quarta-feira, 30 de outubro de 2024

XXVII Certamen Internacional de Cuarentunas de León

Merece especial destaque este certame tendo em conta a sua dimensão incomum nos tempos que correm.

24 tunas participantes (sendo duas delas mexicanas e outra portuguesa), rondando os cerca de 600 participantes é algo já pouco comum e seria preciso recuar uns anos bem valentes para reencontrar um festival com tantos tunos e tunas.

O circuito de quarentunas, sob alçada da Federación Internacional de Cuarentunas, está de boa saúde e recomenda-se, contando com a participação da Tuna de Veteranos de Viana do Castelo, como representante lusa e grande embaixadora da nossa comunidade.

O evento contará ainda com a apresentação do livro "Ronda la Tuna", de Fernando Castañón Garcia, que constitui o primeiro estudo sobre as tunas e rondallas da província de León.

Aupa Tuna!

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Estudiantina Hispano-Americana (México) em 1898

 No México, a Estudiantina Hispano-Americana desfilando nas ruas da cidade.

Tratar-se-á, com toda a certeza, de um grupo de emigrantes espanhóis que normalmente se agrupavam em "Casinos" (associações).





sexta-feira, 25 de outubro de 2024

20 anos de Além Tunas

 E passaram 20 anos. E foi por esquecimento que este artigo ficou por lavrar.

Começou por se chamar "Tunices" e pretendia ser espaço de partilha pessoal de ideias e experiências sobre a Tuna.


Acabou por ser bem mais que isso e, depois de passar a usar a actual designação, assumiu-se como meio de divulgação de trabalhos de investigação tuneris, a par dos artigos de opinião, notícias, crónicas  e curiosidades, sobre o amplo fenómenos das Tunas (e inúmeras vezes referenciado em trabalhos científicos sobre o tema).
Sem pompa, ficam aqui assinaladas as 2 décadas do blogue, criado em Janeiro de 2004.

sábado, 19 de outubro de 2024

IA (Inteligência Artificial) e a Tuna

 

Estamos ainda longe, de podermos considerar a IA (inteligência Artificial) como uma ferramenta credível para trabalhos académicos.

E porque sabemos que no Ensino Superior são vários os alunos que, ao longo dos anos, fizeram trabalhos, teses e artigos sobre Tunas (de forma mais ou menos indirecta)… e porque certamente continuarão a ser produzidos tais trabalhos é que quisemos, de forma sucinta e sem recorrer a versões profissionais pagas, saber se as ferramentas gratuitas de IA eram uma mais-valia para fazer trabalhos sobre Tunas sem ler ou estudar patavina do assunto.



E porque qualquer trabalho que aborde tunas tem sempre uma contextualização histórica e explicativa das origens é que questionámos 2 serviços dos mais conhecidos.

A pergunta era simples: “Trace a origem e história das Tunas Académicas [recorrendo a fontes credíveis consultáveis online].”


No ChatGPT, quase nada corresponde aos factos históricos. Depois diz que é preciso fazer consultas adicionais, mas não fornece qualquer orientação digna desse nome.

Nesta outra versão do ChatGPT, o resultado é quase idêntico, com excepção das fontes que não pedimos. É uma sucessão de erros e falsidades históricas em que, ainda hoje, muitos caem por militante ignorância e economia de intelecto.

Os resultados foram simplesmente decepcionantes. Salvo o caso do Gemini, que ainda conseguiu ir buscar alguma coisa à Wikipédia (de que parte do texto foi por nós actualizado) e ao site da Estudantina de Castelo Branco (a um texto já antigo, da lavra do Ricardo Tavares) que, ainda assim, estão algo desactualizados, o resto é a pobreza “franciscana” nas fontes. O texto do Gemini é, ainda assim, o melhorizinho dentro do mau que é produzido artificial e incompetentemente, mas nem esse escapa a uma avaliação negativa.


Embora com menos erros, afirmar que a 1.ª tuna académica foi a TAUC (e 1888 é quando nasce a Estudantina de Coimbra) e que só a partir daí nascem as demais é falso. Tunas Académicas já as havia. A TAUC será a primeira tuna de feição universitária (a actual TUP é fundada em 1890, mas ainda não havia Universidade no Porto)

Já antes tínhamos colocado uma pergunta mais simples e genérica, "O que são Tunas?", com os mesmos resultados medíocres e erróneos.


Tendo em conta que a maioria dos livros mais recentes e credíveis estão em “Open Space”, nomeadamente nos livros da Google, no Academia.edu ou no Issu.com (entre outros), não se percebe a “inteligência” desta IA que parece o paradigma da preguiça e ineficiência.

Esqueçam o ChatGPT e quejandos! 

Na hora de fazerem trabalho científicos para a escola/faculdade, esqueçam a inteligência que não seja a inteligência natural, a inteligência humana optimizada pelo estudo e leitura, pelo espírito crítico e empirismo isento.

Lembrem-se: mesmo depois da chegada do aspirador, a vassoura continua por cá e é muito mais utilizada e fiável.