Será
breve este artigo.
Não
é novidade que, em muitos locais de culto, se tem tornado hábito realizarem-se
concertos.
Até
aí, à partida, pouco ou nada a adiantar.
Contudo,
conviria relembrar que esses espaços são locais de culto, os quais obedecem a
regras nem sempre observadas pelos próprios párocos, ou seja à revelia do que
as normas
canónicas determinam.
O contexto são as igrejas e templos católicos (dominantes nos países de matriz tuneril).
O contexto são as igrejas e templos católicos (dominantes nos países de matriz tuneril).
As
igrejas são espaços sagrados onde a música que nelas se deve ouvir deve
obedecer ao propósito para a qual as mesmas existem.
Fados,
tunas e outros grupos, com repertório que não seja sacro ou litúrgico não
deveriam ali poder ter lugar.
As
igrejas não são, há que o dizer com todas as letras, salas de concerto. A haver
concertos, que sejam dentro do âmbito, adequado ao local (sem isso significar
beatismos), respeitadores e alinhados com a espiritualidade que se exige.
Existem,
no meio tuneril, alguns eventos que passam por apresentação num local de culto
(lembro-me, assim se repente, de Múrcia, onde, do programa do Barrio del Carmen,
faz parte a visita à Iglesia del Carmen).
O que não entendo nem concebo, de todo, é que as tunas não apresentem, ali, um
repertório litúrgico (como sucedeu diversas vezes com a minha tuna, há uns anos)
e, ao invés, executem temas profanos totalmente descontextualizados do local.
Obviamente
que quem, primeiro, tem responsabilidade nisso é a hierarquia eclesiástica, mas
não iliba as tunas da devida ponderação e discernimento.
Recentemente,
a Azeituna apresentou um concerto na Sé de Braga, gravado em CD, de temas litúrgicos.
Portanto, as tunas não estão impossibilitadas de, mediante o contexto e local,
adequar repertório.
Mas
custa-me ainda mais assistir (nomeadamente pelos vídeos publicados na net), a
tunas que se apresentam num local de culto com chapéus na cabeça.
Um
desrespeito de todo o tamanho de quem não sabe sequer respeitar a etiqueta,
quanto mais os bons modos.
Algumas
paróquias e sacerdotes têm necessariamente repensar esta questão (respeitando o
que está previsto na lei canónica e demais indicações de quem manda no
assunto), tal como as nossas tunas terem mais presente a necessidade de
coadunar não apenas o repertório, mas, essencialmente, a postura, a um local de
culto, seja-se crente ou não.
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