terça-feira, 24 de junho de 2025

Luso Can Tuna...uma argolada!

 Estamos em 2025 e já não há desculpa, nem mesmo sendo um grupo da diáspora.

Pede-se mais rigor e exigência em quem cursa Ensino Superior e pretende dar continuidade a uma tradição secular.

Conhecer aquilo de que se faz parte é o mínimo que se pede, sobretudo quando é para exposição pública/publicada.

Isto, para lá do facto de não explicar as imagens apresentadas no início do vídeo (contexto histórico) nem citar qualquer fonte onde as mesmas foram obtidas.



Por mais simpatia que nos mereça a Luso Can Tuna, não se pode aceitar que ainda se repita a falsa narrativa da Tuna com origens medievais, como está patente no vídeo colocado no Youtube, quando está mais que comprovado que é um fenómeno com raízes no séc. XIX sem nenhuma relação com qualquer época anterior.


sábado, 14 de junho de 2025

A Tuna a Património Cultural Imaterial de Espanha

A Tuna Espanhola merece, sem dúvida, ser reconhecida como Património Cultural Imaterial de Espanha, e é nesse sentido que o processo foi agora iniciado formalmente, mas é lamentável que isso seja feito à custa de mentiras históricas. Não há fundamento para afirmar que a Tuna seja produto de sopistas e trovadores, muito menos que seja tão antiga quanto as universidades em Espanha e que a Tuna tenha existido antes do século XIX.

Ver documento completo AQUI.


É triste e lamentável que os mais importantes investigadores hispano-americanos do fenómeno tuneril tenham sido totalmente ignorados, simplesmente para deturpar os factos e distorcer a verdade histórica da Tuna. A Tuna Espanhola só surgiu no século XIX, mas teimam em querer viver na fantasia e na mentira.

Não havia necessidade de falsificar a história para tentar alcançar o reconhecimento desejado, mas, vindo de quem veio, nada mais se poderia esperar. 

Algumas fontes essenciais e primárias sobre a investigação da Tuna foram deliberadamente omitidas (e aqui só mencionamos as que estão acessíveis na web sobre as falsas origens da Tuna):

Roberto Martínez, Rafael Asencio, Raimundo Gomez e Enrique Pérez - Tradiciones en la Antigua Universidade; Estudiantes, matraquistas ytunos. Univerisdad de Alicante, 2004.

COELHO, Eduardo; SILVA, Jean-Pierre, SOUSA, João Paulo e TAVARES, Ricardo - QVID TUNAE?, A Tuna Estudantil em Portugal. CoSaGaPe, 2011-12.

Félix O. Martín Sarraga - Mitos y evidencia históricasobre las Tunas y Estudiantinas. Tvnae Mvndi, 2017.

Rafael Asencio González - Las Estudiantinas del AntiguoCarnaval Alicantino; Origén, contenido y actividad benéfica (1860-1936). Universidad de Alicante, 2013.

Los escolares en las Partidas de Alfonso X. RevistaLegajos de Tuna, n.º 2, de Diciembre de 2017.

La Sopa Boba y los Sopistas (I). Revista Legajos de Tuna,n.º 3, de Junio de 2018

La Sopa Boba y los Sopistas (II). Revista Legajos de Tuna,n.º 4, de Diciembre de 2018

EL ORIGEN DE LAS TUNAS Y ESTUDIANTINAS I

EL ORIGEN DE LAS TUNAS Y ESTUDIANTINAS II

Estudantinas/Tunas em Espanha - 1.ª parte.

Estudantinas/Tunas em Espanha - 2.ª parte.


Além disso, algumas instituições de investigação tunante, com as quais os principais tunólogos do mundo colaboram, foram propositadamente ignoradas:

Nenhuma de essas três instituições  de referência subscreve as mentiras expressas no capítulo sobre "origens documentadas". Essas origens não estão documentadas e baseiam-se em distorções e interpretações abusivas das fontes. Mais grave ainda: o Museu Internacional de Estudantes é mencionado para engalanar, embora não apoie a narrativa fictícia e falsa de que a Tuna tem origens medievais ou é tão antiga quanto as universidades espanholas.

As demais explicações apresentadas estão repletas de imprecisões e erros, e não há fontes fiáveis conhecidas que sustentem muitas das afirmações constantes.

Fala-se de cerca de 260 tunas na Espanha, mas nenhum censo ou estudo exaustivo e rigoroso foi jamais realizado sobre o assunto (nem há qualquer fonte fiável que o ateste). [1]Pasme-se que é tão ridículo o número que essa afirmação faz de Portugal o país com mais tunas no mundo.

Fala-se "tanto da historiografia quanto de vários autores clássicos", mas sem mencionar  as obras e quais os ditos autores; e sem fazer nenhum trabalho real para distinguir o que é narrativa ficcional do que é pesquisa e factos objetivamente documentados e comprovados pelos investigadores mais conceituados. 

Estranhamente, ignoraram, até, o único documento sobre historiografia tunante: uma palestra dada online (para o grande auditório de TUDI - Tunos Decanos de Iberoamérica) para todos os países ibero-americanos, pelo historiador/tuno Héctor Valle Marcelino (ver AQUI). 

E, já agora, sublinhar que se é facto que a Tuna tem expressão fora de Espanha, é quase só em Portugal (que, pelas contas que eles fizeram, até terá mais Tunas que Espanha) e América Latina. Em França só existe a Tuna de Pau, no Canadá só há a Luso-Can Tuna (de matriz portuguesa) e nos Países Baixos algumas tunas (quase só só resistindo a de Eindhoven). Não existem tunas na Bélgica, Alemanha, China ou Japão, como falsamente referido no capítulo da "Dimensão Internacional" (e estranhamente nem referem a Suíça, onde existe a Tuna Herlvética - também de feição lusitana). Existiram Estudiantinas em várias partes do mundo e subsistem algumas, mas não são de cariz universitário nem o conceito de Tuna defendido pelos proponentes é compatível com considerar esses grupos como Tunas - caso contrário teriam de englobar as suas próprias orquestras de "pulso y púa" (e a proposta fala apenas, recordemos, de Tunas Universitárias, deixando de fora todas as demais escolares e todas as civis). Enfim, um rodilho de incoerências fruto da incompetência do(s) proponente(s).

Aqueles que prometeram que a Tuna seria considerada Património Imaterial da HUMANIDADE (pela UNESCO) terão ainda terão de cumprir a sua promessa, propalada “urbi et orbi” de fazer da Tuna património mundial[2]. O ridículo é esta candidatura continuar a receber o apoio dos mesmos que foram postos fora da equação, as mesmas pessoas que achavam que a candidatura iria englobar os seus próprios países e tunas (foram bem comidos), quando é simplesmente impossível englobar tantos países.
Outra coisa importante: se, e quando, a declaração vier a ser promulgada, ela só vinculará Espanha. Tuna Portuguesa, Tuna Chilena, Tuna Mexicana... ou Tuna "francesa" não estarão englobadas (e muito menos vinculadas). E seria preciso que em cada país onde há tunas houvesse o mesmo processo de reconhecimento da Tuna como património cultural imaterial, para, remotamente, ser possível falar-se na candidatura da Tuna como Património da UNESCO. O que os tótós ainda não perceberam é que há muito mais probabilidade de a Tuna Espanhola vir a ser, uninominalmente. Património da UNESCO do que a Tuna no seu conceito mundial (englobando os demais países). E esse reconhecimento, a acontecer, não é extensível a terceiros mas exclusivo de um só país!

É uma boa notícia que a Tuna possa vir a ser considerada património cultural imaterial da Espanha? Sim, mas não à custa da verdade e certamente não para promover mentiras e o seu promotor.

Esperemos que, a partir de agora, haja mais rigor na análise das fake news que constam da candidatura e que não seja tudo resumida ao factor  “cunha”, onde valem mais as “connections” e conhecimentos pessoais do que o real rigor do conteúdo. Esperemos que não se repita o chauvinismo do franquismo onde o que importava era enaltecer e valorizar a cultura espanhola de qualquer jeito (e a qualquer custo), mesmo que cavalgando mitos, narrativas ficcionadas e promovendo mentiras absolutas. Mas duvido que, face à tentação do facilitismo e do ganho "nacionalista", haja resistência; acredito mais que muitos olhos se fechem. Afinal, uma mentira bonita sempre é mais interessante que uma verdade aborrecida.

Tenho, pois, sérias dúvidas que sejam colocados entraves de cariz científico, face ao sentimento nacionalista que estas coisas suscitam nos decisores políticos. Continua a valer mais a fantasia que engana os crédulos e preguiçosos do que a história real que exige verticalidade e honestidade intelectual.

Por princípio, todos os tunos apoiam a candidatura (sejam espanhóis ou não).
Por honestidade, todos deveriam criticar os fundamentos em que a mesma assenta e recusar a mesma nestes moldes envoltos em "fake news"! Questão de honestidade intelectual e valores(conquanto as pessoas estejam informadas e não vivam ainda em novelas medievais).

Alguns virão com o argumento que se está a menorizar quem fez e que quem nada fez critica. Mas não basta "fazer", se é para fazer mal, quando todo documento e pressupostos assentam em erros científicos clamorosos, falsidades e mentiras históricas lamentáveis.
Todos certamente apoiamos o resultado final de a Tuna Espanhola vir a ser Património Imaterial de Espanha (desengana-se quem acha que vai estender-se a outros países), mas não vale tudo!
Os fins não justificam nunca os meios. A falta de honestidade intelectual, o falsear factos e introduzir dados inventados (como o n.º de tunas existentes) é uma metodologia inaceitável num contexto de Ensino Superior. 
Para fazer mal feito, qualquer um faz! E se deste lado há crítica, bastaria, apenas e só, comparar o que já foi feito pro quem "critica" e o nada que foi feito por quem quer agora destaque sem pergaminho algum nestas matérias! É essa a diferença! 


[1] Só Portugal o fez, à data.

[2] E até alvo de alguns alertas feitos no PortugalTunas: Do Fracasso de uma Proto-Candidatura à UNESCO (26-09-2019), Sobre uma qualquer propositura à UNESCO (27-07-2021).

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Tuna Universitária de Toulouse (França) em 2 discos de vinil

 Eis um dado que ficou por detectar a tempo da obra "A França das Estudiantinas" e que é, a todos os títulos, surpreendente.

Já conhecíamos todos a Tuna de Letras de Pau (um grupo já com mais de 3 décadas, com discografia editada e baseado na matriz espanhol), mas esta agremiação universitária é uma novidade.

Não foi possível conseguir dados mais apurados, porque inexistentes na web, à data, daí que a única referência existente sejam dois discos em vinil (dois EP) de finais do anos 1960 (por volta de 1968).



Fica aberta a investigação.


terça-feira, 10 de junho de 2025

Por Salamanca, continua a ridícula narrativa dos mitos.

 Não há outro modo de o dizer: é falso, é mentira e é de uma falta de honestidade intelectual que ultrapassa o bom-senso.

Apesar de, por diversas vezes alertados, de confrontados com factos, e com a ausência de prova documental sobre as afirmações qu efazem, continuam a colocar a origem e antecedentes das Tunas na idade média, nos trovadores, nos sopistas, goliardos e quejandos!

Infelizmente, a ignorância não dói. Mas pior: é propalado por universitários e outros já formados. A fake news não é um exclusivo de gente iletrada, como se comprova!


Ficam aqui apenas alguns dados de mais rápido acesso (porque online) que desmontam por completo essas teorias romantizadas, que ecoam do franquismo e do SEU (Sindicato Español Universitario).
Não, a
 Tuna não tem 8 séculos! Não nasceu na idade média nem os sopistas, trovadores ou goliardos são predecessores das Tunas! Isso é falso!


Algumas referências que pessoas mal intencionadas, ignorantes militantes e alguns com falta de honestidade intelectual omitem:

Roberto Martínez, Rafael Asencio, Raimundo Gomez e Enrique Pérez - Tradiciones en la Antigua Universidade; Estudiantes, matraquistas y tunos. Univerisdad de Alicante, 2004. 

COELHO, Eduardo; SILVA, Jean-Pierre, SOUSA, João Paulo e TAVARES, Ricardo - QVID TUNAE?, A Tuna Estudantil em Portugal. CoSaGaPe, 2011-12. 

Félix O. Martín Sarraga - Mitos y evidencia histórica sobre las Tunas y Estudiantinas. Tvnae Mvndi, 2017. 

Rafael Asencio González - Las Estudiantinas del Antiguo Carnaval Alicantino; Origén, contenido y actividad benéfica (1860-1936). Universidad de Alicante, 2013.

Los escolares en las Partidas de Alfonso X. Revista Legajos de Tuna, n.º 2, de Diciembre de 2017

La Sopa Boba y los Sopistas (I). Revista Legajos de Tuna, n.º 3, de Junio de 2018

La Sopa Boba y los Sopistas (II). Revista Legajos de Tuna, n.º 4, de Diciembre de 2018

 E recordemos a argolada monumental, já produzida em Salamanca, com a ridícula "estória" do Colégio de São Bartolomeu (Salamanca) e da sua Tuna criada no séc. XIII, ou seja 2 séculos antes da fundação do próprio colégio e que AQUI denunciámos!
Mas a burrice não tem noção, pelos vistos.
 
E recordamos o seguinte:




Acrescentaríamos, ainda, como documento comprovativo, a seguinte palestra (dada pelo mais reputado tunólogo hispano-americano):

- EL ORIGEN DE LAS TUNAS Y ESTUDIANTINAS I

- EL ORIGEN DE LAS TUNAS Y ESTUDIANTINAS II


Só persevera na ignorância quem quer!




sexta-feira, 30 de maio de 2025

PodcasTuna - um programa fora da caixa.

Estreou há 2 semanas um podcast único e inédito no mundo. Será , ao que tudo indica, o 1.º podcast produzido inteiramente por IA (Inteligência Artificial). Neste caso, um podcast em português (mas com legendas noutros idiomas) todo ele dedicado às Tunas/Estudantinas.

PodcasTuna é o seu nome e, pela amostra, está feito com critério e rigor (certamente fruto da utilização de programas que usam fontes fechadas e criteriosamente seleccionadas).


Uma emissão semanal (de curtíssima duração) que é transmitida exclusivamente no Youtube, todos os domingos às 15h00.

Cremos mesmo que podemos dizer que é um daqueles programas a não perder!

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Pouca Inteligência e muita parvoíce artificial

 Não há outra forma de o dizer.
Não bastava, já, termos  pacóvios encartados a derramar disparates sobre Tunas em Jornadas, sites e quejandos, que, agora, temos aquilo que seria um avanço científico ímpar a mostrar ser ainda mais idiota que aqueles que se acham suficientemente empossados para falar de Tunas com base em 3 cliques.


Como é possível tal regressão? Digo já, prefiro humanos ignorantes que se acham sábios do que humanos que acham sábios os resultados de uma inteligência ignorante.

Recordemos: Estud(i)antina é o termo pelo qual se conheciam os grupos populares (comparsas) que, no Carnaval, se disfarçavam de estudantes; grupos que, progressivamente, se converteram em pequenas orquestras.
Quando estas "comparsas" começaram a incluir estudantes, ganharam em prestígio.
Os estudantes, por sua vez, queriam distinguir as suas estud(i)antinas das demais poopulares e, por isso, começaram (alguns), a partir da década de 1870, a chamar-lhes também "Tuna". Durante largo tempo ambos os termso conviveram em simultâneo "Estudantina-Tuna de..." e foi preciso, em Espanha, esperar até depois da Guerra Civil para o termo Tuna ficar quase circunscrito a grupos escolares.
Mas a verdade é que o povo sempre adoptou o que achava mais em voga e, pro isso, rapidamente também começou a chamar de "Tuna" as suas pequenas orquestras de cordofones (fenómeno que se alastra e implanta mais rapidamente em Portugal).
Na verdade são termos sinónimos que dizem respeito ao mesmo.
Por isso NÃO! Tuna não é designação mais do âmbito popular e estudantina não é mais do âmbito escolar. Seria, até, precisamente o contrário [mesmo se o termo "Estud(i)antina" se refira naturalmente ao meio estudantil e aos estudantes].
As Estudantinas têm origem no foro popular e as Tunas começaram por ser estudantinas só de estudantes (pelo menos era essa a intenção).

Esta IA  parece-me ser mais um zurrado IÓ. 

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Tuna Universitária do Porto - um programa de 1937-38

 Há já algum tempo que tencionava aqui partilhar este livrinho que encontrei há alguns anos, nas minhas deambulações investigativas pela BNP (Biblioteca Nacional de Portugal) e que pode ser encontrado na secção reservada à música.
É um documento histórico de que só haverá cópia pública consultável nos arquivos do OUP e/ou Biblioteca Municipal do Porto.










sexta-feira, 14 de março de 2025

O direito à opinião não é respeitar-se a mesma ou quem a emite.

 Em matéria de factos investigados e estudados, a opinião que um qualquer arrivista dá não tem de ser respeitada nem sequer se tem de tolerar uma argumentação pejada de ignorância, erros e imprecisões. O "achismo" não é opinião, mas apenas verborreia escatológica.

Opinião válida será sempre aquela que se baseia em factos investigados, em fontes credíveis e com primazia para aqueles que produziram essas mesma investigação ou assentam o discurso nessas mesmas fontes.

Não merece qualquer respeito uma opinião discordante dos factos investigados, sem apresentação documentada e rigorosa do contraditório. Factos são passíveis de ser actualizados apenas mediante novos factos cientifica e historicamente comprovados.



A única coisa que deve ser respeitado é o direito que qualquer um tem de ter opinião e de a emitir. Infelizmente, com o advento das redes sociais, até o tolo da aldeia tem voz (como dizia Umberto Eco),quando antes era logo remetido á sua insignificância académica. É a credibilidade do emissor  e/ou do conteúdo suportado em factos reais que confere razão e fiabilidade na opinião dada.

Portanto, NÃO! A OPINIÃO DE OUTRÉM NÃO É ALGO QUE SE TEM NECESSARIAMENTE DE RESPEITAR!

Muito menos temos de respeitar quem a emite, se essa pessoa o faz assente em falácias, militante ignorância, evidente incompetência, e teimando em não considerar aquilo que assenta na verdade.

A única coisa a respeitar é o direito a ter-se opinião. Cada um tem o direito de achar a Terra plana; não pode é pretender fazer disso um facto científico e espalhar mentiras como sendo ciência e facto.

E já que se falou em verdade, dizer que também é falácia dizer-se que ninguém tem a verdade, pois cada um tem "a sua". É cliché bonito, mas falso!

O que é facto é que a verdade não tem dono, mas verdade há só uma, quando respeita a factos e a matéria objectiva.

Defender a verdade não é defender o que achamos, mas promover e zelar para que o que é factual assim seja considerado e preservado, independentemente de isso não nos agradar  ou colidir com as nossas crenças, valores, cultura, etc.

A verdade dos factos não é passível de interpretações que a deturpem. A verdade não se interpreta: constata-se.
O que se interpreta e tenta compreender é o contexto, as razões, contornos e consequências de essa verdade factual, mas jamais se pode, nem deve, distorcer - precisamente porque não somos donos da verdade; não nos é lícito outra postura que não seja apresentá-la ipsis verbis, tal qual.

Conhecer a verdade deve obrigar cada um a partilhá-la e a lutar por ela contra a "fake new", por questão de moral, de civismo, de honestidade.

Os que investigam estão mais perto dos factos, da verdade dos factos. Os demais ou confiam nos que estudam ou devem eles próprios aferir com rigor o que é dito pelos estudiosos. Quem prefere narrativas ficcionadas e vive do "diz que disse", é precisamente o idiota da aldeia que se alimenta de teorias conspirativas, de mitos e se acha talhado e com propriedade para ter uma opinião que deva ser ouvida!

Só que não! São precisamente esses a quem se deve dizer" Pára de regar e vai estudar!".

Outro problema é o que surge como consequência da propagação de mitos, imprecisões e falsidades, produzidas por imbecis encartados que se acham com propriedade para emitir opinião (por vezes em jeito de facto - sobretudo com o argumento do "certos estudos dizem" ou "segundo certos estudiosos", mas que nunca são apresentados) e se elevarem à condição de gurus, de opinion makers...de influencers, como se diz hoje.
Outros, igualmente desconhecedores são circunstancialmente colocados perante a necessidade de fornecer informações/opinião (nomeadamente em entrevistas) e não são capazes de recusar 5 min de fama, aproveitando esse tempo para derramar equívos, imprecisões, erros.

O grosso da comunidade estudantil/tunante segue que tipo de informação, que tipo de fontes? A mais fácil de consumir (tipo "Big Brother" tuneril), a mais fácil de reproduzir (o boato, o cliché...) ou faz por fazer escolhas mais criteriosas?

A resposta todos a conhecemos... é factual (note-se)!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

É o que temos - Emissão com alusão aos 20 anos do blogue

 Para quem gostar do tema Tunas e tiver uma horita para gastar.....







domingo, 9 de fevereiro de 2025

Da noção de "Tradição Tuneril" e do que é próprio à Tuna Universitária

 



Um breve artigo suscitado pela leitura de um regulamento de certame a realizar brevemente e a que tivemos acesso. Fixámo-nos num excerto específico que nos causou apreensão.

Fique claro que cada qual é livre de definir as regras do evento que organiza, mas do mesmo modo também se sujeita ao escrutínio de quem o lê.

Neste caso, são mais dúvidas e perguntas retóricas.

Comecemos, pois, pelo início.

Onde é que está provado  e documentado que a Serenata é a expressão máxima de uma Tuna Universitária? Na verdade, releva mais da narrativa ficcionada do “boom” de finais do século passado (o XX), e de uma mimetização importada de Coimbra (sobretudo das Serenatas de feição fadista (Serenatas Monumentais).

Depois, perguntar qual o sentido de desvalorizar um grupo que usa e abusa de instrumentos que não são próprios à Tuna ao invés de simplesmente dar zero. É que entra-se claramente no domínio do “acho que”, pois a desvalorização quantifica-se como? No código da estrada, a infração por pisar um traço contínuo é igual quer se pise ao de leve, parte, todo ou mesmo se passe o mesmo. Haja pois, coerência e verticalidade para assumir-se uma de duas opções: seguir a tradição quanto à instrumentação ou borrifar-se olimpicamente para a mesma. Encher a boca de "tradiçao tuneril" para depois fechar os olhos àquilo que a a infringe objectiva e dolosamente é qu enão!

Como hoje em dia quase ninguém quer saber de tradição para nada e só fica bem falar-se nisso para inglês ver ou para constar de regulamentos….. estamos conversados.

E nem de propósito a questão da "tradição".

Alguém pode explicar o que é isso de "respeitar o traje envergado no cumprimento da tradição tunante"? Qual tradição?

É que com a diversidade de trajes académicos existentes[1], a par com trajes próprio que algumas tunas possuem…. fica difícil saber o que a tradição tunante diz sobre Traje. É que não existe nada escrito nem definido sequer. Uma coisa é cada tuna respeitar a etiqueta académica (vulgo Praxe) quanto ao uso do traje (seja a definida pela instituição a que pertence seja a definida pela própria tuna quando o traje é próprio) e outra é supostamente haver uma qualquer norma oral/escrita sobre o tema que possa ser transversal a todos os trajes existentes.

Se querem tradição tuneril quanto a traje.... então voltem as tunas todas a usar o Traje Nacional e haverá um ponto comum a partir do qual se poderá encetar uma amena conversa e, até, desmascarar a multitude de regas sem fundamento histórico nenhum  que enchem  códigozecos de praxe de norte a sul do país (e que nem para limpar o rabo servem)!

Também se desconhece a associação entre originalidade e “Tradição Tuneril”, nem se percebe sequer o que isso quer dizer. Há graus ou limites à originalidade para caberem ou não na Tradição Tuneril? Se sim, quais? Onde é que é próprio da dita “tradição tuneril” e onde é que ultrapassa esse suposto âmbito? Ou afinal é só uma maneira bonita de embelezar o texto e no fundo acabar por ser como os jurados acharem?

Também não se percebe muito bem a questão da “correta distribuição da Tuna em palco” como característica inata à Tuna Universitária. O que é uma incorrecta distribuição, no entender deste regulamento? É que as tunas que vão a esse festival deveria saber para poder ajustar-se. Mas afinal….é coisa dúbia! Recordemos que há uns anos, uma tuna foi desclassificada (off the record) por ter "ousado" tocar com a primeira fila sentada. Ao que parece, no entendimento dos jurados de então, era uma distribuição/colocação incorrecta e contra a tradição (quando afinal nem era - e sobre o tema pode ler-se AQUI). Se, de repente, tocarem todos sentados, como foi norma, por cá, até á década de 1980? E se, por exemplo, decidirem dispor-se sem ser em filas? Creio que o leitor percebeu já o quão dúbia se torna a questão.

Como dúbia é a questão do cuidado visual. Isso traduz-se em quê exactamente? Se é para dizer que devem estar todos uniformemente trajados, que não devem apresentar-se de forma andrajosa, desrespeitosa… então sejam claros e explicitem-no, ao invés de remeter para o destinatário o dever de intuir o que significa, pois o que é lícito e normal para uns pode não ser para outros. E, uma vez mais, como se ajuíza isso? Pelos vistos….conforme cada jurado “achar”.

Haja maior cuidado na adopção de regulamentos escritos há muitos anos [e que deveriam merecer reflexão e actualização antes de ser adaptados - eventualmente com ajuda do(s) autor(es)], procurando que essas normas sejam claras para quem participa, sem espaço para demasiada subjetividade, como a que acaba por se criar quando se fala em conceitos como “Tradição Tuneril” sem que os próprios saibam bem em que consiste ou explicitem objectivamente o que entendem por isso. 

É que, se há 30 anos, havia uma certa uniformidade quanto ao entendimento daquilo que cabia na res tvnae (sabia-se, grosso modo o que era próprio à Tuna e à sua "tradição" e respeitavam-se limites consuetudinários), mesmo que com (muitas) imprecisões históricas, daí para cá a coisa tendeu a esfarelar-se e diluir-se num "no man's land" onde as coisas se fazem a "olhómetro" e os regulamentos são quase sempre ignorados (sobretudo por serem demasiado extensos e, em muitos casos, dúbios).

Fica o reparo.

 



[1] Nem vamos aqui voltar a referir o erro crasso de todos os trajes académicos inventados nos anos 90.


terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Centenário da Tuna de Perosinho (V.N. Gaia)

 Cumpriu 1 século a Tuna de Perosinho, inserida no denominado Grupo Musical da Mocidade Perosinhense.

Fundada em 1925, continua a apresentar uma enorme vitalidade, sendo a sua escola de música uma referência na região.

Como nunca é demais referir, Portugal é o alfobre das mais antigas tunas do mundo com actividade ininterrupta, sejam elas académicas sejam civis.


Foto do concerto realizado na  Casa da Música do Porto pela comemoração do Centenário da Tuna de Perosinho e dos 25 Anos da sua Escola de Música.


Foto do concerto realizado na  Casa da Música do Porto pela comemoração do Centenário da Tuna de Perosinho e dos 25 Anos da sua Escola de Música.


sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Estudiantina El Cid - Calexico Riverside City College /Calexico High School - Califórnia (EUA).

 Dois discos editados nos anos 1970 (não conseguimos apurar o ano exacto de cada um deles) por parte desta Estudantina "El Cid" fundada no ano de 1969 no liceu Calexico de Riverside (Califórnia).

Uma descoberta feita no eBay, espaço onde se vão descobrindo pequenos tesouros históricos sobre a diáspora do fenómeno tuneril.





sábado, 14 de dezembro de 2024

O Ano Tuneril de 2024

 Se tivesse de classificar o ano tuneril de 2024, diria que, de certa forma, foi um Annus Horribilis, dado que foram 5 as perdas ocorridas nas nossas fileiras tunantes.

Mas vamos à rápida crónica cronológica do ano de 2024[1].

O  primeiro destaque, logo em Janeiro, vai para o 20.º aniversário deste blogue, que começou por se chamar “Tunices”. São 20 anos de partilha de informações, investigações e opiniões sobre o fenómeno tunante a nível global. Outra efeméride do mês foram os 30 anos da VicenTuna.

O segundo destaque, já em Fevereiro, vai para o jantar anual do PortugalTunas, iniciativa que, desta vez, teve lugar na Covilhã, a assinalar mais um ano de existência e trabalho exemplar em prol da comunidade tunante. Merece igual atenção o 20.º aniversário da Tuna de Veteranos de Viana do Castelo, celebrados com pompa e circunstância[2]. Com mais 2 certames ficou o mês de Fevereiro arrumado.

Seguiu-se o mês de Março, onde, para além de certames já com mais de duas décadas, tivemos, logo nos primeiros dias, mais um edição das JIT (Jornada Internacionais de Tunas) e que, como infelizmente tem sido apanágio, pouco ofereceu em termos substantivos, dado o déficit qualitativo e de rigor científico, contribuindo, até, para a disseminação de informações falsas[3]. O grande destaque vai, naturalmente, para o lançamento de mais um CD, por parte da Estudantina Universitária de Coimbra, sob o título de “Mais Além”. Nunca época onde lançar um trabalho discográfico é já tão raro, há ainda quem agite positivamente as águas. Uma menção, ainda, ao 30.º aniversário da Tunapapasmisto do Instituto Politécnico de Portalegre



Abril, por sua vez, é mesmo de “festivais mil”, mas destacaremos 2 acontecimentos: a partida precoce do André Oliveira “Vegeta” (da Hinoportuna) e o concerto comemorativo dos 25 anos da Tuna Veterana do Porto[4]. Uma referência ainda ao FITUA que já vai na sua 32.ª edição.

Maio teve como destaque o 30.º aniversário da TFISEL, mas foi um mês ensombrado para a Hinoportuna que viu partir mais um dos seus elementos, com o falecimento do João Tiago Matos “Ervilha”. Um Annus Horribilis para os amigos de Viana, não haja dúvida.

Passadas as queimas, chegou Junho e com mais um acontecimento triste, já que partia mais um membro da nossa comunidade, o Celso Ribeiro “Trinca-Violas”, da Azeituna. O mês ainda viu a realização do III EITA (Encontro Ibero-Americano de Tunas Académicas), realizado em Guimarães[5]. Um ou outro certame mais e entrávamos em Julho com uma novidade relevante: o lançamento do livro “Os amigos da Tuna” da autoria do  João Velez e do João Correia, um livro infantil que também fará as delícias dos graúdos.

Agosto, mês de férias no mundo escolar, viu sinalizar-se o centenário da Tuna Musical de Anta, uma das mais antigas, em actividade, no mundo.

Setembro é sinónimo de regresso ao trabalho e reinício do ano lectivo. Um mês de que não teremos, certamente, saudades nenhumas. Apesar de se assinalar o centenário da Tuna Musical de Santa Marinha (Vila Nova de Gaia), sendo mais um exemplar das tunas mais antigas existentes, e de mais alguns certames, bem como o lançamento do CD da Cientuna - Tuna Feminina de Ciências do Porto, foi a partida inesperada e chocante do Afonso Gonçalves, um jovem tuno da anTUNia, de apenas 21 anos, filho do nosso conhecido tuno veterano Paulo Saraiva Gonçalves, da Tuna Veterana da Universidade Portucalense.

Se a partida de jovens tunos quarentões e cinquentões é sempre uma grande perda, quando isso acontece com a segunda geração, ou seja os nossos filhos, é catastrófico. Bastaria a partida do Afonso para o ano ser magnum horribilis, porque efectivamente na flor da idade, com uma vida promissora pela frente, porque tão injusta (como é sempre) a morte de alguém tão jovem.

Mudando um pouco a conversa, e para fazer de separador neutro na cronologia, mencionar a nova temporada do programa “Estrelas ao Sábado” (uma miséria “franciscana”) no qual as nossas tunas têm continuado a desfilar sem grande brilho (e sem noção desse impacto), diga-se. Mas o que creio muito pouco prestigiante e digno é andarem nas redes sociais a pedinchar televotos; até porque nem parece surtir grande efeito, como é um pouco caricato. É de perguntar se quem ali vai quer ser apurado por mérito artístico ou por populismo de likes[6].

Mas adiante.

Outubro chegou e com algumas novidades. Desde logo a criação do CITÂNIA, um novo circuito ibérico de tunas veteranas, destinado aos grupos do noroeste peninsular. Conquanto não constitua uma forma de apartheid, será mais uma iniciativa positiva. O tempo dirá das motivações e solidez da coisa.

Mas o grande destaque vai mesmo para a digressão conjunta da TUIST & Azeituna ao Brasil, quer pela dimensão do projecto quer pelo facto de suceder com dois grupos com nenhuma afinidade geográfica (Lisboa/Braga), prova de que o mundo tunante é capaz de calcorrear fronteiras e encurtar distâncias, quando não anda a morder a própria cauda. Também uma nota para os 114 anos da Tuna de São Paio de Oleiros, mais uma centenária instituição a provar que “velhos são os trapos”.

 De Novembro temos a lamentar mais uma perda, desta feita da Inês R. Muacho, antiga pandeireta da TAFUÉ, elevando para 5 as perdas sofridas pela comunidade tuneril portuguesa.  O mês viu ainda comemoradas a efeméride dos 30 anos da TunaMaria, da Tuna Afonsina, da Tuna Iscalina e da TFIST. Ainda a referir, com grande sublinhado, o XXVII Certamen Internacional de Cuarentunas, realizado em León, dada a sua dimensão incomum (24 tunas e cerca de 600 tunos participantes)[7] e porque parece ser cada vez mais importante dar a conhecer à nossa comunidade, sobretudo ao já considerável contingente acima dos 40, que é possível viver a Tuna sem ser apenas na tuna de origem (havendo formatos criados, precisamente, para uma vida menos disponível e com objectivos díspares dos grupos estudantis mais juvenis). O mês encerrou-se com a digressão ao Peru da Tuna da Universidade Lusíada do Porto e os 25 anos da TUALLE.

Dezembro trouxe-nos uma prenda de Natal agarrada às comemorações dos 30 anos dos GaTunos, com o lançamento do seu CD “A Fuga”.

No que concerne à (in)formação, não houve, este ano, publicação de livros/trabalhos de investigação por cá (mas houve um aqui ao lado[8], embora seja uma obra que vale apenas pelos dados mais contemporâneos que traz) e apenas a actividade do PortugalTunas, dos blogues do costume e do grupo “Tunas&Tunos” no Facebook foram garantindo algo mais, num mundo de posts efémeros, tão instagramáveis quanto voláteis (e, por isso, inúteis) . É mais um ano sem ENT[9] onde nem mesmo a realização de pseudo-iniciativas similares[10]  chegou para suprir esse hiato. Mais um ano onde reaparecem casos de praxismos, com Tunas desavindas com o organismo praxista lá do bairro e se vai constatando a enorme perversidade que se se regista, de norte a sul do país, na mistura de duas realidades não apenas díspares, mas funcionalmente incompatíveis e ridículas.

Não foi ano de boa memória, há que convir, e esperamos sinceramente, que o ano de 2025 possa trazer mais, sobretudo em qualidade e diversidade, e menos tragédias.

 

 


[1] E perdoar-me-ão, certamente, se omiti algo importante; que poderão, contudo, apontar, para atualização do artigo.

[2] Embora fundada em 2023, a sua 1.ª actuação ocorreu em 2024.

[3] Como aliás é possível confirmar em pesquisas na net sobre origem das Tunas, nomeadamente no Google Escolar, onde surge uma sucessão de artigos alojados no site do IPB que estão pejados de erros científicos e históricos graves (alguns dos quais já AQUI assinalámos)

[4] Oficialmente fundada em Janeiro de 1999.

[5] Onde o rico programa acaba por ser menos brilhante na parte das “jornadas culturais”.

[6] Quando a avaliação se baseia em quantos amigos se conseguem mobilizar para votar, tenham ou não visto a emissão e tenha a prestação sido boa ou medíocre… está tudo visto. O acto de andar a pedinchar votos é, a todos os títulos, ridículo, a meu ver e não beneficia a imagem pública da Tuna.

[7] É preciso recuar algumas décadas para encontrarmos eventos destes com tantos participantes.

[8]  O lançamento, durante o XXVII Certamen Internacional de Cuarentunas de León, do livro Ronda la Tuna – Estudiantinas y Rondallas leonesas, de Fernando Castañón Garcia.

[9] E talvez não fosse mal pensada uma edição online.

[10] Jornadas Internacionais em Bragança ou Jornadas Culturais em Guimarães.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Fake Reels sobre Tunas no The Portuguese Dictionary

Infelizmente, o advento das redes sociais permitiram que o idiota da aldeia pudesse ter voz e espalhasse as suas idiotices. O pior é haver quem coma gato por lebre.

Não custava assim tanto pesquisar, sobretudo perante a responsabilidade de pretender publica e credivelmente ensinar ou informar. Ora, diz o ditado que "quem não tem competência, não se estabelece!
O que é dito sobre as Tunas, por parte desta página auto-intitulada de "The Portuguese Dictionary" (presente no Instagram e FB) é mais um hino à mediocridade e com a agravante de viralizar junto de pessoas pouco avisadas.
Pois nós republicamos o vídeo com alguns comentários nossos.