domingo, 14 de dezembro de 2025

O Ano Tuneril de 2025

O ano tuneril de 2025, que agora finda, foi, como sempre um pouco de “mais do mesmo”. Um calendário preenchido com festivais (destacando-se Março e Novembro como meses mais fortes em termos numéricos) e polvilhado, amiúde, de algumas novidades, bem como de desaparecimentos precoces.


O grande evento do ano foi, sem sombra de dúvida, o regresso do ENT – Encontro Nacional de Tunos, realizado em Outubro passado, em Tomar, com um programa rico, pertinente e tratado por quem, de facto, percebe dos temas e prima pelo rigor histórico e científico[1]. Passados 12 anos sobre a última edição realizada em Vila Real, espera-se que outras tunas peguem no testemunho e possam dar continuidade ao ENT.

Outra iniciativa relevante chegou-nos, mais uma vez, pela PortugalTunas TV, com o “É o que temos”, um podcast de 7 episódios a analisar, informalmente, a Tuna, nestes anos pós-pandemia. E por falar em podcast, sublinhar o surgimento do “PodcasTuna”, primeiro podcast inteiramente gerado por IA (embora com supervisão científica) dedicados a tunas, e cujos 11 episódios passam em revista a história da Tuna (das origens à sua diáspora pelo mundo), sendo que os últimos 3 são dedicados ao MFT, ENT e PortugalTunas, respectivamente.

Mas há também a registar a partida precoce de vários tunos: João Rocha (TAIPCA), João “Gertrudes” Fragoeiro (da ForTuna), Micael Costa (da Tun’Unkacerta), Lara Gonçalves (da Sal&Tuna) e António “Pastilhas” Batista. (FAN-Farra de Coimbra).  Fica aqui a nota de pesar por todos eles.

O ano de 2025 ficou ainda marcado pelo lançamento de dois trabalhos discográficos (devidamente repertoriados pelo MFT – Museu Fonográfico Tuneril), o “Gerações”, da Phartuna - Tuna de Farmácia de Coimbra, e o “Príncipe do seu tempo”, da Tuna Académica da UTAD. É de louvar o esforço e aposta em produzir trabalhos físicos, em detrimento da aposta exclusiva em plataformas online onde tudo é efémero e se irá, irremediavelmente, perder a médio prazo (e que nem devidamente catalogado pode ser).

Outro destaque é o da efeméride de 2 centenários: o da Tuna de Perosinho e o da Tuna Musical ''A Vencedora'' de Vilar de Andorinho, ambas de Vila Nova de Gaia.

Finalmente, recordar que a emissão “Praça de Alegria” perfez 30 anos (demos disso nota em artigo). Uma das mais icónicas e duradouras emissões televisas em Portugal e das mais significativas e queridas da comunidade tuneril.


O desejo que fica é que 2026 possa ser mais e melhor para a Tuna e os Tunos portugueses.

[1] Ao contrário do que andam a fazer alguns mais a norte.

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