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terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Certamen de Tunas em Coimbra, 1908


Não é inédito termos notícia de certames de tunas em Portugal, em inícios do séc. XX (QVID TVNAE, 2011-12). O que é de facto inédito é termos dados sobre o regulamento de um deles.
Foi o que fomos descobrir num periódico conimbricense de 1908, o qual relata a organização de um "Certamen de tunas", organizado pelo "Coimbra-Club", inserido nas Festas da Rainha Santa (Festas da Cidade de Coimbra).

Até à data, e dessa época, só conhecíamos regulamentos de certames em França, Itália, Bélgica...[1], sendo que este tem muitas similitudes.
Atente-se ao pormenor curioso na preocupação em garantir equidade entre tunas concorrentes, só permitindo, por exemplo, que na peça escolhida pelo júri, apenas possam tocar os instrumentos indicados na partitura fornecida.

Resistência (Coimbra), Ano XIV, N.º 1349, de 08 de Outubro de 1908, p.1.

Não foi possível apurar  quais as tunas que participaram neste certame em particular (já que, em anos anteriores, encontrámos tunas populares da região de Coimbra e, sobretudo, da região de Anadia e Mealhada, a participarem).


[1] Vd. SILVA, Jean-Pierre - A França das Estudiantinas -Francofonia de um fenómeno nos séc. XIX e XX. CoSaGaPe, Lisboa, 2019.


sexta-feira, 5 de julho de 2019

QVOT TVNAS - Censo de Tunas Académicas em Portugal (1983-2016)

Edição de Abril de 2019 (embora lançado apenas entre Maio/Junho), esta é uma obra pioneira no que se refere a censos de Tunas, seja a nível nacional quer mesmo a nível internacional.


Pioneira pela metodologia e rigor, mas igualmente, no caso de Portugal, porque se trata do primeiro recenseamento objectivo e exaustivo da evolução do chamado "Boom de Tunas", preenche uma lacuna que há muito precisava de resposta: conhecermo-nos melhor em termos de expressão numérica (uma ferramenta que permite olhar e compreender o fenómeno sob vários prismas) e acabar com números atirados ao calhas.










Nota: Uma pequena gralha na Nota Introdutória que refere 458 Tunas referenciadas, quando são 459.


O livro estabelece um estudo meticuloso do quando, quantas e que tipo de Tunas académicas existiram em Portugal entre 1983 e 2016.
Com 459 Tunas inventariadas (455 delas fundadas a partir de 1983), chega-se a 2016 com 284 grupos activos, tendo ficado pelo caminho 175 que, entretanto, desapareceram.
É tudo isso que se pode descobrir, passando os olhos por tabelas, gráficos e textos que contextualizam, e que possibilita perceber como aqui chegámos.

















Rigoroso e transparente, apresenta a lista de todas as tunas repertoriadas, os respectivos anos de fundação e, no caso de muitas, de extinção ou suspensão de actividade, num levantamento por cidades e regiões, bem como por tipologia (masculinas, femininas e mistas).

Um contributo para a preservação da memória e para futuros estudos sobre as Tunas académicas em Portugal, mas, também, demonstração cabal de que não basta fazer listas de tunas e chamar-lhe "Censo" (como sucede com certos "Censos Mundiais de Tunas", cuja metodologia e dados apresentados são, no mínimo, de duvidosa competência), pois não basta coligir informação tirada da net às 3 pancadas, mas saber também tratá-la, conferi-la e compará-la com fontes diversificadas, sem medo de apresentar as fontes e os dados para o leitor os poder conferir (a isso se chama honestidade, transparência e credibilidade).

Abaixo apresentamos a entrevista publicada na revista Legajos de Tuna, N.º 5 (Ano III, de Junho de 2019), pp.106-107: