Não se conhece exactamente de que ano é esta partitura, mas a sua folha de rosto (capa) ilustra esse mesmo grupo, em desenho.
quarta-feira, 14 de março de 2018
segunda-feira, 12 de março de 2018
Estudiantina Española Fígaro em Constantinopla - Turquia (1886)
Um artigo que comprova a presença da Fígaro por terras turcas em 1886.
O artigo inicia-se com o título sugestivo de que o sultão, que os recebeu, terá feito algo bizarro / estranho.
Com efeito, para além de lhes entregar uma considerável quantia em dinheiro, honrou cada membro com a Medalha das Ciências e das Artes (condecoração que, como diz o periódico, é raramente atribuída).
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Diário de Notícias (RJ - Brasil), Anno II, N.º 322, de 25 de Abril de 1886, p.1 |
sábado, 24 de fevereiro de 2018
Estudiantina Fígaro na Hungria -1884
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
Museu Fonográfico Tuneril - Visita guiada.
Uma visita ao MFT (Museu Fonográfico Tuneril) e ao acervo do seu principal dinamizador, Jean-Pierre Silva.
O MFT é uma iniciativa ímpar no mundo das tunas, a nível mundial. Um projecto que merece ser apoiado, e acarinhado, por toda a comunidade das tunas nacionais, e seguido o exemplo noutros países com tunas académicas.
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Museu Fonográfico Tuneril MFT
sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Legajos de Tuna n.º 2 - Museu Fonográfico Tuneril. Promover e preservar a memória.
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Capa da 2.ª edição da revista |
Documento completo:
https://issuu.com/legajosdetuna/docs/legajos_de_tuna._n___2
PORTUGAL
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Legajos de Tuna n.º 2, Dezembro de 2017, p. 51 |
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Legajos de Tuna n.º 2, Dezembro de 2017, p. 52 |
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Legajos de Tuna n.º 2, Dezembro de 2017, p. 53 |
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Legajos de Tuna n.º 2, Dezembro de 2017, p. 54 |
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Legajos de Tuna n.º 2, Dezembro de 2017, p. 55 |
quarta-feira, 1 de novembro de 2017
Memórias Radiofónicas - Tuna, a "Menina da Rádio".
Hoje pode parecer
banal. Há uns anos, contudo, não apenas era raro, como raros os programas
exclusivamente dedicados a Tunas.
Foi com o "Noite de Tunas", em 1993, produzido pelo Ricardo Tavares, que surge o primeiro programa radiofónico inteiramente dedicado às tunas. Uma iniciativa pioneira, mas igualmente arriscada, isto quando sabemos que, até 1993, inclusive, a discografia disponível era escassa (salvo meia dúzia de discos vinil dos anos 6o/70, existiam, de acordo com os dados do MFT - Museu Fonográfico Tuneril, cerca de 13 títulos editados - e nem todos, porventura, disponíveis ali à mão).
Desbravado o caminho, e com o crescimento do fenómeno e da discografia disponível, a Tuna passou a poder marcar mais vezes presença na telefonia.
Em meados dos anos 1990, e até com o sucesso da Mulher Gorda (do álbum "Serenatas das Fitas", da E.U.L.), a Tuna foi, durante algum tempo, a "menina da rádio".
Pegando na letra do fado do estudante, para falar da tuna nas ondas hertezianas, poderíamos cantar:
"Dá[va] gosto à gente ouvi-l[a], até,
na
radio-telefonia"
Hoje, na verdade, é raro ouvir-se uma tuna na rádio, tal como raros os programas dedicados a tunas. Salvo erro, só mesmo o "Capas Negras", em Tomar, sobrevive como tendo um programa exclusivamente sobre Tunas.
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José Rosado no seu programa "Capas Negras", inteiramente dedicado às Tunas. |
Eis a lista de alguns
desses programas:
- "Noite
de Tunas"[1], na Rádio
Festival – Porto (94.8 FM), no ano de 1993, produzido pelo Ricardo
Tavares;
- "Noite de
Tunas", na Rádio Regional de Aveiro (96.5
FM) e realizado por João Oliveira(com a colaboração de José Simões Pereira e
Lili Santos Luís – redactor da revista Fórum Estudante);
- "Noites de
Ronda" no Radioclube de Matosinhos (91.0
FM), programa da responsabilidade de António Jorge, com emissões regulares
igualmente aos domingos à noite;
- "Capa e
Batina", na Rádio Renascença,
produzido, realizado e editado por José Araújo – programa de âmbito mais
abrangente e não exclusivamente dedicado à tuna, mas que incluía na respectiva playlist
temas interpretados por tunas;
- "Passa Tunas"
na Rádio Universitária do Minho (99.5
FM), a cargo do , Ivan Dias (antigo elemento da EUC);
- "Capas
Negras", na Rádio Cidade de
Tomar (90.50 FM), da responsabilidade de
José Rosado (Tuno da Templária).
- "Hora
Tunante", na Rádio Alma
Lusa (Gland - Suiça), da responsabilidade do casal Nuno Simões e Lúcia
Cardoso Simões.
- "Voz Académica", na Rádio Iris(91,4 FM), embora não exclusivamente sobre tunas, a ela dedica grande espaço, da responsabilidade de Ana Ameixa e Rute Cotrim.
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In Revista "FORUM ESTUDANTE", 1996, inteiramente dedicada às Tradições Académicas. |
A propósito do 1.º
programa de rádio dedicado a Tunas, aqui fica o testemunho do seu autor, Ricardo
Tavares:
CLIQUE NO LINK:
[1] O «Noite de
Tunas» foi mais tarde reeditado, com o mesmo formato, na Rádio
Universitária do Minho (99.5 FM), contando com o mesmo produtor, realizador e
editor do programa original, e com a colaboração de Norberto
Moreira e Joaquim Mendes (ambos do Grupo de Jograis Universitários
do Minho – Jogralhos).
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terça-feira, 31 de outubro de 2017
Era escusado, em Bragança (ou outro sítio)
O
vídeo foi originalmente publicado na página de FB da RTUB (Real Tuna
Universitária de Bragança).
Encurtámo-lo,
para centrar e focar o assunto em causa.
Não
se percebe que uma tuna, seja ela qual for, se apresente com tunos despidos
daquela maneira. Não encontramos justificação para tal, nem mesmo praxes internas.
Por
maior salutar que seja a irreverência estudantil, ela deve ser feita com graça
e dentro de limites, precisamente para que seja irreverência e não outra coisa qualquer menos apropriada ou menos digna.
Há exageros e exageros. Neste caso, foi exagerado exagero.
Por
melhores que sejam as intenções e efusiva seja a alegria, cremos que deve haver um mínimo de decoro e urbanidade perante o público (seja ele qual for), de
forma a dignificar não apenas o grupo, mas a imagem das Tunas em geral.
Fica o reparo, para devida ponderação.
A RTUB é uma tuna com já largos anos de existência e uma história que muito respeitamos, daí o reparo para este percalço que destoa.
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domingo, 15 de outubro de 2017
Tunologia e Tunólogos
Existe,
actualmente, um amplo conjunto de publicações sobre o fenómeno das
tunas/estudantinas, que resultam de estudo e investigação assentes em
metodologia rigorosa.
Há,
portanto, um acervo já considerável de estudos, análises, artigos e
bibliografia produzidos por diversos autores que têm, usualmente, em comum a
sua vivência como tunos, que lhes serve de ponto de partida.
Com
efeito, a Tuna pode ser lida sob todas essas perspectivas, mas difícil se torna
catalogar tal, quando estamos perante o estudo, e estudiosos, centrados
exclusivamente nesse assunto.
Quando
os estudos produzidos não exploram nenhuma dessas áreas em específico, mas como
um todo (porque multidisciplinar), coloca-se o problema de arrumar esse tipo de estudo numa categoria já
existente (quando também acaba por caber noutras, conforme o prisma utilizado).
Mas
é necessária alguma formação académica específica, para se estudar a Tuna?
Os
factos demonstram que não. Temos gente das mais diversas áreas de formação
(médicos, engenheiros, historiadores, musicólogos, etnólogos, pessoas formadas
em literatura, advocacia ...) que produziram estudos e obras sobre o fenómeno
tuneril.
O que importa é que o produzido assente nas transversais normas de um trabalho científico, numa metodologia académica de rigor (ou em várias em concomitância, conforme a natureza do trabalho) que sustente a credibilidade dos trabalhos. E, para isso, à partida, qualquer pessoa com formação académica, onde tenha adquirido competências e saberes sobre como investigar e produzir trabalhos científicos, estará habilitada a tal.
O
que está ainda em falta é colocar o devido rótulo, mesmo que informal, ao
estudo específico da Tuna, bem como aos que se dedicam a tal actividade.
Longe
de nós pretender substituirmo-nos aos dicionaristas e filólogos, cremos, contudo, ser
hora de reconhecer, sem pretensões ou presunções, quem se dedica a conhecer e a dar a conhecer a Tuna, assim
como o objecto dessa dedicação.
Se damos o nome de Tuno a quem exerce o mester de tocar e cantar numa tuna, é mais do que justo que quem, também, se dedica ao estudo da Tuna, e contribui para o seu conhecimento, promoção e preservação da sua memória colectiva, possa receber uma designação própria.
Se damos o nome de Tuno a quem exerce o mester de tocar e cantar numa tuna, é mais do que justo que quem, também, se dedica ao estudo da Tuna, e contribui para o seu conhecimento, promoção e preservação da sua memória colectiva, possa receber uma designação própria.
Ficam,
portanto, aqui, como sugestão, 2 definições informais:
Tunologia - ciência que tem como
objecto o estudo da Tuna.
sábado, 9 de setembro de 2017
Tunas em locais de culto
Será
breve este artigo.
Não
é novidade que, em muitos locais de culto, se tem tornado hábito realizarem-se
concertos.
Até
aí, à partida, pouco ou nada a adiantar.
Contudo,
conviria relembrar que esses espaços são locais de culto, os quais obedecem a
regras nem sempre observadas pelos próprios párocos, ou seja à revelia do que
as normas
canónicas determinam.
O contexto são as igrejas e templos católicos (dominantes nos países de matriz tuneril).
O contexto são as igrejas e templos católicos (dominantes nos países de matriz tuneril).
As
igrejas são espaços sagrados onde a música que nelas se deve ouvir deve
obedecer ao propósito para a qual as mesmas existem.
Fados,
tunas e outros grupos, com repertório que não seja sacro ou litúrgico não
deveriam ali poder ter lugar.
As
igrejas não são, há que o dizer com todas as letras, salas de concerto. A haver
concertos, que sejam dentro do âmbito, adequado ao local (sem isso significar
beatismos), respeitadores e alinhados com a espiritualidade que se exige.

Obviamente
que quem, primeiro, tem responsabilidade nisso é a hierarquia eclesiástica, mas
não iliba as tunas da devida ponderação e discernimento.
Recentemente,
a Azeituna apresentou um concerto na Sé de Braga, gravado em CD, de temas litúrgicos.
Portanto, as tunas não estão impossibilitadas de, mediante o contexto e local,
adequar repertório.
Mas
custa-me ainda mais assistir (nomeadamente pelos vídeos publicados na net), a
tunas que se apresentam num local de culto com chapéus na cabeça.
Um
desrespeito de todo o tamanho de quem não sabe sequer respeitar a etiqueta,
quanto mais os bons modos.
Algumas
paróquias e sacerdotes têm necessariamente repensar esta questão (respeitando o
que está previsto na lei canónica e demais indicações de quem manda no
assunto), tal como as nossas tunas terem mais presente a necessidade de
coadunar não apenas o repertório, mas, essencialmente, a postura, a um local de
culto, seja-se crente ou não.
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quarta-feira, 9 de agosto de 2017
Seja de pé ou sentada, é Tuna.
Já houve quem fosse desclassificado, off
the record, por a sua 1.ª fila ter tocado sentada, decorrente da curiosa ideia de que isso era contra-natura, de que era contra a tradição.
Em Espanha, nos dias de hoje,
dificilmente se concebe uma tuna (ou parte dela) tocar sentada, desde que,
nomeadamente a partir do franquismo, se estilizou o paradigma da tuna a tocar
de pé (que importámos aquando do boom dos anos 80, pois, até aí, a tunas apresentavam-se sentadas).
Entre nós, para alguns, será igualmente estranho (para outros mais atentos, não), porque quase caiu em desuso e muitos nunca assistiram ou observaram tal disposição (embora existam no nosso meio académico).
Contudo, isso não significa que tenha deixado de ser válido e lícito.
Vai para 30 e poucos anos que, com o boom, veio a moda de tocar de pé, como faziam já os espanhóis, abandonando por completo o modelo até aí vigente (mas quase, já, desconhecido).
Mas apesar do facto da esmagadora maioria das nossas tunas tocarem de pé, não significa isso que seja dogma e muito menos possa ser tido como uma tradição exclusiva ou característica hermética da Tuna.
Entre nós, para alguns, será igualmente estranho (para outros mais atentos, não), porque quase caiu em desuso e muitos nunca assistiram ou observaram tal disposição (embora existam no nosso meio académico).
Contudo, isso não significa que tenha deixado de ser válido e lícito.
Vai para 30 e poucos anos que, com o boom, veio a moda de tocar de pé, como faziam já os espanhóis, abandonando por completo o modelo até aí vigente (mas quase, já, desconhecido).
Mas apesar do facto da esmagadora maioria das nossas tunas tocarem de pé, não significa isso que seja dogma e muito menos possa ser tido como uma tradição exclusiva ou característica hermética da Tuna.
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Tuna de Veteranos da Corunha (in FB da tuna) |
Nada há que determine que a tuna
não possa tocar sentada, fique claro.
Salvo as arruadas carnavalescas ou algum
desfile (que estão na génese das estudantinas canavalescas que dão, depois, lugar às formações tuneris estáveis), desde os primórdios (séc. XIX) que as tunas davam os seus concertos
sentadas, em composição orquestral. Foi sempre esse o seu DNA e paradigma (que ainda perdura, embora quase extinto no foro escolar), fruto do tipo de espectáculo (e repertório), cuja postura sentada se coadunava melhor a esse propósito.
Não há registo de, ao longo de todas essas décadas, haver qualquer menção de que só se podia tocar sentado ou só de pé.
Não há registo de, ao longo de todas essas décadas, haver qualquer menção de que só se podia tocar sentado ou só de pé.
Tocava-se sentado por razões práticas: o repertório exigia usualmente leitura de partituras ou cifras e havia um maestro à frente.
Depois passou-se a tocar de pé porque os executantes tocavam mais de ouvido, havia preponderância na execução de acordes (a acompanhar o canto) e não tanto de naipes solistas como numa orquestra (e como era a configuração das tunas em geral), para lá de exigir menos adereços em palco (cadeiras) e facilitar a actuação em espaços com menos recursos.
Depois passou-se a tocar de pé porque os executantes tocavam mais de ouvido, havia preponderância na execução de acordes (a acompanhar o canto) e não tanto de naipes solistas como numa orquestra (e como era a configuração das tunas em geral), para lá de exigir menos adereços em palco (cadeiras) e facilitar a actuação em espaços com menos recursos.
Tuna Académica do Liceu de Évora em 1991 (In TALE 100 história e tradições, de Adília Zacarias e Isilda Mendes, 2012) |
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Tuna da Associação dos antigos tunos de Coimbra (In blogue "Guitarra de Coimbra (Parte I)", publicação de 09 Julho de 2005) |
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TAUC em 2017 (in https://tunauc.wordpress.com/) |
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TDUP, 2015 (In canal do youtube da TAISEL) |
Ainda hoje subsistem tunas e
estudantinas (em Portugal e no estrangeiro) que há mais de 100 anos continuam a
tocar sentadas.
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Tuna Mouronhense, com mais de 100 anos, já. |
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Estudiantina Chalon, fundada em 1896 (com mais de 120 anos, portanto). (In http://www.info-chalon.com) |
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Cercle Royal des Mandolinistes - Estudiantina de Mons, Bélgica. (in Qvid Tvnae, 2012) |
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Estudiantina albigeoise (Midi-Pyrénées), França, fundada em 1929. (In http://www.ladepeche.fr/) |
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L'Estudiantina de Ciboure, fundada em 1912. (In http://www.sudouest.fr) |
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Estudiantina Bergamo, Itália, fundada em 2009. (In Youtube) |
Portanto, seja de pé, seja sentada,
seja um misto das duas posturas, nenhuma tuna é menos Tuna por qualquer uma dessas opções, ao contrário do que entenderam alguns sandeus com excesso de zelosa ignorância, há uns anos (e porventura ainda entendem alguns mais distraídos).
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sexta-feira, 21 de julho de 2017
Duas Tunas lusitanas dos EUA, 1934
Conhecia-se
já a existência de tuna/estudantina nos EUA, com origem em Nova
Iorque, a qual visitou Portugal em 1927[1].
O
artigo que abaixo se partilha fala-nos de outras duas: uma tal "Tuna Cunha" e uma
outra, a "Tuna Escolar Brito Pais". Esta última, segundo a descrição,
é certamente uma tuna juvenil e sabemos ser mista (como era comum ocorrer em
tunas compostas por mais jovens).
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Diário de Notícias, New Bedford (EUA), de 28 de Novembro de 1934, p.5 |
[1] COELHO,
Eduardo, SILVA, Jean-Pierre, TAVARES, Ricardo, SOUSA João Paulo - QVID TVNAE? A
Tuna estudantil em Portugal - Euedito, 2012, p.248.
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Uma Tuna Escolar em Cabo Verde, 1925
Já
Qvid Tvnae (2012) referia a existência de tunas estudantis pela diáspora
portuguesa, mas aqui fica mais um dado novo sobre uma Estudantina em Cabo Verde,
através de um jornal publicado nos EUA (destinado à comunidade portuguesa).
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A Alvorada, New Bedford (EUA), Ano VII, N.º 1809, de 04 de Abril de 1925, p.4 |
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Uma Estudantina em Goa, 1897
Já
Qvid Tvnae (2012) referia a existência de estudantinas pela diáspora
portuguesa, mas aqui fica mais um dado novo sobre uma Estudantina em Goa (ìndia)[1],
através de um jornal publicado nos EUA (destinado à comunidade portuguesa).
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União Portugueza. São Francisco (EUA), de 02 Dezembro 1897, p.2 |
[1] Capital do
Estado Português da Índia a partir de 1510 e integrada no estado indiano após
tomada pela armas ocorrida em 1961.
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CLAVELITOS (Dame el clavel), história de um hit intemporal
"Clavelitos"
é o melhor exemplo de um tema que, nada tendo a ver com o mundo académico estudantil,
ficou irremediavelmente associado às Tunas quando foi incorporado no repertório
das mesmas, na década de 1950 do século passado.
Valsa
composta em 1949 pelo músico e compositor Genaro Monreal Lacosta (1894-1974), tem
letra de Galindo Lladó ( 1904-2000) e é normalmente utilizada como tema de serenata.
Clavel significa cravo, pelo que "clavelitos" são cravinhos, vermelhos (da cor de morango) neste caso.
Clavel significa cravo, pelo que "clavelitos" são cravinhos, vermelhos (da cor de morango) neste caso.
Originalmente,
o tema designa-se "Dame el clavel", mas vingou "clavelitos", que é usado repetidamente no refrão. Foi inicialmente adoptado pela
Estudiantina de Madrid, nos anos 1950, e replicado pelas demais da capital.
É o
tema mais tocado e conhecido no meio tuneril espanhol e, porventura, no mundo
inteiro.
Para
isso, muito contribuiu o facto de ter feito parte do disco editado pela Estudiantina
de Madrid (Tuna de Distrito), "Cuando los tunos pasan", em 1958, e
que se tornou um êxito instantâneo (o tema tem por solista António Albaladejo Herreros "Tano") - até porque estamos
perante o 1.º disco de tunas gravado no pós guerra civil (desse disco faz parte
um outro tema famoso: "La tuna pasa").
Com
o tema a passar nas rádios, é fácil imaginar o alcance que tal tema logrou.
A sua
primeira partitura foi publicada em 1959, em Madrid, pela editora "Momento
Musical", contribuindo para a sua rápida adopção por parte de inúmeras
orquestras e grupos.
Não
menos importante para a sua divulgação foi o facto de fazer parte de diversas
trilhas sonoras no cinema: “Escucha mi canción” (1958), onde Joselito eterniza
o tema, e “La casa de la troya” (1959), entre outras, que internacionalizam o
tema.
segunda-feira, 26 de junho de 2017
QVID TVNAE em Tese de universidade alemã (Musik der portugiesischen Tunas)
Musik der portugiesischen Tunas (A Música das Tunas Portuguesas)
Já não é inédito, contudo não deixa de ser gratificante para os autores portugueses do Qvid Tvnae, verem-se referidos em trabalhos académicos, especialmente no estrangeiro.
Uma tese de licenciatura na Faculdade de Letras da Universidade Católica de Eichstätt-Ingolstadt (Alemanha) de Lisa Helbig (2014), cuja sinopse pode ser encontrada clicando AQUI (a tradução automática permite, ainda assim, perceber).
Para quem domine o idioma germânico, a obra também se pode adquiri na Amazon: https://www.amazon.de/Musik-portugiesischen-Tunas-Lisa-Helbig/dp/3656894736
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sábado, 24 de junho de 2017
Tuna/Estudantina - Real Centro Filarmónico Cordobés - Eduardo Lucena, 1905
Um achado que se partilha e que certamente agradará ao Rafael Asencio González ("Chencho" para os amigos), ele que é um estudioso do assunto, com obra editada.
Fonte: A Arte Musical, Anno VII, N.º 148, de 28 de Fevereiro de 1905, p. 1 a 4.
Fonte: A Arte Musical, Anno VII, N.º 148, de 28 de Fevereiro de 1905, p. 1 a 4.
Tuna do Colégio Arriaga de Lisboa (1907)
Programa
da festa escolar no antigo Colégio Arriaga[1], em 1907, onde se pode ler que possuía uma Tuna, a qual se apresenta toando a
"Marcha Arriaga", a valsa "Voix de la Brise"
(composição de 1889 de Guiseppe Bellenghi), a famoso intermezzo "Cavallaria Rusticana"
(de Pietro Mascagni, 1890), o pasa-calle
"El
Morenito" (do portuense Eduardo Fonseca, 1893) e a valsa
"Vénus" (de H.
D. Ramenti ?), encerrando a sua participação novamente com a "Marcha
Arriaga".
Apesar
de muitas voltas dadas, nada mais conseguimos, à data, apurar dessa tuna
escolar, que não o edifício onde funcionou.
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(BNP-Lambertini, Vol.3) |
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(BNP-Lambertini, Vol.3) |
![]() |
Libreto do Colégio, então dirigido por Eugénio Moniz, ca. 1896 |
![]() |
Eugénio Moniz, director do Collegio Arriaga. O Tiro Civil, II Anno, N.º 95, de 24 de Dezembro de 1896, p. 1 |
Nota histórica sobre o
edifício
Nos
anos 20 e 30 do séc. passado, o Colégio Arriaga esteve instalado na parte principal
do edifício do Palácio dos Condes da
Ribeira Grande, sito Rua da Junqueira (Belém), muito frequentado por alunos
vindos do Ultramar. Posteriormente, em 1936, também ali se instala, noutra
parte do edifício, o "Colégio Novo Portugal", seguindo-se, em 1939-40,
o "Liceu
D. João de Castro" (foi também o primeiro liceu misto de Lisboa, mais
tarde denominado de "Liceu Rainha D. Leonor" - actual escola
secundária, situada na freguesia de S. João de Brito), e o "Liceu Rainha
D. Amélia" (rebaptizado, em 1974, como "Escola Secundária" e transferida,
em 2002, para a Rua Jau, no Alto de Santo Amaro).
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Fachada do Colégio Arriaga In ANTT (http://digitarq.dgarq.gov.pt/viewer?id=1216201) |
Segundo
os dados consultados[2],
o Palacete da Ribeira Grande é um edifício
barroco edificado em princípios do séc. XVIII pelo 2.º Marquês de Nisa, Dom
Francisco Luiz Balthazar António da Gama (1636-1707), que foi general de
cavalaria, governador e capitão-general do Algarve, conselheiro de Estado de
Dom Pedro II e de Dom João V. O palacete foi ampliado pelo 8.º Conde e 1.º
Marquês da Ribeira Grande, Dom Francisco de Salles Maria José António de Paula
Vicente Gonçalves Zarco da Câmara (1819-1872), par do reino e alferes-mor do
reino e do castelo de São Brás, em Ponta Delgada. Encontra-se, infelizmente,
devoluto há mais de uma década, ainda à espera de classificação pelo IGAP (e
para qual estaria prevista a instalação de uma unidade hoteleira de 5 estrelas
e um Museu de Arte Contemporânea).
![]() |
Palácio da Ribeira Grande em 1935 - Rua da Jinqueira 62-78; Travessa Conde da Ribeira Espólio de Eduardo Portugal, in AML Fonte: http://lisboadeantigamente.blogspot.pt/2015/10/palacio-ribeira-grande.html |
[1] Não tendo
sido possível (nem quisemos fazer disso prioridade) aferir a fundação do dito colégio,
sabemos que já em 1894 existia, pois, nesse ano, forma uma equipa de futebol.
(in http://www.casapia-ac.pt/momentos.pdf
[Em linha], consultado a 22 de Junho de 2017.
[2] In http://miseriasdelisboa.blogspot.pt/2015/09/liceu-rainha-dona-amelia_3.html
[Em linha], consultado a 23 de Junho de 2017.
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