunicación de Valência e da Tuna Cautitlan (México).

Em 2003, cria, em co-autoria com o José Rosado e Hélder Passos, o PortugalTunas, administrando o portal desde essa altura até hoje e, assim, imprimindo, com igual destaque e qualidade, o seu nome no mundo digital  - participação que se tornará reforçada através dos seus escritos nos blogues “As Minhas Aventuras naTunolândia” e “Portvscale Tvnae”, dedicados ao fenómeno tunante, onde, uma vez mais, espelha a mestria com que esgrima argumentos e faculta ao leitor as pistas para melhor perceber e entender o que é isso de Tunas.


Em 2005 funda a Tuna do Distrito Universitário do Porto, tornando-se no seu 1.º Magister e comprovando, com esse projecto de sucesso, toda a competência e saber que lhe são inteiramente reconhecidos em Portugal e além fronteiras. Aliás, e sem desprimor para nenhum dos demais elementos fundadores da TDUP que com ele edificaram esse projecto, não há como negar que grande parte desse brilho emana das qualidades humanas e tunantes emprestadas por Ricardo Tavares (conhecido igualmente no meio tuneril como "Sabanda"), cujo recente CD , com título homónimo, (lançado a 31 de Outubro), bem como o projecto do seu 1º festival, o "Vintage", evidenciam, também, o seu toque de Midas.

Resultado desse reconhecimento como homem que sabe destas coisas de Tunas como poucos, foi orador convidado para o II, III, IV, VI e VIII e IX ENT, e integrou diversos júris em certames por todo país (assinalando-se que muitos dos regulamentos hoje utilizados nos certames derivam daquele que ele lavrou há uns anos largos).

Membro colaborador do Museo Internacional del Estudiante, consagrou, em co-autoria com Eduardo Coelho, João Paulo Sousa e comigo próprio, todo esse património vivenciado e investigado, na, até agora, única obra de referência sobre Tunas em Portugal, "QVID TVNAE? A Tuna Estudantil emPortugal", editada em 2011-12.
Mais recentemente, torna-se membro colaborador da associação internacional "TVNAE MVNDI".

Também aqui, o papel pedagógico que teve ao longo de anos revela a têmpera de quem tem um olhar arguto, holístico e perspicaz do fenómeno tunante e nunca se coibiu de riscar a direito onde tantos preferiram o nacional-porreirismo dos riscos enviesados ou oportunas borrachas.

Um currículo invejável que demonstra enorme versatilidade e uma preocupação em conhecer e perceber o que se pratica e faz, precisamente para fazer bem e, consequentemente, bem fazer.
Não tenho de todo de ser isento, até porque nem é preciso: a obra fala pro si própria, mas não posso deixar de acrescentar que faz parte daquele círculo muito restrito de fraternos e fiéis amigos que só elegemos face a pessoas muito especiais.




Esta minha homenagem certamente que pecará por defeito, mas importa que se faça, para memória futura (e porque as homenagens se fazem em vida), para que se perceba da grandeza e importância que este grande Tuno tem na história recente da Tuna em Portugal, porque falar de Tunas em Portugal é falar de Ricardo Tavares, é falar de uma personagem a quem muito deve a defesa da Tuna como património a (re)descobrir e a promover na sua genuína tradição.

Num país onde todos só são consensualmente bons depois da morte, fica esta homenagem merecida e o reconhecimento devido, em vida, por mais que isso possa melindrar os que são pouco dados a respeitarem e reconhecerem a grandeza alheia, em razão da sua miopia de carácter.

Hoje, Ricardo Tavares está retirado da vida mais activa dos palcos, mas com novos projectos tunantes, sem esquecer que continua a investigar e a pensar a Tuna (actividades que fazem igualmente parte do magistério tunante).

Saúde, caro amigo!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Uma Aventura Bloguista.

Não podia deixar de, neste espaço, falar de um blog muito singular que elejo como blog de referência para reflexão do fenómeno das tunas. Falo, obviamente do blog

http://asminhasaventurasnatunolandia.blogspot.com/


Um espaço que aborda diversas questões sobre a comunidade tunante, num olhar crítico e pertinente, que reflecte com profundidade a Tuna.
Não apenas de informação (que informa, mas também forma), este blog denuncia, também situações que merecem atenção, na defesa de uma tradição e traços distintivos que devem caracterizar a Tuna enquanto tal, em oposição a simulacros da mesma.
Por detrás deste espaço está o Ricardo Tavares, o bem conhecido “Sabanda” do portugaltunas, um insigne Tuno, um amigo que considero um dos mais creditados Tunólogos da nossa praça, profundo conhecedor do fenómeno tunante .
A par com a sua actividade como tuno (cujo o currículo é riquíssimo e ilustrativo do seu quilate), é um reputado investigador a quem muito deve a Tuna e os tunos, dado que são poucas as referências que temos na nossa comunidade de pessoas que, como ele, dedicam parte do seu tempo a pesquisar, investigar e coligir dados.
O blog em questão tem sido um oásis no deserto de ideias, cultura tunante e académica em Portugal, já que uma grande parte do conhecimento sobre a historia do fenómeno está, actualmente (e infelizmente), em poucos detentores (os poucos que se dedicam a perceber e compreender o contexto da sua prática tunesca), à falta, por enquanto (porque ela irá surgir), de bibliografia recomendada para a nossa lusa realidade .
Vale a pena a leitura assídua e atenta, não apenas por ser um deleite intelectual, mas também pela qualidade da redacção e o que ela veicula.

Sem dúvida um espaço ímpar que merece nota máxima pelas notas!