sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

O Ano Tuneril de 2021 em revista.

Findou o ano de 2021.

Mais um ano onde se viveu sob a sombra da pandemia e que, apesar de melhor (face ao ano anterior de 2020) para o mundo tuneril, ainda assim não permitiu um arranque em força da comunidade, dado que a Covid19 acabou por cercear muitos projecos (nomeadamente efemérides e certames).

Houve, ainda assim, direito a alguns certames presenciais (como por exemplo o IV AFTA; o V Tunão; o XVII Tudo isto é Tuna; XXX FITU Bracara Augusta; XVII FESTUBI; XIX Marias; XXV Trovas; XI Capas Ricas;  XXXV FITU do Porto; VI FITU de Lamego; XII Tosta Mista de Viseu) e iniciativas (como o III Acordes Solidários e o VIII RAUSS&TUNA'S - também solidário, ou a iniciativa da Tuna Maria para celebrar o Dia Internacional da Mulher), mas em dose reduzida face ao que se esperava. Apenas salientar que, no que concerne à participação de tunas portuguesas em certames fora do país, tivemos a Tuna de Veteranos de Viana do Castelo no XXIV Certamen Internacional de Cuarentunas de Compostela, realizado em 26 e 27 de Novembro.

Alguns aniversários, marcando, entre outros, os 20 anos da Tuna Templária (com direito a exposição fotográfica comemorativa) da TAIPCA, da ESTuna e da Estatuna; os 25 da Quantuna, Barítuna, Gatunos, TeSuna, Phartuna e in'Spiritus Tuna (a coincidir com o seu XI Capas Ricas);  e o 30º aniversário da TAULP, RTUB, TMUP,  bem como do Real Tunel Académico e da Infantuna (ambas de Viseu).

Não conseguindo apurar todas (muitas, entretanto, não têm dado sinal de vida - ou pelo menos não tenho delas tido notícia) ficam os parabéns a estas e demais que me possa ter esquecido.


Outro aniversário foi o dos 10 anos de lançamento da obra "QVID TVNAE?", de que se espera (para breve?) uma edição revista e aumentada, já que os trabalhos já foram iniciados nesse sentido há um par de anos.

Neste ano de 2021, parte das despesas tuneris ficaram, uma vez mais a cargo do PortugalTunas (de que assomam 2 figuras cimeiras do nosso panorama: Ricardo Tavares e José Rosado), mais precisamente do seu canal PTV, dando seguimento às emissões do "Tunices" e estreando, em Junho, uma nova rubrica sob a designação de "Filhos do Boom". Mas não olvidamos o podcast levado a cabo pela Tuna Feminina de Letras do Porto, sob o nome de "Com todas as letras" e com 12 emissões realizadas.

No que concerne à investigação, o ano viu nascer formalmente a AHT (Academia de História da Tuna), a qual reúne investigadores de vários países, tendo já produzido alguns conteúdos, mas ainda embrionária nesta fase.

Depois, para além das publicações dos blogues "As Minhas Aventuras na Tunolândia" e "Além Tunas" (deste último destacaria um artigo que faz o resumo da história e evolução da Tuna no mundo), além da actividade do MFT (Museu Fonográfico Tuneril), o lançamento, em Novembro passado, de mais um livro: "A Tuna Académica da Escola Politécnica de Lisboa - Vigência, actividade e protagonistas.", da minha lavra e, uma vez mais, distribuído em formato PDF gratuito.

Do lado da produção fonográfica, a registar o lançamento, em Agosto, de um  EP em plataforma digital “Ao Vivo – VIInstância”, pela mão da Tuna da FEUC e de um trabalho, lançado a 01 de Novembro, pela Tuna Universitária do Porto, com o título "Estúdio Atlântico", mas em formato digital, pelo que se espera o aparecimento de exemplares físicos do dito CD.

À espera continuamos do CD "A Fuga", por parte dos Gatunos-Tuna Académica do Politécnico do Porto

O ano terminou com o tema da Tuna como putativa candidata a Património Imaterial da UNESCO, surgindo alguma polémica no ar, já que o que era anunciado como a suposta candidatura da Tuna em termos globais (reunindo os países com essa tradição), afinal resultou  não apenas em não haver candidatura alguma de facto, como a mesma só era exequível sob proposta de um só país, segundo as regras da UNESCO (e cujo logótipo foi, até, abusivamente utilizado em ridículas campanhas de spam). Uma mão cheia de nada, como está bom de ver.

Nesse sentido, o PortugalTunas lançou uma consulta online para se aferir do acolhimento que teria uma eventual candidatura da Tuna Portuguesa (dada a sua singular história ininterrupta e possuir as tunas mais antigas do mundo em actividade, quer civis, liceais e universitárias). Uma consulta sobre a Tuna portuguesa que não caiu no erro de apenas considerar tunas universitárias, mas todas.

Os mais atentos terão certamente reparado que o mês forte de 2021, para as tunas, foi sobretudo Novembro, mês onde coincidiram inúmeras iniciativas de relevo, acima mencionadas.

Em termos estritamente pessoais, foi um Annus horribilis, tendo a lamentar a perda de 2 familiares muito próximos, além de, mais recentemente, ter partido o meu grande amigo, Sr. Raúl Nunes, dono da mais famosa tasca de Viseu, o Bóquinhas (espaço incontornável da boémia académica e tunante da cidade, e não só). 

Mas a vida é feita destas coisas, pelo que nos resta esperar que o próximo ano seja melhor que este que agora termina (o que não será difícil, diga-se) e possa ver realizados muitos e bons projectos por parte da comunidade tunante portuguesa.

 

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