A
palavra TUNA é unanimemente considerada pelos filólogos, linguístas e
dicionaristas, como tendo origem no termo "Thune", usado na gíria
francesa a partir do séc. XVI/XVII (embora o termo seja anterior e usado desde
o séc. XIII, pelo menos) para designar a esmola e, por arrasto, os falsos
mendigos ("thuneurs" ou "chevaliers de la thune")
governados em Paris por um "Roi de la Thune" (rei da mendicidade),
senhor da Côrte dos Milagres (porque, de dia, eram mendigos aleijados que
mendigavam e, à noite, regressando ao bairro, ficavam "curados
milagrosamente").
Sobre
isso fala (embora sem se alongar) o seguinte artigo do "Le Figaro":
Esta
teoria está contemplada e pormenorizadamente explicada em Qvid Tvnae (entre
outras teorias também apresentadas), nas páginas 65-84, sendo, aliás, a única
obra, até hoje, a explicar os prós e contras de cada uma das teorias em torno
da origem da palavra TUNA.
Podem
conferir.
Continua
"Thune" a ser a mais sólida e cientificamente comprovada origem do
termo TUNA.
Mais tarde, como sabemos, o termo passará a ter outras significâncias, todas elas enraizadas na ideia da mendicidade, da busca de esmola e sustento ("correr la tuna" - ir em busca da esmola), a vida de ócio e vagabundagem (baseada na obtenção de sustento sem trabalho) e, desde o séc. XIX, designando grupos musicais com alfobre nas "estudiantinas" de Carnaval.
Sem comentários:
Enviar um comentário