Não é sobre Tunas, mas inclui Tunas. Não é sobre Tunas, mas fala de algumas, neste caso 3: Tintuna, TAULP e TFIST.
A obra, que tem por título Grupos Corais e Instrumentais de Portugal é da lavra de Lauro Portugal, editada em 2007 pela Roma Editora, e tem prefácio do conhecido maestro Pe. João Caniço.
Um livro assaz curioso que faz um pequeno apanhado de alguns grupos corais e instrumentais, sem se perceber muito bem qual o critério adoptado na escolha desses mesmos grupos, particularmente no que respeita às Tunas seleccionadas. O autor refere que a escolha recaiu nos que considerava mais representativos e, destes, os que aceitaram o convite em colaborar, mas o facto é que, quanto a Tunas parece, antes, que as mais emblemáticas não terão sido contactadas (fossem as mais históricas, as que apresentam traje singular, um exemplar por género: mistas, masculinas e femininas, etc.,).
Também se estranha a ausência de tunas populares (rurais e/ou urbanas).
É exclusivamente uma sucessão de pequenos apontamentos biográficos dos grupos constantes, sua constituição, historial, organização, repertório, elementos...... a que acrescem uns quantos clichés.
O leitor não fica, pois, a perceber da origem, evoluçãoe características dos tipos de grupo presentes (coros, orfeões, grupos vocais e instrumentais e tunas), sendo que a própria concepção parece algo errónea, tendo em conta que os grupos corais e orfeões são, neste caso, o mesmo tipo de grupo (são coros), e os grupos vocais e instrumentais, tanto englobam grupos de música popular ou erudita, como Tunas, grupos de cantares e afins.
Fica-se, pois, algo confuso.
Seja como for, a singularidade desta obra é ser das poucas que dedica umas quantas páginas a Tunas, mesmo que só 3 exemplares, pelo que se aplaude a intenção.
Apenas, aqui neste particular, lamentar a tentativa de "dar um toque histórico" ao seu historial, ao alegarem que são herdeiros dos costumes e hábitos dos estudantes do séc. XIII (que nem eles próprios devem saber quais eram) , quando as Tunas apenas aparecem no séc. XIX (e não há costumes ou hábitos repertoriados nessa época ou vestígios de qualquer uso ou costume a que hoje chamaríamos de Praxe). Mais um exemplo iliteracia (falta de tunante.
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