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sábado, 19 de fevereiro de 2022

Teses com Tunas ... sem rigor I

Já há tempo tínhamos aqui denunciado uma tese pejada de erros, evidenciando que o uso do tema das Tunas (tal como o das tradições académicas) não pode ser tratado de forma tão pouco rigorosa, mesmo quando não é o tema principal dos trabalhos académicos.

É que não apenas os proponentes mostram não dominar o assunto, como quem os orienta (e avalia) pouco ou nada sabe, também, do tema. 
Ora não basta que uma tese qualquer esteja perfeita a tratar do calçado dos tunos, se misturadas com  afirmações falsas sobre as Tunas em si (normalmente em intróitos pseudo-históricos). 
Os orientadores e avaliadores podem perceber muito de calçado, tal como o autor da tese (daí resultando um belíssimo trabalho e contributo para a indústria e cultura do calçado), mas isso não pode ser feito à custa de erros graves noutras áreas. 
99 cêntimos não são 1€.

Deste modo, ou bem que não se abordam as Tunas ou bem que, tratando-as, tal deve ser feito com rigor e devidamente escrutinado, sob pena de descredibilizar quem faz, quem avalia e quem publica documentos desta natureza.
Uma questão de respeito, seriedade e competência que permita aferir, devidamente, os trabalhos propostos, evitando que passem, com chancela de verdade, afirmações erróneas.

É aqui o caso desta tese
(Tunas Académicas: Condicionalismos da Voz) que comprova que sobre o melhor pano caia nódoa.
Logo na introdução um erro total e absoluto, afirmando que Tunas são grupos constituídos por estudantes universitários, não havendo sequer suporte documental mencionado (seja em nota de rodapé seja na bibliografia). Uma afirmação que pode induzir na ideia que Tunas são apenas esses grupos constituídos por estudantes universitários. Nada mais falso!

A cultura do achismo e do facilitismo que parece querer penetrar no seio das Universidades é, no mínimo, inquietante.
Uma vez mais, não é por falta de documentação na Net, e em português, que a qualidade dos temas que tratam/referem Tunas não são melhores.

Não, as Tunas não são grupos musicais constituídos
 de estudantes universitários!
Podem também ser, mas não são sequer um exclusivo dos estudantes, como a história no lo demonstra, os documentos no lo comprovam, os factos no lo demonstram.




Fica, pois, um alerta: quando se pretender desenvolver um qualquer trabalho que mencione Tunas, mesmo que num plano secundário, coloque-se o mesmo rigor que para o resto do conteúdo da área a que se destina o documento.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Teses com Tunas... sem rigor

 Um trabalho publicado na revista "adolesCiência" (Revista Júnior de Investigação) com o título "Fatores que determinam a participação dos estudantes numa Tuna Universitária: um estudo de caso" e no qual, apesar de se socorrer da obra Qvid Tvnae? (que citta algumas vezes), comete um erro crasso: ir buscar uma definição de Tuna que não corresponde, de todo, aos factos históricos documentados e investigados.

No melhor pano cai a nódoa, diz o povo, e com razão.


Já nem pediríamos que fosse usada a definição de Tuna Académica constante em Qvid Tvnae?, mas jamais usar uma definição que é não apenas discriminatória como totalmente falsa, e isto com o argumento de "...por se considerar o mais adequado à realidade tunae."

Mas que realidade Tunae? 

Conhecem, porventura que realidade é essa? 

Sabem os autores que não há apenas tunas universitárias e que nem essas precisam de estar vinculadas a uma instituição de ensino para poderem existir? Não sabem os autores que uma Tuna não precisa de ser boémia para existir e muito menos ter ritos iniciáticos?


Se os autores estão a tratar de uma realidade portuguesa, por que razão foram importar uma definição a um site espanhol; uma definição que supostamente diz respeito apenas aos espanhóis (embora na verdade  até nisso esteja totalmente errada)???

Está documentado, provado e comprovado, que as Tunas não são uma realidade apenas estudantil.

Foi publicada e distribuída gratuitamente, em Novembro passado (2018), uma monografia sobre a Grande Tuna Feminina de Alfredo Mântua. Uma Tuna feminina e civil, em claro confronto com a afirmação proposta ad hoc por Tunae Mundi (que faz, descabidamente, a apologia da Tuna como um exclusivo de universitários).

Se fizeram uso da obra Qvid Tvnae? (já disponibilizada gratuitamente), podem os autores apresentar alguma passagem que afirme que as Tunas são agrupamentos iniciáticos e agregados a uma instituição de ensino, como aspecto definidor de Tuna ou mesmo de Tuna Académica?

Pode parecer "bonito" citar fontes diversas, mas mais importante é aferir das mesmas, confrontando, comparando e/ou (porque não?) pedir opinião a quem sabe (seja no
PortugalTunas, no grupo FB Tunos&Tunas, para não ir mais longe). 


Fica o reparo.