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quinta-feira, 11 de novembro de 2021

LIVRO: A Tuna Académica da Escola Politécnica de Lisboa

Este novo livro procura retratar a história, actividade e protagonistas da antiga Tuna Académica da Escola Politécnica de Lisboa, fundada em 1901.

Um livro em tamanho A4 com 170 páginas e dezenas de imagens documentais.


"A Tuna Académica da Escola Polytechcnica de Lisboa surge num contexto de forte expansão deste tipo de agrupamentos, sobretudo no âmbito escolar, contribuindo para um fenómeno ainda pouco valorizado: o da importância das tunas na democratização da música e o seu papel de destaque no grande movimento mundial das orquestras de plectro.

O prestígio alcançado, o número invulgar de temas e peças apresentado, bem como a relevância social alcançada colocam esta tuna como uma das mais importantes no que poderíamos chamar de "1.º boom" de tunas académicas; uma história que merecia, portanto, ser mais detalhadamente percorrida e dada à estampa."


DOWNLOAD GRATUITO (PDF):

https://drive.google.com/file/d/1d3-M3rTYgY5fHjcp_wOnR8GlH0g5i3O9/view?usp=sharing



EXEMPLAR EM PAPEL (23€): Compra na Euedito.

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domingo, 22 de agosto de 2021

Tuna no séc. XIII? A mentira tem perna curta!

 Diz um ditado árabe que "Para sustentar uma mentira são necessárias muitas outras" e nada mais adequado neste caso.

Em pleno séc. XXI, e já com tantas obras e artigos de investigação produzidos, nomeadamente, nas últimas 2 décadas, só mesmo alguém muito desatento ou por má fé pode continuar a acreditar e professar que a Tuna é uma tradição com origem na idade média, nos goliardos, trovadores ou sopistas.

Com efeito, nada disso corresponde à verdade e aos factos. 

Não, a Tuna não tem 8 séculos de história (não tem sequer 2, ainda, já que as primeiras estudiantinas de estudantes surgem a partir de ca. 1840-50 e a introdução do termo "Tuna" para as designar é um processo que apenas começa a partir de 1870).

Aliás, nenhum dos que ainda vivem nessa ilusão consegue provar tal, se fizer o esforço de, com seriedade, comprovar documentalmente o que afirma.

Confundir o "correr la tuna" (mendigar) com Tunas é exercício intelectual inaceitável numa classe supostamente letrada, já que o "correr la tuna" nem sequer era um exclusivo dos estudantes, e muito menos estava relacionado com grupos musicais.

 
Confrontando a publicação feita no FB de Tuna España,
com o site da Universidade de Salamanca(entre outros),
fica claro que os factos não correspondem à verdade.

Afirmar a existência de supostos documentos (que nunca ninguém viu nem apresentou publicamente) que provam a suposta existência de uma Tuna de um "Colegio Mayor"[1] de San Bartolomé, no séc. XIII, quando esse colégio só foi fundado no séc. XV (em 1401) é simplesmente ridículo.

Até uma criança sabe mentir melhor.

E quando isso é feito por gente adulta, com curso superior, só podemos dizer que até na mentira são incompetentes, o que se torna uma verdadeira estupidez.

Portanto, confirma-se o ditado que uma mentira nunca gera verdade, mas antes alimenta uma narrativa de "fake news", criada por mitómanos.

E nesse texto, excluindo o facto da notícia da infeliz da perda de um ser humano, tudo o resto ("La Tuna Universitaria de Salamanca es considerada la heredera de aquellos primeiros tunos bartolómicos") merece a mesma credibilidade, ou seja nenhuma.


À esquerda, a publicação no FB da página (oficial?) do Colégio de San Bartolomé 
(cujo conteúdo é replicado posteriormente noutras páginas) e,à direita, uma publicação
do FB do Turismo de Salmanca (que se tornou viral nas redes sociais). 


Uma mentira repetida mil vezes pode levar muita gente a acreditar nela, mas nunca será verdade.

Nestas questões da história e evolução da Tuna, é preciso muito cuidado com o que ouvimos e lemos. Há mentiras cativantes e verdades monótonas, o que costuma confundir a razão.

Por esse motivo é que viver sem ler (ler o que é produzido por quem investiga) é perigoso, pois nos obriga a acreditar apenas no que ouvimos de pessoas sem qualquer credibilidade e sem obra que as credibilize, pessoas que, na hora de provar documentalmente o que afirmam, se remetem ao ensurdecedor silêncio que as compromete.



[1] Esses colégios eram residências que albergavam estudantes universitários.

sábado, 24 de junho de 2017