Merecem
uma especial atenção os 15 anos do blogue "As Minhas Aventuras naTunolândia", já que se trata de um espaço de intervenção tuneril único e
singular.
Num
tempo em que já quase não existem blogues de/sobre tunas (trocados por outras
plataformas de divulgação), termos, de forma ininterrupta, 15 anos de "Aventuras"
é, por si só, um feito assinalável.
Mas seria redutor apenas celebrar o somatório de anos em linha, pois o reputado blogue é um repositório de reflexões, análises e críticas de quem conhece o fenómeno tuneril como poucos (ou ninguém), e que, para além do conhecimento e participação empírica, também o estuda e perspectiva, dando ao Ricardo Tavares uma reconhecida e irrefutável propriedade nos assuntos que aborda, e ao leitor uma visão do fenómeno sob um prisma díspar e diferenciador, face a "mais do mesmo" que por aí pulula.
Passar
em revista as muitas e muitas dezenas de artigos publicados é (re)descobrir a
nossa história recente, sob a escrita arguta e assertiva de quem questiona, de
quem promove a reflexão e a necessária auto-regulação que, por vezes, tantos omitem por falta do necessário distanciamento e ponderação.
Mesmo se por vezes é preciso saber ler nas entrelinhas, oferece um manancial de propostas de debate que visam confrontar-nos com o que somos, de onde vimos e como se desenham os caminhos a percorrer, não deixando de centrar os assuntos no essencial, nem de apontar opções que merecem ser consideradas ou (re)pensadas.
É por isso, e muito mais, que congratular o blogue e seu autor é da mais elementar justiça pelo serviço que tem prestado à comunidade tunante.
Num tempo onde poucos se dão ao trabalho de pensar sobre as coisas, haver quem o faça e partilhe é um bem inestimável... a estimar.
Parabéns
e longa vida!
1 comentário:
Mais uma vez, obrigado pela generosidade das tuas palavras!
Confesso que só dei conta desses tais 15 anos de "Aventuras" por força do teu alerta. Talvez porque me limito a deixar a pena correr ao sabor dos ventos tuneris, da actualidade que conta ou do insólito/opróbrio que nos cai em cima da mesa de quando em vez.
Sempre pretendeu ser uma crónica de costumes, acima de tudo. Dos costumes bons e dos maus - quando tem de ser, mesmo que tal implique dar palco a quem de outra forma nunca o teria e assim, me vai lendo (e eu registo).
Mas sempre e acima de tudo fazer a crónica dos costumes, dos nossos costumes. Nunca Biblia, nunca futilidade, apenas ilustrar, mostrar, dar pistas, indiciar.
E o Caminho faz-se Caminhando!
Obrigado pelas palavras mais uma vez tão simpáticas quão imerecidas!
As Minhas Aventuras na Tunolândia
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