segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Qvid Tvnae no XXII FESTUNA, 2012

No passado dia 6 de Outubro, durante o 22.º FESTUNA, em Coimbra, foi feita a apresentação do "Qvid Tvnae?" nas instalações do Teatro Académico Gil Vicente.












terça-feira, 2 de outubro de 2012

Apresentação do Qvid Tvnae em Coimbra (XXII FESTUNA), 2012


Apresentação do "QVID TUNAE?" no XXII FESTUNA.
Sábado, dia 6 de Outubro, pelas 17h30 no TAGV.
PVP: 22€


Organização da Estudantina Universitária de Coimbra e Secção de Fado da AAC.

domingo, 30 de setembro de 2012

O livro Tunas E Tunos - pequeno em tudo.

É um livrinho (tamanho A5, literalmente, com 42 páginas) que pretendia servir para esclarecer sobre a importância histórica das Tunas e demonstrar serem um fenómeno bem identificado temporalmente, comprovado historicamente e, igualmente, social e culturalmente relevante.


É um livro da autoria do Professor Doutor Dionísio Vila Maior, então director musical (maestro) da Infantuna de Viseu (entidade que edita o dito opúsculo), lançado em 2005.

Se parte do propósito (sublinhar a importância cultural e social da Tuna)  parece alcançado, ainda que muito baseado no "acho que" e sem qualquer outra base que não o conhecimento empírico do autor, já a parte que pretende demonstrar as remotas e ancestrais raízes da Tuna e a sua brasonada proveniência medieval é um fiasco científico absoluto (que seria corrido a zero em qualquer avaliação escolar).

É certo que os principais e mais credíveis trabalhos sobre a história e evolução da Tuna ainda não tinham sido publicados ou eram de difícil acesso (como a obra "Estudiantinas Chilenas, de 1995), mas trata-se de um estudo feito por um docente universitário, alguém com um doutoramento e, por isso, com uma maior responsabilidade no que concerne à metodologia, investigação criteriosa e cruzada, bem como a imperativa busca/selecção de fontes diversificadas (mergulhar em periódicos, visitar acervos, desbravar arquivos...), ao invés de fazer um mero exercício  de poltrona.

Metade do livro procura estabelecer  falsas filiações da Tuna.

Na verdade, toda essa parte de contextualização histórica mais não é do que (re)copiar, (re)dizer o que que já vinha da tradição espanhola herdeira dos mitos construídos e propalados desde o tempo do SEU (Sindicato Espanhol Universitário), narrativas fictícias cuja intenção era reescrever a história da Tuna, conferindo-lhe pedigree medieval, atribuindo-lhe uma áurea de secular e hidalga tradição que pusesse em destaque a Espanha grandiosa e milenar sonhada pela propaganda franquista.

Repete, portanto, essas falsas filiações medievais, falsas ligações a goliardos, trovadores, sopistas e quejandos, resultando num trabalho científica e historicamente medíocre, pejado de erros e imprecisões, carente de respaldo documental e investigativo.

Uma obra sem qualquer utilidade para a investigação tuneril (antes pelo contrário), mas que existe e se deve mencionar, para depois se ignorar.

domingo, 23 de setembro de 2012

Cartazes de certames




Estas notas vão especialmente dedicadas a um lado mais sombrio da actividade tunante. E digo mais sombrio por ter sido continuamente deixado à sombra de outros aspectos a que mais facilmente emprestamos a luz dos holofotes.
A actividade tunante registada de há 2 décadas a esta parte mudou muito, comparado com o que se fazia no “antigamente”.
Hoje em dia, concorrem à actividade do negro magistério não apenas competências artísticas (musicais, cénicas…..) ou culturais (modus vivendi que recupera e adapta a velha Praxis do “correr la tuna”), mas também talentos de outras áreas.
Uma delas é a da área gráfica, do desenho, das artes plásticas.
E nada traduz melhor isso mesmo do que olharmos para as centenas de cartazes de eventos tuneris.

De facto, pouca atenção e reconhecimento se tem dado aos que fazem esse trabalho de bastidores, e quase nenhuma atenção é dada pelos média tunantes à beleza dos cartazes.
Os artistas, façam-no eles à mão ou com recursos tecnológicos, são uma peça essencial do funcionamento orgânico da Tuna, naquilo que é a sua exposição pública (através da organização de eventios desta natureza).
Sobre a qualidade gráfica dos cartazes, temos de tudo, como no supermercado.
Mas é interessante ver, numa perspectiva diacrónica, a própria evolução dos gostos e dos tempos, comparando o que eram os cartazes de há 20 anos, com aquilo que hoje se produz.

Uma clara constatação se nos depara: foram os mesmos evoluindo, à medida dos recursos tecnológicos. Os primeiros eram-no à mão e, gradualmente, foram sendo trabalhados com recurso à TIC, misturando, ainda, a componente do desenho (mesmo que assistido por computador) manual.

Gradualmente, contudo, também fomos assistindo a outros modos de construção, que passaram pela cópia de imagens da net que, com hábil corte e costura (facilitado pelos programas de edição de imagem) se truncavam e mesclavam. Muitas destas opções resultaram felizes e bem conseguidas, é verdade, contrastando com outras tantas que, uma vez pelo seu cariz minimalista (quase sem alteração alguma), outras em rebuscados desenhos ou imagens, nem sempre remetiam directamente para o conteúdo do programa: tunas.

 Temos, nestas várias “correntes pictóricas” os que construíram os cartazes de raiz, os que optaram pela mera adaptação de imagens mais ou menos conhecidas (tiradas da net ou de outra fonte) e os que misturaram as duas anteriores (com mais ou menos engenho).

Grosso modo, em todos eles encontramos exemplares (e são muitos) de cartazes muito bem conseguidos, prova que a Tuna é espaço de realização e potenciação de várias competências e saberes e que, afinal, não apenas a música nela se expressa (quando nela concorrem áreas tão diferentes como marketing, gestão, design, informática (nas suas várias vertentes), comunicação, entre outros.

 Outro aspecto que podemos dissecar, numa análise comparativa e diegética, prende-se com o cariz identificativo, de marca pessoal do próprio evento/cartaz.
Uma larga maioria dos cartazes produzidos pouco tempo manteve traços identificativos comuns, variando o tema escolhido de edição para edição.
Essa heterogeneidade e variação se, pró um lado, teve o condão de possibilitar a diversidade, por outro lado retirou o mais forte dos traços de um evento cíclico: a identificação pictórica.
Com efeito, em grande parte dos casos e dos cartazes analisados (das muitas centenas que guardo em arquivo), são muito poucos os que mantêm traços que se repetem. Quase sempre é preciso ler para se perceber de que evento (festival, encontro, certame) se trata.

Há uns anos, bastava, por exemplo ver ao longe um cartaz do CELTA para assim o reconhecer (sem precisar de ler o título do evento). Facto é que a famosa imagem da lua em fundo (com o Tuno a tocar ou a Sé em evidência), sempre presente nas sete primeiras edições, só fugazmente reapareceu (XIII e XIV, em 2006 e 2007, respectivamente), mas será dos certames onde se manteve, no tempo, a imagem de marca que ainda hoje perdura: o dito tuno com boina e a famosa lua, os 2 elementos emblemáticos dos cartazes do certame. 
Outro exemplo de cartazes que mantiveram traços comuns, como imagem de marca, foram os do FARTUNA. O mesmo com o festival BOCAGE nas suas primeiras edições, com a imagem do poeta como símbolo primeiro, mas desapareceu, também ele.
O BRACARA AUGUSTA, por sua vez, manteve, nas suas primeiras 4 edições, a imagem de alguns emblemáticos locais da cidade (em desenho), mas rapidamente deixou de ser opção.
De todos, por enquanto, escapam os do FITAS, onde a mascote do castelo continua de pedra e cal, ocupando espaço generoso e destacado.

 Como facilmente depreendemos, se, por um lado, se multiplicaram os certames e a isso concorreu o contributo cada vez maior de jovens e talentosos artistas na parte da concepção gráfica dos cartazes, que multiplicaram a variedade de motivos e temas, rivalizando em propostas de qualidade, não é menos verdade que a ânsia de fazer diferente, de inovar e “modernizar” também delapidou o poder da identificação pictórica e gráfica que o cartaz, por si só (e falo da imagem apenas) detinha.


À força de variar, caiu-se, muitas vezes, na eliminação de imagens emblemáticas com que todos nós já nos identificávamos e identificávamos o evento.
Hoje em dia, nem mesmo se consegue, ao longe, identificar um certame de referência se não conseguirmos ler o título do evento, o que concorre para a perda gradual do emblematismo (passo o neologismo) de imagens consagradas, que eram marca registada, por assim dizer.


 Claro está que não se defende a monotonia, mas certo estou que muito se pode variar, mantendo alguns traços já consagrados e identificativos (imagem de marca do evento pela sua reiteração ao longo de anos) que não apenas o logo da tuna organizadora. Mas mesmo concedendo que as coisas se esgotam, então que o refresh total possa, ele próprio, conter elementos que sejam aproveitados nos cartazes seguintes, variando, assim, o fundo do cartaz por ciclos (a cada 5 edições, por exemplo), ao invés de variar anualmente.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Estudantina de Coimbra no Porto, 1888, em O Comércio do Porto


Sobre a presença da Estudantina de Coimbra na cidade do Porto, em Dezembro de 1888.
Investigação pessoal, no âmbito do CosaGaPe




Estudantina de Coimbra no Porto,
O Comércio do Porto 04 Dezembro 1888, p.2


Estudantina de Coimbra no Porto,
O Comércio do Porto 07 Dezembro 1888 página 2 (1)

Estudantina de Coimbra no Porto (isenção de faltas)
O Comércio do Porto 08 Dezembro 1888 p. 2

Estudantina de Coimbra no Porto,
O Comércio do Porto 09 Dezembro 1888, p.1

Estudantina de Coimbra no Porto (partida),
O Comércio do Porto 11 Dezembro 1888, p.1

Estudantina de Coimbra no Porto, (chegada a Coimbra),
O Comércio do Porto 11 Dezembro 1888 p. 2




sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Tuna Compostela em Braga, 1888, em O Comércio do Porto


Alguns documentos sobre  a presença da Tuna de Santiago de Compostela em Braga.
Investigação pessoal no âmbito do CoSaGaPe.


Tuna Compostelana em Braga,
O Comércio do Porto 23 Fevereiro 1888 p.1

Tuna Compostelana em Braga,
 O Comércio do Porto 29 Fevereiro 1888 p.1
Tuna Compostelana em Braga,
O Comércio do Porto 01 Março 1888 p.1
Tuna Compostelana em Braga,
O Comércio do Porto 02 Março 1888 p. 1
Tuna Compostela em Braga (partida),
O Comércio do Porto 03 Março 1888 p.2

Tuna Compostelana em Braga (orçamento),
O Comércio do Porto 03 Março 1888 p. 2





quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Tuna Compostela no Porto, 1888, em O Comércio do Porto

Alguns documentos da minha investigação pessoal, no âmbito do CoSaGaPe.


Tuna Compostelana no Porto,
O Comércio do Porto 09 Fevereiro 1888 p.2

Tuna Compostelana no Porto,
O Comércio do Porto 10 Fevereiro 1888 p.2

Tuna Compostelana no Porto
O Comércio do Porto 12 Fevereiro 1888 p.2

Tuna Compostelana no Porto
O Comércio do Porto 14 Fevereiro 1888 p.2

Tuna Compostelana no Porto
O Comércio do Porto 16 Fevereiro 1888 p.1

Tuna Compostelana no Porto (carta de tuno compostelano),
O Comércio do Porto 16 Fevereiro 1888 p.2

Tuna Compostelana no Porto (corso carbavalesco),
 O Comércio do Porto 16 Fevereiro 1888 p. 2

Tuna Compostelana no Porto
O Comércio do Porto 17 Fevereiro 1888 p.2

Tuna Compostelana no Porto
O Comércio do Porto 18 Fevereiro 1888 p.2

Tuna Compostelana no PortoO Comércio do Porto 19 Fevereiro 1888 p.1

Tuna Compostelana no Porto
O Comércio do Porto 08 Março 1888 p.2

domingo, 9 de setembro de 2012

Um estudantina em Esposende, 1888

Estudantina em Espozende,
O Comércio do Porto 06 Maio 1888 p. 2

sábado, 4 de agosto de 2012

Escola Politécnica de Lisboa

É na  Rua da Escola Politécnica (rua na qual está sediada a Procuradoria Geral da República e a Casa da Moeda) que encontramos o conjunto edificado onde estava instalada a Escola Politécnica, fundada em 1837 (seguindo o modelo da École Polytechnique de Paris.), que dará lugar à Faculdade de Ciências, na recém instituída Universidade de Lisboa, em 1911.
O núcleo museológico e arquivo da Politécnica são um tesouro ímpar. Mesmo se o grande incêndio de 1978 levou a que se perdesse documentação valiosa e impossível de repor (será o caso, porventura, do Estandarte da Tuna, que múltiplas pesquisas no local revelaram infrutíferas).
Actualmente, o grande edifício, construído em 1857 (o anterior, denominado de "Edifício do Noviciado da Cotovia", ardera num grande incêncio em 1843) alberga o Museu de Ciência e o Museu Nacional de História Natural, com os seus museus Mineralógico e Geológico, Zoológico e Antropológico – Museu Bocage, o Museu da Escola Politécnica e, claro está, os bem conhecidos Laboratório e Jardim Botânico.
A entrar nele, encontramos uma placa, que me apressei em fotografar também, que logo deu para relacionar com um cliché recentemente descoberto na Torre do Tombo.
    Cota da foto de grupo: PT-TT-EPJS-SF-001-001-0042-0022L, a qual se reporta aos mestres e alunos, antigos e actuais, da Escola Politécnica, após o descerramento da lápide de homenagem aos mestres, estudantes e empregados mortos (11 Janeiro de 1937).
A Escola Politécnica foi sede de uma das mais importantes Tunas Académicas da cidade de Lisboa, como o atesta a documentação diversa, os clichés existentes e as inúmeras referências na imprensa da época (Vd. "QVID TUNAE? A Tuna Estudantil em Portugal".)).
Foi, no seu tempo, a par com a Escola Médica, um dos centros mais activos da cultura e do saber, promovendo inúmeras iniciativas académicas.


 Documentação sobre a Tuna da Escola Politécnica

Já depois de reconvertida, quando é criada a Universidade de Lisboa (e a do Porto também), em 1911, continuou, ao longo de décadas, a ser referência citadina, albergando tradição e memória, num psatrimónio rico não apenas no seu espólio, mas no que significou a sua acção para tantas e tantas gerações.


O Salão Nobre, local onde, supostamente, a bandeira da Tuna teria ficado guardada,em homenagem agradecimento à Escola e corpo docente pelo apoio dado (Vd. "QVID TUNAE? A Tuna Estudantil em Portugal".)



Entrada para a Biblioteca, a qual contém um espólio riquíssimo.


Vale a pena a visita e aqui fical algumas fotos que tirei do local nas várias deslocações que ali fiz.























Nota: Todas as fotos têm direitos reservados.