O ano tuneril de 2025,
que agora finda, foi, como sempre um pouco de “mais do mesmo”. Um calendário
preenchido com festivais (destacando-se Março e Novembro como meses mais fortes
em termos numéricos) e polvilhado, amiúde, de algumas novidades, bem como de
desaparecimentos precoces.
O grande evento do ano
foi, sem sombra de dúvida, o regresso do ENT – Encontro Nacional de
Tunos, realizado em Outubro passado, em Tomar, com um programa rico,
pertinente e tratado por quem, de facto, percebe dos temas e prima pelo rigor
histórico e científico[1]. Passados 12 anos sobre a
última edição realizada em Vila Real, espera-se que outras tunas peguem no
testemunho e possam dar continuidade ao ENT.
Outra iniciativa
relevante chegou-nos, mais uma vez, pela PortugalTunas TV, com o “É o que temos”, um
podcast de 7 episódios a analisar, informalmente, a Tuna, nestes anos
pós-pandemia. E por falar em podcast, sublinhar o surgimento do “PodcasTuna”, primeiro
podcast inteiramente gerado por IA (embora com supervisão científica) dedicados
a tunas, e cujos 11 episódios passam em revista a história da Tuna (das origens
à sua diáspora pelo mundo), sendo que os últimos 3 são dedicados ao MFT, ENT e PortugalTunas,
respectivamente.
Mas há também a registar
a partida precoce de vários tunos: João Rocha (TAIPCA), João “Gertrudes”
Fragoeiro (da ForTuna), Micael Costa (da Tun’Unkacerta), Lara
Gonçalves (da Sal&Tuna) e António “Pastilhas” Batista. (FAN-Farra
de Coimbra). Fica aqui a nota de
pesar por todos eles.
O ano de 2025 ficou ainda
marcado pelo lançamento de dois trabalhos discográficos (devidamente
repertoriados pelo MFT – Museu Fonográfico
Tuneril), o “Gerações”, da Phartuna - Tuna de Farmácia de
Coimbra, e o “Príncipe do seu tempo”, da Tuna
Académica da UTAD. É de louvar o esforço e aposta em produzir trabalhos
físicos, em detrimento da aposta exclusiva em plataformas online onde tudo é
efémero e se irá, irremediavelmente, perder a médio prazo (e que nem
devidamente catalogado pode ser).
Outro destaque é o da efeméride
de 2 centenários: o da Tuna de Perosinho e o da Tuna
Musical ''A Vencedora'' de Vilar de Andorinho, ambas de Vila Nova de
Gaia.
Finalmente, recordar que
a emissão “Praça de Alegria” perfez 30 anos (demos disso nota em artigo).
Uma das mais icónicas e duradouras emissões televisas em Portugal e das mais
significativas e queridas da comunidade tuneril.
[1] Ao
contrário do que andam a fazer alguns mais a norte.
