Merece destaque a Associação Tuna Musical de Rebordões já que está a 1 ano de completar o seu centenário. Mais uma vez tuna a integrar o lote de mais antigas agremiações mundiais com actividade ininterrupta, comprovando que a Tuna não é um exclusivo de estudantes, como nunca foi!
domingo, 19 de outubro de 2025
Fake News sobre Tuna (mais do mesmo)
Bem sabemos que a ignorância não dói e que dizer palermices sobre tunas custa pouco - em linha com a preguiça mental que costuma caracterizar o conhecimento sobre o tema.
Esta é mais uma publicação, desta feita no Instagram, a inventar que a 1.ª tuna data de 1876, que a 1.ª tuna em Portugal foi a da Universidade de Coimbra, que a Tuna resulta "da energia e poesia dos jovens estudantes do séc. XIX" ou que até aos anos 80 só existia a Tuna da UC e a do Porto. NADA MAIS FALSO! NÃO ACERTAM UMA QUE SEJA!
Quando é que as pessoas começam a deixar o "achismo" e passam a ser mais criteriosas e exigentes com aquilo que escrevem publicamente?
domingo, 28 de setembro de 2025
A Tuna - algo mais que música?
Assunto mencionado durante o
último ENT realizado em Tomar, e por vezes aflorado em outros espaços, tem sido
palco fértil para equívocos. A Tuna é algo mais que música, nomeadamente a Tuna
Académica? Se tivermos de circunscrever os traços identitários transversais,
que são comuns a todas as tunas (civis ou académicas), desde que foram criadas
até à data…. o que sobra que seja igual tanto em Chaves como em Loulé, agora
como há 90 anos e constitua corpus estável e próprio que permita, por exemplo,
uma candidatura a património cultural imaterial português?
Afinal, Tuna, na sua
definição, no seu conceito, é algo mais que música?
Creio bem que a pergunta possa ser ardilosa! Se perguntarmos à generalidade da comunidade, a resposta, mais rápida que o Lucky Lucke a disparar, será um convicto e intransigente "sim!".
Uns quantos, contudo, colocarão reservas, pois cedo se terão apercebido que isso de "o que define uma Tuna" não pode ser nem a "olho", nem com "achismos" e muito menos do "Maria vai com as outras"!
O problema é que, a partir do franquismo em Espanha, e do 2.º boom de tunas académicas (década de 1980-90) em Portugal, a Tuna foi sendo vestida com roupagens que lhe eram alheias: umas discretas e que traziam valor, mas muitas outras que a descaracterizaram e deturparam. Quem chegou mais tarde tomou essas roupagens como sendo património secular, como sacramentos dogmáticos a professar e perpetuar.
O primeiro foi querer
revestir a Tuna de secular tradição[1],
colando-lhe práticas artificialmente recriadas e pintando-lhe um pedigree
medieval brasonado. Em Espanha, recriaram-se práticas a lembrar os pedintes (os sopistas – estudantes pobres; os tunos do siglo de oro – meliantes tantos
civis como estudantis que pouco ou nada tinham a ver com música) e (abreviando e omitindo outras, para não alongar) surgiram, a
partir dos anos 50, as novatadas (importadas das praxes universitárias), entre
outras.
Por cá, a Tuna Académica foi
inicialmente transformada numa testa de ferro das praxes e “tradições
académicas” (muitas delas criadas artificial e porcamente com base em códigos
pejados de parvoíces sem nexo). Um dos primeiros lapsos lesa-pátria prende-se,
precisamente, com os denominados “trajes de caloiro”; coisa sem nexo e baseado
num grave erro histórico promovido pelos "duches" e corja de ignorantes (vulgo organismos
de praxe) de que, supostamente, os caloiros não podiam trajar. Contaminando naturalmente as
tunas (numa altura em que os actores se confundiam, por serem, normalmente, comuns às duas realidades), surge essa ideia “peregrina” (“estúpida”, bem
vistas as coisas) de que, na Tuna, o novo elemento devia ser tratado seguindo o
mesmo protocolo, as mesmas designações, as mesmas regras, que as aplicadas aos novos alunos na
universidade.
A noção de "caloiro", especialmente de "Caloiro na tuna" também ela anda inquinada e a adopção do termo nas tunas não foi, de todo, feliz.
Ora, sabemos bem que é
anti-Praxe impedir um caloiro de trajar, e que o pode fazer mal se matricule (tal como é descabido dizer-lhe que só deve trajar e traçar a capa na noite da sua 1.ª serenata – pois só um burro
diz tamanha patranha), contudo é o que tem sido prática comum (mais ainda nas
instituições que inventaram trajes[2]) e levou
a vermos, em palco, tunos vestidos, quase sempre, de forma ridícula, por vezes
literalmente vergonhosa (com o tempo, os pijamas saíram de moda, mas
mantiveram-se outras vestimentas sem nexo algum).
Ora, qual era a tradição Tuneril que existia há já mais de 1 século, quando tivemos o nosso “boom” da década 1980-90?
- A tradição era que não havia a designação de caloiro e que quem ia a
palco vestia igual. Questão de aprumo, respeito pelo público e postura coerente
de quem ali está para “mostrar” música e não n.º de matrículas ou subservientes
hierarquia internas.
Aliás, recordemos: só ia a palco quem já soubesse tocar, não se colocando publicamente a questão de se tinha muitos ou poucos anos dentro do grupo. Sempre foi, portanto, a música, a competência musical que ditavam quem ia ou não a palco tocar.
Outra roupagem com que
contaminámos a Tuna foi a das praxes, do gozo ao caloiro (para sermos mais precisos), quer por cópia do que já tinham começado
a fazer algumas tunas espanholas alguns anos antes, quer por contágio das
praxes universitárias ressurgidas e reinventadas no mesmo contexto, e quase
sempre pelos mesmos protagonistas, do “boom Tuneril”.
Como a ignorância é atrevida
(já o dizia Jean de La Bruyére, em 1688) e a preguiça de ir pesquisar mais simpática,
assistiu-se a um tempo fértil de invenções disparatadas. “Não sabendo,
inventa-se” (complicando, de preferência), foi o lema que norteou esses anos (e
os seguintes).
Surgiram novas hierarquias e
nomes estapafúrdios para as mesmas, com o fenómeno a passar para as tunas que,
por sua vezes, também procuraram identificar-se com jogos de palavras que rivalizavam
em engenho (casos raros) e insensatez total (onde assomavam designações como “Prostituna”,
“Javadérmica”, entre outras[3]). A
nomenclatura surgida para substituir presidente, secretário, tesoureiro… é a
prova provada de algo que não trouxe mais-valia alguma, nem mais
graça sequer[4].
A contaminação da “Praxe”, acabou por resultar em tunas a criar praxes internas, muitas delas humilhantes ou mesmo perigosas (e cuja utilidade é nenhuma)[5], com trajes diferentes para caloiros (ao contrário de Espanha, por exemplo[6]) e com vários graus de “caloiro” (pré, proto…) - como se isso tivesse algum sentido[7]; em tunas que ainda se colocam em subserviência a organismos de praxe e à ideia errónea de que o traje académico é um traje de Tuna (e, por outro lado, que não o sendo, isso implica estar subordinado, enquanto se está no âmbito tunante, a organismos de praxe - porque o traje "é da praxe"). Tunas configuradas em autênticas trupes musicais ainda existem, infelizmente, comprovando que, nesses casos, os implicados nem percebem de Praxe nem entendem de Tunas.
Mas a "praxe" não é (também) uma tradição tunante?
- Não, não é!
Quando a “Praxe” ressurgiu e se deu o “boom” (recordando, contudo, que sempre existiram, de forma ininterrupta, tunas académicas), a Tuna portuguesa existia há mais de 1 século sem nunca ter precisado de praxes e da Praxe, sem nunca ter havido essa práticas (fossem universitárias ou não), sem ter caloiros, sem ter trajes diferentes ….cingindo-se apenas ao essencial e despida de pretensiosismos e folclore bacôco. Não há uma só tuna estudantil anterior ao "boom" onde se verificassem esses praxismos.
Muito daquilo que comumente chamamos de “Tradição” nas tunas académicas, em boa verdade, não o é nem tem nada a ver com o cerne e identidade da Tuna.
Ponto de situação:
tradição tunante é o quê, afinal?
Se é cada um a sua, cada tuna as suas
tradições, estamos a falar de algo que não identifica a Tuna como tal, mas a
distingue na sua prática interna e nas convenções que regem a sua forma de
socializar.
Uma Tuna só comer hambúrgueres e levar uma placa do McDonald’s para
palco não é sinal identitário de Tuna, nem uma tradição Tuneril. É uma tradição
daquele grupo, naquela época precisa - a qual pode mudar no seio desse grupo na geração seguinte.
Portanto, quando falamos de
tradição, no contexto tunante, temos necessariamente de falar daquilo que é
identidade e necessariamente imutável – ou pelo menos não é passível de mudar
repentinamente e de forma artificial. Uma pretensa candidatura a património imaterial apenas olharia aos aspectos comuns ao conjunto, padronizadas e partilhadas como costume regrado (mesmo que não imposto).
Mas se queremos defender uma tradição Tuneril, começaria por sugerir que os tunos não fossem cúmplices de adulterações ou consentissem grupos que, não reunindo os fundamentos mais basilares para serem uma Tuna, assim se apresentem exigindo integração e querendo impor a sua visão enviesada e acéfala de Tuna (tendo e conta que já temos um coro a dizer-se tuna[8]).
A Tuna é algo mais que música?
De certa forma, é, pois fora o âmbito estritamente musical (ensaios e actuações), trata-se de um grupo de pessoas que criam afinidades. Daí que surjam práticas, hábitos, pequenas “tradições” (jantares anuais, idas a determinado lugar, pequenas brincadeiras, alcunhas, pequenos ritos nas refeições…), mas tudo isso são aspectos circunstanciais, periféricos, que dão uma identidade interna de grupo, que são adornos que tornam a participação dos seus elementos mais emocionante, significativa, proveitosa …..
Encher a boca com “tradição” para nos referirmos a esse tipo de aspectos circulares é pernicioso. São aconchego, fornecem contextos, revestem, mas em momento algum definem o grupo como sendo, ou não, Tuna! Se não definem, nem igualmente são transversais/padronizados, como podem ser tradição Tuneril?
Então, mas…e Tuna Académica, como se diferencia das outras?
Diferencia-se como sempre
sucedeu, a par de tunas de vidreiros, de oficiais de barbeiro, de caixeiros, de
funcionários…. ou seja em função de quem fazia parte, e, na adopção de uma
roupa apropriada (as que tinham meios para isso) e designação adoptada (no caso
estudantil: traje académico e designação do grupo: “académica”, “Escolar”, “Universitária”…).
Não precisavam de praxes internas, de nomenclaturas diferentes, de graus, de
ritos….
Todas elas se diferenciavam sem precisarem de adornos desnecessários, porque estavam ali para tocar (e cantar) e queriam distinguir-se, e ganhar nome, pela qualidade musical e artística …. que é só aquilo que, no final, importa ao público e a qualquer pessoa sensata.
Concluindo
Aquele chavão, caricaturado,
que afirma que quem não sabe cantar procura compensar nas roupas e postura (os
sketeches, as piadas, etc.) serve
perfeitamente àquelas tunas que, não tomando consciência de que são (deviam
ser) um grupo musical que deve exercer esse mester com mínimos de qualidade, “compensam”
(acham que sim) com aquilo que é circunstancial[9].
E aqui abro uma parêntesis
curto, mas grosso: bandeiras, cambalhotas e artes circenses, são complementos
artísticos, mas não são música. E as pandeiretas entram também nessa categoria,
embora tenham uma responsabilidade acrescida: como instrumento musical, não
podem nunca deixar de cumprir a sua função primordial: marcar correctamente (e
sublinho) o ritmo. Recordar que uma tuna pode dispensar pandeiretas, bandeiras
e quejandos e continuará a ser tuna, mas o contrário é impossível.
Para se saber o que
constitui o corpus da tradição Tuneril, convém, desde logo, conhecer a Tuna[10], a
sua história, a sua evolução ao longo dos anos, as suas características
transversais no tempo, para saber em que
consiste, de facto, uma Tuna e que tradição/ões lhe(s) é/são própria(s).
[1] Algo que
já se pôde observar em idos de 1878, quando a Estudiantina Fígaro
inventou um traje que supostamente era o traje estudantil (abolido em 1834),
quando, na verdade, era um mosaico de peças de várias épocas e algumas sem
relação com trajes académicos de antanho.
[2] Uma
visita ao blogue Notas&Melodias permite perceber que, salvo o traje
nacional e o traje da Escola Agrária de Coimbra, nenhum outro tem validade
histórica ou razão de ser (sendo normalmente baseados e falsas premissas).
[3] Em tempo
escreveu-se um artigo sobre o assunto, publicado já não sei bem onde.
[4] Contra
mim falo, no respeitante à minha Tuna. O pessoal via filmes a mais!
[5] Caloiros
de tuna de quatro, caloiros largados do autocarro a dezenas de quilómetros do
destino…
[6] Os
novatos usam o traje de tuno, mas sem Beca.
[7] Numa
tuna há quem esteja a aprender e, por isso, não deve subir a palco. Não faz ainda
parte da Tuna. Não tem de ter hierarquia, pois não é suposto acompanhar o
grupo. Os que estão aptos a tocar, poderão ser novatos no grupo, mas são Tunos.
As Tunas são os únicos grupos de cariz musical ou cultural com tais “burocracias”.
[8] Há uns
anos, os Napoleões eram ignorados e, no limite, internados. Hoje há quem esteja
capaz de acreditar que eles o são e os aplaudam!
[9] Seja o
prémio de “Tuna Mais Tuna”, o de “Tuna Mais bebedora” (uma parvoíce absoluta) seja
noutros pretextos que procuram valorizar tudo em detrimento da prestação estritamente
musical.
[10] Como
conceito geral e igualmente a sua própria (história).
quinta-feira, 18 de setembro de 2025
A Tuna e os 30 Anos da Praça da Alegria
Dia 18 de Setembro marca o arranque, nos Estúdios da RTP Porto, de uma das mais icónicas e duradouras emissões televisas em Portugal, a Praça da Alegria (emitida no horário nobre da manhã)
Uma emissão que muito diz à
comunidade tuneril portuguesa que, há que o dizer, tanto deve à Praça da
Alegria a projecção do fenómeno e a possibilidade das nossas tunas se darem a conhecer na
televisão (a maioria fazendo, aí, a sua primeira - e por vezes única -
aparição).
História do Porgrama
O programa começou, portanto, em 1995, sob
batuta de Manuel Luís Goucha e Anabela
Mota Ribeiro (esta última rapidamente substituída, no ano seguinte, por Sónia
Araújo). Mais tarde, em 2002, Jorge Gabriel substitui Luís Goucha para, em 2013,
o programa ser transferido para Lisboa, com João Baião e Tânia Ribas de Oliveira
à frente do programa (esta última a ficar sozinha na apresentação, a partir do
ano seguinte). Um ano depois, em 2014, o programa é substituído pelo "Agora Nós".
Após quase 1 ano de
interregno, reaparece a Praça da Alegria, novamente no Porto, com apresentação
de Jorge Gabriel e Sónia Araújo (de regresso), o qual perdura até aos dias de hoje.
Importância para o mundo tuneril
A Praça da Alegria e Manuel Luís Goucha são um marco na história tunante portuguesa. Nos seus primeiros anos, poucos terão sido os dias sem que uma tuna se apresentasse no programa; e essa publicidade, essa difusão que a Praça da Alegria permitiu, foi decisiva no processo de consolidação do chamado "2.º boom de tunas", traduzido no programa Effe-Erre-Yá" (1995) [1], com apresentação do próprio Manuel Luís Goucha[2].
Na Praça, as tunas não apenas tocavam, mas muitas vezes eram entrevistadas, permitindo entreabrir um pouco mais esse mundo "novo" que o programa dava a conhecer ao grande público. O funcionamento, as particularidades, a história e cada grupo iam, assim, constituindo pinceladas com que também se pintava a imagem tunantesca (a contrastar com a outra, menos abonatória, de excessos que quase sempre se constituía reverso da medalha).
E passaram 30 anos sobre a
1.ª emissão. “O tempo passa”, dizemos nós com alguma nostalgia, pois devem ser
poucas as tunas que não tenham, a determinada altura, pisado o palco de tão
memorável programa televisivo. Parabéns, Praça da Alegria!
“Nunca tantos deveram a tão
poucos”[3] é uma frase famosa que poderia
perfeitamente aplicar-se neste caso.
É verdade que, na
actualidade (e desde há uns anos a esta parte), as tunas quase desapareceram do
programa, mas não é menos verdade que a comunidade tuneril portuguesa tem uma dívida
de gratidão; uma gratidão que não pode ser menorizada e que cabe aos mais
velhos testemunhar junto das gerações mais novas, porque parte do legado que nos
cabe promover e preservar.
[1] TAVARES, Ricardo
- A Aventura do "Effe-Erre-Yá”, artigo [Em
linha] de 25-01-2008 e A Aventura do 60 Anos, artigo [Em
linha] de 2310-2019. Blogue As Minhas Aventuras na Tunolândia.
[2] COELHO,
Eduardo, SILVA, Jean-Pierre, TAVARES, Ricardo, SOUSA, João Paulo - QVID TUNAE? A Tuna Estudantil em Portugal.
CoSaGaPe, 2011-12, p. 279.
[3] Frase que foi
parte do discurso que Winston Churchill proferiu na Câmara dos Comuns, a 20 de
Agosto de 1940, evocando a bravura dos pilotos da RAF durante a Batalha de
Inglaterra.
sexta-feira, 5 de setembro de 2025
IA (Inteligência Artificial) e a Tuna (Parte 3)
Mais um serviço de IA, de seu nome "Talkpal", desta feita dedicado a apoiar a aprendizagem de línguas, mas que se "mete" por outros caminhos com os resultados que se sabe.
Não basta que 80% da info possa ser aceite (nem que fosse 99%), se apresenta algo errado e profundamente falso, como é o caso.
terça-feira, 2 de setembro de 2025
X ENT em Tomar, 27 Setembro 2025
HABEMUS ENT!
domingo, 31 de agosto de 2025
IA (Inteligência Artificial) e a Tuna (Parte 2)
Tal repetiu-se em outros fornecedores de IA, também eles a apresentarem listagens de livros e autores inexistentes (na altura não guardei print-screen dessas listas, infelizmente).
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| Lista de obras inexistentes sobre Tunas, fornecidas pelo Chatgpt, em Maio de 2025. |
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| Lista fornecida pela IA "Copilot" há uns meses. Uma vez mais, nem os livros nem os autores existem. |
Ora o que fizemos, há pouco, foi voltar a pedir, DE FORMA ANÓNIMA, uma lista de obras, em português, sobre Tunas/Estudantinas e eis o bonito resultado: um relambório de obras e autores inexistentes, ou seja uma cagada em 3 actos, como se diz.
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| Mais uma lista de obras e autores inexistentes, fornecidos pela IA "Gemini", quando se lhe solicitou uma listagem (em português) sobre Tunas/Estudantinas. |
E é esse o perigo de quem, não tendo grande conhecimento livresco e académico sobre Tunas, e pretende fazer um trabalho sobre as mesmas (procurando fontes com ajuda da IA), é enganado e ludibriado, quando devia poder confiar na ferramenta que usa. Já tínhamos, em Outubro do ano passado, abordado a questão da IA e das falsas infos fornecidas sobre a Tuna (ver AQUI) e pouco ou nada melhorou na navegação "anónima".
Ora, se a IA fornece obras e autores inexistentes, com que grau de fiabilidade podem estudantes, que querem elaborar trabalhos nesta área, confiar na IA e nas infos que fornece sobre Tunas?
![]() |
| Grave é quando, pseudo-trabalhos académicos, colocam, como bibliografia, obras e autores inexistentes, como sucedeu nas V Jornadas Internacionais de Tunas, organizadas no IPB, pela Rausstuna, como disso AQUI demos conta. |
Cuidado, portanto, quando usarem a IA sobre assuntos destes (ou outros), sem contrastarem, sem procurarem outras fontes de informação e confirmarem criticamente a "papinha feita" que vos cai no colo sem esforço (e que só exigiu uns meros cliques e copy-paste).
![]() |
| A IA tem esse mau vício de produzir nomes de pessoas que nunca existiram, atribuindo-lhes méritos e obra igualmente inexistentes. |
terça-feira, 5 de agosto de 2025
100 anos da Tuna Musical ''A Vencedora'' de Vilar de Andorinho
Grande efeméride para mais uma tuna centenária, mais um grupo a comprovar que Tuna não é exclusivo estudantil e que Portugal possui os mais antigos exemplares com actividade ininterrupta no mundo, sejam a nível popular ou escolar.
Parabéns à una Musical ''A Vencedora'' de Vilar de Andorinho (V.N. de Gaia - Porto) pelos seus 100 anos de existência!
quarta-feira, 9 de julho de 2025
Instrumentos de Tuna, a definição de Tuna.
Mais uma vez
a conversa dos instrumentos de Tuna[1]
e do que é uma Tuna.
Parecia que,
depois de muitos anos de labuta a
esclarecer, a fornecer informação pelos mais diversos meios (no PortugalTunas, pela
PTV, em blogues, através de livros gratuitamente partilhados online, via redes
sociais...), se tinha chegado a um consenso basilar e transversal sobre o que
era uma Tuna e o que a definia como tal ou seja o seu leque instrumental. Um
consenso que não foi imposto, mas que foi aceite em razão da mera observação de
factos documentados ao longo de mais de um século de prática (em Portugal e no
mundo).
Uma definição que ficou catalogada (ver AQUI) e amplamente reconhecida.
Mas parece
que tem vindo a crescer, em gerações mais recentes, um desinteresse por
conhecer e, em virtude disso, um regresso ao ignorar da res tvnae e ao
desvirtuar daquilo que é cerne identitário.
Não nos
vamos referir ao abjecto caso de quem acha que um grupo que só canta é uma
Tuna, pois de nada vale tentar trazer à razão quem é militantemente estúpido[2].
O que está
em causa são os que, algumas vezes sem má intenção e por desconhecimento, acham
lícito e adequado contaminar o leque instrumental da Tuna com aquilo que lhe é
alheio e descaracteriza.
Tal como já
se fazia referência em obras literárias e artigos, dizer que não é o uso
pontual de um instrumento (um trompete ou quejandos) num tema onde é essencial
(porque assim o é na versão original, por exemplo) com o seu uso constante[3].
E não, não é
questão de “evolução”, sobretudo quando colide com uma pedra basilar que define
a Tuna: tradição.
| Publicado no contexto do blogue Notas&Melodias, relativo à Tradição Académica/Praxe, este texto, do Eduardo Coelho, adequa-se perfeitamente à Tuna. |
Mas não é
apenas ver em palco instrumentos alheios à Tuna (o que por si só não apenas
desvirtua mas também, de certo modo, discrimina) usado abusivamente e sem
restrição alguma, mas começar a ver cartazes (que publicitam actividades, por
exemplo) onde desaparecem os instrumentos próprios e identificativos de Tuna
para se colocar tunos a tocar saxofone, trombone, bombardino ou quejandos. O
grave é que se perverte a imagem identitária da Tuna e se passa, para o público
menos conhecedor, uma ideia errada.
Já não
bastando o cliché de que tunas são apenas grupos universitários (varrendo,
dolosamente, as tunas dos demais graus de ensino e as tunas populares), surge
agora esta situação gráfica que só vem contribuir para confundir e difundir “fake
news”. E recordemos a época em que iconograficamente (para não falar de temas musicais e estúpidos prémios festivaleiros de "Tuna mais Bebedora") se desenhavam tunos ébrios, associados à bebedeira e aos copos (imagens, autocolantes, cartazes), reforçando o cliché generalizado dos tunos e das tunas como uma cambada de alcoólicos inveterados e sem civismo.
Esta
despreocupação, este “qual é o mal?” é apenas indício de uma geração que chegou
mais recentemente à Tuna sem qualquer background e, pior, sem qualquer hábito
ou preocupação em saber, em se inteirar, tentar compreender o fenómeno. Mesmo
se damos de barato que, durante alguns anos, a comunidade viveu “apavorada” com
o que se previa ser a redução drástica no recrutamento e desinteresse pela Tuna,
levando, porventura, a apertar menos nos critérios de selecção/formação, há
também que reconhecer que é uma marca dos tempos. De facto, esta nova geração
vive de redes sociais e de consumos rápidos, efusivos e efémeros, que não exigem
tempo, esforço, dois dedos de testa e, em suma, preocupação
(compromisso, legado, rigor…) com quem vem a seguir e aquilo que é deixado.
Tínhamos
saído de um tempo de “a minha noção de tuna” resultante dos mitos que
subsistiam e da falta de informação documentalmente credível (mas numa geração
que, geralmente, não virava a cara a provas e factos), para “a minha noção de
tuna” que resulta do desinteresse, do não querer saber (numa geração que,
geralmente, não tem qualquer contacto com conhecimento académico/livresco sobre
a tradição que vivencia e é muito pouco exigente com a pouca informação que
encontra/procura[4]), enveredando pelo "acho que" e conferindo-se a si mesmo propriedade para se pronunciar e transformando a ignorância em "sapiente virtude".
Quando não se sabe o que é uma Tuna (mas se acha saber só porque se faz parte de uma), quando se tem a presunção de considerar “a minha noção/conceito/ideia de tuna é” como válido[5]… abre-se a porta ao regresso do obscurantismo tuneril, à diabolização do conhecimento e de quem o transmite, ao descrédito perante o público e a própria comunidade.
[1] Vd O Alfabeto
das Tunas, artigo de 03-12-2016.
[2] Vd Ricardo
Tavares - A
Aventura Instrumentalmente Natural. Blogue As Minhas Aventuras na
Tunolândia, artigo de 08-04-2025.
[3] Que
parte normalmente do desejo que fulano ou sicrano que toca X ou Y instrumento
alheio integre a Tuna (ou porque é um tipo porreiro ou porque há falta de
instrumentos e não se quer esperar que alguém aprenda os que fazem falta).
[4] Tanto mais
grave quando se traduz em apresentações/artigos medíocres e pejados de erros
científicos, em “jornadas” sobre Tunas ou em outras intervenções publicadas
online.
[5] Vale a
pena (re)ler Ricardo Tavares, no blogue As
Minhas Aventuras na Tunolândia - A
Aventura do "Eu-É-Que-Sou-O-Plesidente-Da-Junta!", artigo de
25-05-2017 e A
Aventura Dunning-Kruger, artigo de 24-03-2021, entre outros.
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terça-feira, 24 de junho de 2025
Luso Can Tuna...uma argolada!
Estamos em 2025 e já não há desculpa, nem mesmo sendo um grupo da diáspora.
Pede-se mais rigor e exigência em quem cursa Ensino Superior e pretende dar continuidade a uma tradição secular.
Conhecer aquilo de que se faz parte é o mínimo que se pede, sobretudo quando é para exposição pública/publicada.
Isto, para lá do facto de não explicar as imagens apresentadas no início do vídeo (contexto histórico) nem citar qualquer fonte onde as mesmas foram obtidas.
Por mais simpatia que nos mereça a Luso Can Tuna, não se pode aceitar que ainda se repita a falsa narrativa da Tuna com origens medievais, como está patente no vídeo colocado no Youtube, quando está mais que comprovado que é um fenómeno com raízes no séc. XIX sem nenhuma relação com qualquer época anterior.
Quando se pesquisa sobre algo, com vista a criar um conteúdo que se pretende tornar público, então deve haver o consequente esforço de produzir algo que não comporte erros grosseiros.
Estamos certos que os estudantes em causa, quando o lhes pede (ou pedia, para aqueles que já se formaram) um trabalho académico, não fazem pesquisas e se detêm na primeira ocorrência que lhes surge na web. Muito menos, estamos em crer, quando se trata de algo que é muito próprio da tradição ibero-americana, não fazem essa pesquisa em inglês, mas alteram as buscas para que estas se façam em português/espanhol e se centrem em resultados obtidos nessas líguas e países.
Será que convivem e conhecem o que se faz deste lado do Atlântico? Conhecem o PortugalTunas (com site, FB, Instagram) e o PortugalTunas TV (com os seus programas informativos e formativos constantes no Youtube), o grupo de FB "Tunas&Tunos", a AHT -Academia de História da Tuna (também com canal de Youtube), os ENT (Encontro Nacional de Tunos), o MFT (Museu Fonográfico Tuneril), os blogues dedicados como "Além Tunas", "As Minhas Aventuras na Tunolândia", "Portus Cale Tunae", "Memorabilia Tuneril Portuguesa", para além da Revista "Legajos de Tuna" (que possui um grupo no FB) ou mesmo da associação "Tunae Mundi"... e ainda o novel programa "PodcasTuna".
Será que conhecem a bibliografia editada, grande parte dela disponível online e publicitada na maioria do grupos/iniciativas acima mencionadas?
Seria de esperar que sim, tratando-se de uma Tuna com ligações a Portugal e, portanto, à nossa comunidade tuneril.
sábado, 14 de junho de 2025
A Tuna a Património Cultural Imaterial de Espanha
A Tuna Espanhola merece, sem dúvida, ser reconhecida como Património
Cultural Imaterial de Espanha, e é nesse sentido que o processo foi agora
iniciado formalmente, mas é lamentável que isso seja feito à custa de mentiras
históricas. Não há fundamento para afirmar que a Tuna seja produto de sopistas
e trovadores, muito menos que seja tão antiga quanto as universidades em
Espanha e que a Tuna tenha existido antes do século XIX.
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| Ver documento completo AQUI. |
É triste e lamentável que os mais importantes investigadores hispano-americanos do fenómeno tuneril tenham sido totalmente ignorados, simplesmente para deturpar os factos e distorcer a verdade histórica da Tuna. A Tuna Espanhola só surgiu no século XIX, mas teimam em querer viver na fantasia e na mentira.
Não havia necessidade de falsificar a história para tentar alcançar o reconhecimento desejado, mas, vindo de quem veio, nada mais se poderia esperar.
Algumas fontes essenciais e primárias sobre a investigação da
Tuna foram deliberadamente omitidas (e aqui só mencionamos as que estão
acessíveis na web sobre as falsas origens da Tuna):
Roberto Martínez, Rafael Asencio, Raimundo Gomez e Enrique Pérez - Tradiciones en la Antigua Universidade; Estudiantes, matraquistas ytunos. Univerisdad de Alicante, 2004.
COELHO, Eduardo; SILVA, Jean-Pierre, SOUSA, João Paulo e TAVARES, Ricardo - QVID TUNAE?, A Tuna Estudantil em Portugal. CoSaGaPe, 2011-12.
Félix O. Martín Sarraga - Mitos y evidencia históricasobre las Tunas y Estudiantinas. Tvnae Mvndi, 2017.
Rafael Asencio González - Las Estudiantinas del AntiguoCarnaval Alicantino; Origén, contenido y actividad benéfica (1860-1936). Universidad de Alicante, 2013.
Los escolares en las Partidas de Alfonso X. RevistaLegajos de Tuna, n.º 2, de Diciembre de 2017.
La Sopa Boba y los Sopistas (I). Revista Legajos de Tuna,n.º 3, de Junio de 2018
La Sopa Boba y los Sopistas (II). Revista Legajos de Tuna,n.º 4, de Diciembre de 2018
EL ORIGEN DE LAS TUNAS Y ESTUDIANTINAS I
EL ORIGEN DE LAS TUNAS Y ESTUDIANTINAS II
Estudantinas/Tunas
em Espanha - 1.ª parte.
Estudantinas/Tunas
em Espanha - 2.ª parte.
Além disso, algumas instituições de investigação tunante, com as quais os principais tunólogos do mundo colaboram, foram propositadamente ignoradas:
- Academia de Historia de la Tuna;
- Tvnae Mvndi (e o que foi produzido nas várias edições do Congreso Iberoamericano de Tunas);
- Museo Internacional del Estudiante.
Nenhuma de essas três instituições de referência subscreve as mentiras expressas
no capítulo sobre "origens documentadas". Essas origens não estão documentadas e baseiam-se em distorções e interpretações abusivas das fontes.
Mais grave ainda: o Museu Internacional de Estudantes é mencionado para engalanar, embora não apoie
a narrativa fictícia e falsa de que a Tuna tem origens medievais ou é tão
antiga quanto as universidades espanholas.
As demais explicações apresentadas estão repletas de
imprecisões e erros, e não há fontes fiáveis conhecidas que sustentem muitas
das afirmações constantes.
Fala-se de cerca de 260 tunas na Espanha, mas nenhum censo ou
estudo exaustivo e rigoroso foi jamais realizado sobre o assunto (nem há qualquer fonte fiável que o ateste). [1].
Fala-se "tanto da historiografia quanto de vários autores clássicos", mas sem mencionar as obras e quais os ditos autores; e sem fazer nenhum trabalho real para distinguir o que é narrativa ficcional do que é pesquisa e factos objetivamente documentados e comprovados pelos investigadores mais conceituados.
Estranhamente, ignoraram, até, o único documento sobre historiografia tunante: uma palestra dada online (para o grande auditório de TUDI - Tunos Decanos de Iberoamérica) para todos os países ibero-americanos, pelo historiador/tuno Héctor Valle Marcelino (ver AQUI).
E, já agora, sublinhar que se é facto que a Tuna tem expressão fora de Espanha, é quase só em Portugal (que, pelas contas que eles fizeram, até terá mais Tunas que Espanha) e América Latina. Em França só existe a Tuna de Pau, no Canadá só há a Luso-Can Tuna (de matriz portuguesa) e nos Países Baixos algumas tunas (quase só só resistindo a de Eindhoven). Não existem tunas na Bélgica, Alemanha, China ou Japão, como falsamente referido no capítulo da "Dimensão Internacional" (e estranhamente nem referem a Suíça, onde existe a Tuna Herlvética - também de feição lusitana). Existiram Estudiantinas em várias partes do mundo e subsistem algumas, mas não são de cariz universitário nem o conceito de Tuna defendido pelos proponentes é compatível com considerar esses grupos como Tunas - caso contrário teriam de englobar as suas próprias orquestras de "pulso y púa" (e a proposta fala apenas, recordemos, de Tunas Universitárias, deixando de fora todas as demais escolares e todas as civis). Enfim, um rodilho de incoerências fruto da incompetência do(s) proponente(s).
Aqueles que prometeram que a Tuna seria considerada Património
Imaterial da HUMANIDADE (pela UNESCO) terão ainda terão de cumprir a sua promessa, propalada “urbi et
orbi” de fazer da Tuna património mundial[2].
O ridículo é esta candidatura continuar a receber o apoio dos mesmos que foram postos fora da equação, as mesmas pessoas que achavam que a candidatura
iria englobar os seus próprios países e tunas (foram bem comidos), quando é simplesmente impossível englobar tantos países.
Outra coisa importante: se, e quando, a declaração vier a ser promulgada, ela só vinculará Espanha. Tuna Portuguesa, Tuna Chilena, Tuna Mexicana... ou Tuna "francesa" não estarão englobadas (e muito menos vinculadas). E seria preciso que em cada país onde há tunas houvesse o mesmo processo de reconhecimento da Tuna como património cultural imaterial, para, remotamente, ser possível falar-se na candidatura da Tuna como Património da UNESCO. O que os tótós ainda não perceberam é que há muito mais probabilidade de a Tuna Espanhola vir a ser, uninominalmente. Património da UNESCO do que a Tuna no seu conceito mundial (englobando os demais países). E esse reconhecimento, a acontecer, não é extensível a terceiros mas exclusivo de um só país!
É uma boa notícia que a Tuna possa vir a ser considerada património cultural imaterial da Espanha? Sim, mas não à custa da verdade e certamente não para promover mentiras e o seu promotor.
Esperemos que, a partir de agora, haja mais rigor na análise das fake news que constam da candidatura e que não seja tudo resumida ao factor “cunha”, onde valem mais as “connections” e conhecimentos pessoais do que o real rigor do conteúdo. Esperemos que não se repita o chauvinismo do franquismo onde o que importava era enaltecer e valorizar a cultura espanhola de qualquer jeito (e a qualquer custo), mesmo que cavalgando mitos, narrativas ficcionadas e promovendo mentiras absolutas. Mas duvido que, face à tentação do facilitismo e do ganho "nacionalista", haja resistência; acredito mais que muitos olhos se fechem. Afinal, uma mentira bonita sempre é mais interessante que uma verdade aborrecida.
Tenho, pois, sérias dúvidas que sejam colocados entraves de cariz científico, face ao sentimento nacionalista que estas coisas suscitam nos decisores políticos. Continua a valer mais a fantasia que engana os crédulos e preguiçosos do que a história real que exige verticalidade e honestidade intelectual.
Por princípio, todos os tunos apoiam a candidatura (sejam espanhóis ou não).
Por honestidade, todos deveriam criticar os fundamentos em que a mesma assenta e recusar a mesma nestes moldes envoltos em "fake news"! Questão de honestidade intelectual e valores(conquanto as pessoas estejam informadas e não vivam ainda em novelas medievais).
Todos certamente apoiamos o resultado final de a Tuna Espanhola vir a ser Património Imaterial de Espanha (desengana-se quem acha que vai estender-se a outros países), mas não vale tudo!
Os fins não justificam nunca os meios. A falta de honestidade intelectual, o falsear factos e introduzir dados inventados (como o n.º de tunas existentes) é uma metodologia inaceitável num contexto de Ensino Superior.
Para fazer mal feito, qualquer um faz! E se deste lado há crítica, bastaria, apenas e só, comparar o que já foi feito pro quem "critica" e o nada que foi feito por quem quer agora destaque sem pergaminho algum nestas matérias! É essa a diferença!
[1] Só Portugal o fez, à data.
[2] E até alvo de alguns alertas feitos no PortugalTunas:
Do
Fracasso de uma Proto-Candidatura à UNESCO (26-09-2019), Sobre uma
qualquer propositura à UNESCO (27-07-2021).


















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