Decorrente
da conferência do II TUNx, organizado pela TAFDUP, volto a pegar no assunto dos instrumentos
de tuna.
Sabemos
que a Tuna é uma tipologia musical que se distingue pelo tipo de instrumentos
que utiliza, e que a distingue de outros.
A
definição de Tuna contempla, portanto, a noção de ser um grupo de plectro
(cordas friccionadas e plectradas), juntamente com o acordeão, a percussão
ligeira e as flautas doces.
Essas
são as balizas que definem um grupo como Tuna, desde logo (seja de que tipo for). Claro está, e
conforme o avançado em "Qvid Tvnae?", as que são de natureza
estudantil contemplam ainda a imprescindível pandeireta.
Mas,
tal como enunciado na dita conferência, isso não significa que, por uma questão
premente de um tema que pede um instrumento alheio a esse leque instrumental, este
não possa aparecer excepcionalmente.
O
problema é mesmo quando se perverte a coisa e se pretende transformar a própria
excepção em regra.
Não
vale tudo, lamento, não vale.
Todos
sabemos que o alfabeto ocidental comporta 26 letras.
Com
esse elenco de caracteres, se escreveram milhares de obras, se produziram
milhares de canções, cartas..........
Com
esse leque de letras é infinito o n.º de chaves linguísticas que produzimos na oralidade ou
na escrita, sem necessitarmos de utilizar caracteres chineses, cuneiformes ou
árabes.
E
para além daquilo que na nossa língua produzimos, é igualmente possível falar e
escrever em inúmeras outras.
E
só com esse leque de 26 letras se ganharam inúmeros prémios literários, se
escreveram inolvidáveis discursos, tratados, obras científicas.............
Ora
a Tuna tem também ela um alfabeto que continua a abrir possibilidades infindáveis,
conquanto haja criatividade, arte e engenho, sem precisarmos de recorrer a
outras grafias.
Misturar
por regra é criar neologismos e pretender deles fazer um novo idioMa, mas
acabando por travestir o vocábulo em algo idioTa.
E,
tal como acima referi, se pontualmente inserimos caracteres alheios ao nosso
alfabeto, são precisamente para um uso muito específico e pontual (como a @ para
os endereços electrónicos, por exemplo).
Ora
é a regra que cria a identidade, que define, e não a excepção.
Já
uma excepção usada com bom-senso é prova de carácter, porque sabe respeitar a
regra.
É
que, quando não..............corremos o risco de sair asneira (m&%#k@§).
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