segunda-feira, 26 de junho de 2017

QVID TVNAE em Tese de universidade alemã (Musik der portugiesischen Tunas)


Musik der portugiesischen Tunas (A Música das Tunas Portuguesas)

Já não é inédito, contudo não deixa de ser gratificante para os autores portugueses do Qvid Tvnae, verem-se referidos em trabalhos académicos, especialmente no estrangeiro.

Uma tese de licenciatura na Faculdade de Letras da Universidade Católica de Eichstätt-Ingolstadt (Alemanha) de Lisa Helbig (2014), cuja sinopse pode ser encontrada clicando AQUI (a tradução automática permite, ainda assim, perceber).




Para quem domine o idioma germânico, a obra também se pode adquiri na Amazon: https://www.amazon.de/Musik-portugiesischen-Tunas-Lisa-Helbig/dp/3656894736

sábado, 24 de junho de 2017

Tuna/Estudantina - Real Centro Filarmónico Cordobés - Eduardo Lucena, 1905

Um achado que se partilha e que certamente agradará ao Rafael Asencio González ("Chencho" para os amigos), ele que é um estudioso do assunto, com obra editada.






Fonte: A Arte Musical, Anno VII, N.º 148, de 28 de Fevereiro de 1905, p. 1 a 4.







Tuna do Colégio Arriaga de Lisboa (1907)

Programa da festa escolar no antigo Colégio Arriaga[1], em 1907, onde se pode ler que possuía uma Tuna, a qual se apresenta toando a "Marcha Arriaga", a valsa "Voix de la Brise" (composição de 1889 de Guiseppe Bellenghi), a famoso intermezzo "Cavallaria Rusticana" (de Pietro Mascagni, 1890),  o pasa-calle "El Morenito" (do portuense Eduardo Fonseca, 1893) e a valsa "Vénus" (de H. D. Ramenti ?), encerrando a sua participação novamente com a "Marcha Arriaga".
Apesar de muitas voltas dadas, nada mais conseguimos, à data, apurar dessa tuna escolar, que não o edifício onde funcionou.


(BNP-Lambertini, Vol.3)
(BNP-Lambertini, Vol.3)



Libreto do Colégio, então dirigido por Eugénio Moniz, ca. 1896
Eugénio Moniz, director do Collegio Arriaga.
O Tiro Civil, II Anno, N.º 95, de 24 de Dezembro de 1896, p. 1




Nota histórica sobre o edifício


Nos anos 20 e 30 do séc. passado, o Colégio Arriaga esteve instalado na parte principal do edifício do Palácio dos Condes da Ribeira Grande, sito Rua da Junqueira (Belém), muito frequentado por alunos vindos do Ultramar. Posteriormente, em 1936, também ali se instala, noutra parte do edifício, o "Colégio Novo Portugal", seguindo-se, em 1939-40, o "Liceu D. João de Castro" (foi também o primeiro liceu misto de Lisboa, mais tarde denominado de "Liceu Rainha D. Leonor" - actual escola secundária, situada na freguesia de S. João de Brito), e o "Liceu Rainha D. Amélia" (rebaptizado, em 1974, como "Escola Secundária" e transferida, em 2002, para a Rua Jau, no Alto de Santo Amaro).

Fachada do Colégio Arriaga
In ANTT (http://digitarq.dgarq.gov.pt/viewer?id=1216201)


Segundo os dados consultados[2], o Palacete da Ribeira Grande é um edifício barroco edificado em princípios do séc. XVIII pelo 2.º Marquês de Nisa, Dom Francisco Luiz Balthazar António da Gama (1636-1707), que foi general de cavalaria, governador e capitão-general do Algarve, conselheiro de Estado de Dom Pedro II e de Dom João V. O palacete foi ampliado pelo 8.º Conde e 1.º Marquês da Ribeira Grande, Dom Francisco de Salles Maria José António de Paula Vicente Gonçalves Zarco da Câmara (1819-1872), par do reino e alferes-mor do reino e do castelo de São Brás, em Ponta Delgada. Encontra-se, infelizmente, devoluto há mais de uma década, ainda à espera de classificação pelo IGAP (e para qual estaria prevista a instalação de uma unidade hoteleira de 5 estrelas e um Museu de Arte Contemporânea).

Palácio da Ribeira Grande em 1935 - Rua da Jinqueira 62-78; Travessa Conde da Ribeira
Espólio de Eduardo Portugal, in AML
Fonte: http://lisboadeantigamente.blogspot.pt/2015/10/palacio-ribeira-grande.html







[1] Não tendo sido possível (nem quisemos fazer disso prioridade) aferir a fundação do dito colégio, sabemos que já em 1894 existia, pois, nesse ano, forma uma equipa de futebol. (in http://www.casapia-ac.pt/momentos.pdf [Em linha], consultado a 22 de Junho de 2017.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Certame com Tunas em 1908

Não são incomuns os certames com tunas em épocas mais recuadas[1], embora fossem bastante raros em Portugal.[2]
Este caso, que aqui trazemos, inscreve-se no âmbito dos tradicionais Jogos Florais, antiquíssima tradição muito em voga em finais do séc. XIX e inícios do XX.
Também podiam ocorrer no dia dedicado à Batalha das Flores (no Carnaval).




(BNP-Lambertini, Vol.4) 

(BNP-Lambertini, Vol.4

(BNP-Lambertini, Vol.4
















[1] COELHO, Eduardo, SILVA, Jean-Pierre, TAVARES, Ricardo, SOUSA João Paulo - QVID TVNAE? A Tuna estudantil em Portugal - Euedito, 2011, p.246.
[2] Em França, por exemplo, os concurso de estudiantinas (que se contavam às muitas centenas por todo o território e colónias do magreb) eram muito comuns até à 1ª grande guerra (1914-1918), havendo divisões/ranking conforme a qualidade.

domingo, 18 de junho de 2017

Tuna Valladolid-Coimbra no Coliseu dos Recreios (Lisboa), 1902


Uma tuna de Valhadolid, que se deslocou a Coimbra entre 16 e 20 desse mês, oriunda de Lisboa, seguindo depois para o Porto.[1]
Da sua passagem por Coimbra será o postal que tratámos em artigo recente.

Os presentes documentos demonstram essa sua primeira escala em Lisboa, actuando no Coliseu dos Recreios.

De salientar e sublinhar a participação da Tuna do Liceu Central de Lisboa (regida por Carlos Canedo), e de dois elementos da Tuna da Escola Politécnica de Lisboa, um deles o famoso Alfredo Mantua (maestro daquela tuna e também regente da Grande Tuna Feminina).


BNP-Colecção Lamberti, Vol.2

Diário Illustrado, 31.º anno, N.º 10396, de 13 de Fevereiro de 1902, p.1

Diário Illustrado, 31.º anno, N.º 10397, de 14 de Fevereiro de 1902, p.2



A "Tuna Valladolid-Coimbra" aparece referenciada em vários periódicos portugueses castelhanos e, segundo Qvid Tvnae (2012) a designação que adopta (em jeito de nome de linha de combóio) ilustraria o carácter efémero destes agrupamentos, indicando que teria sido especificamente criada para uma deslocação a Coimbra, em retribuição da visita que a TAUC fizera àquela cidade, desmobilizando a seguir.


Contudo, parece que, com os dados de que dispomos actualmente, tal tuna não era uma formação pontual e fugaz, mas um grupo de carácter permanente que começou precisamente em 1902 (no dia 10 de Fevereiro está em Gijón, segundo Félix Martin Sárraga - Géneros musicales interpretados por las Tunas y Estudiantinas según la prensa de la época [1900-1958] 2017, p. 2). 
Basta, para isso, vermos que a sua bandeira ostenta o ano de 1902 como data de fundação, e que temos constância da sua actividade nos anos seguintes.
A designação "Valladolid-Coimbra" terá sido, precisamente, para reforçar o motivo e destino principal da sua vinda a Portugal, um cognome (apodo), por assim dizer.


A narrativa feita pelos próprios espanhóis pode AQUI ser consultada.


Estandarte da Tuna Escolar de Valladolid, também conhecida por "Tuna Vallisoletana",
Tem , por dimensões, 238 x 140 cm, e é feito em guache sobre seda. Tem um formato vertical e apresenta, 
sobre as cores da bandeira espanhola, o escudo de Valladolid e um conjunto de ramos,  livros e pandeireta dominado, no  centro, por  um tuno que recebe a fita de uma dama, tendo  por pano de fundo fundo toda a Tuna diante da fachada  da Universidade. 1902 atesta o ano de fundação da tuna.

A Tuna Escolar de Valladolid, ca. 1903
Imagem publicada em  Tvnae Mvndi em 15-12-2015

Tuna de Valladolid em 1906
In http://abcfoto.abc.es/temas/tunas-2251880/














[1] O Século, xxii Ano, n.ºs 7.229 e 7.232, 16 e 19 de Fevereiro de 1902, respectivamente, citado em Qvid Tvnae (2012).

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Estudantina Suecca em Lisboa (Circo Price), 1879

É um de muitos mistérios que subsistem em torno do fenómeno tuneril de antanho.
Anunciada como uma tuna que fez sensação na Exposição Universal de Paris e na corte de Viena (Áustria), esta "tuna" "suecca" esteve por Lisboa de Setembro (18) a Outubro (16) de 1879.

Na verdade, estamos perante um mero grupo de estudantes. Assim, o termo "Estudantina", que o grupo em causa utiliza, tem o seu sentido original: grupo de estudantes "tout court", sem a conotação aos grupos estudantis que tocavam instrumentos de corda.

Um grupo de estudantes pertencentes à "Grande Universidade de Upsaala" e que era, na verdade, um coro de câmara e não uma tuna.


BNP, Colecção Lambertini, Vol.1

BNP, Colecção Lambertini, Vol.1

BNP, Colecção Lambertini, Vol.1

BNP, Colecção Lambertini, Vol.1

BNP, Colecção Lambertini, Vol.1

BNP, Colecção Lambertini, Vol.1


BNP, Colecção Lambertini, Vol.1
(Investigação pessoal de Rui Marques)

- Diário Ilustrado, 8.º anno, N.º 2279, de 21 de Setembro de 1879, p. 2
(Investigação pessoal de Rui Marques)




Legajos de Tuna, n.º1 - Portugal, Museu vivo da tradição tunantesca

Capa do 1.º número da revista.




Documento completo: 
https://issuu.com/legajosdetuna/docs/legajos_de_tuna._n___1



PORTUGAL


Legajos de Tuna, Junho de 2017, p. 35

Legajos de Tuna, Junho de 2017, p. 36

Legajos de Tuna, Junho de 2017, p. 37

Legajos de Tuna, Junho de 2017, p. 38

Legajos de Tuna, Junho de 2017, p. 35







Estudantina Portugueza em 1880




Há, com efeito, coisas surpreendentes e curiosas, quando se faz investigação.
Foi o que me sucedeu hoje, numa das minhas investigações na Biblioteca Nacional.

Desta feita, a notícia de uma Estudantina Portugeza que, de acordo com o cartaz que anuncia o espectáculo, refere que fez sucesso na sua digressão por Espanha.

Sabemos, como aliás se confere em "Qvid Tvnae" (2012), que diversas tunas que se deslocavam à vizinha Espanha eram normalmente apelidadas de "Tuna Portuguesa" ou "Estudiantina Portuguesa", omitindo-se, diversas vezes, a sua origem geográfica (o que nem sempre facilitou, nem facilita, ainda hoje, a tarefa dos investigadores).

Esta "Estudantina portugueza" é anunciada no Coliseu de Lisboa como sendo um grupo que fez uma digressão relevante por toda a Espanha.
De onde seria tal estudantina?
O anúncio não faz menção do repertório apresentado (apenas  refere aquele que é tocado, no salão, pela Orquestra 24 de Junho), pelo que mais difícil se torna.

O que se sabe é que, a 23 de Junho de 1880,  esteve uma estudantina portuguesa a tocar nos jardins do Coliseu de Lisboa.

De que grupo se trata, não sabemos. É possível que fosse de cariz estudantil, dado que há registo de estudantinas de estudantes em Coimbra desde finais da década de 1860[1].
Tratar-se-ia, já nessa altura, da a famosa estudiantina coimbrã, dirigida pelo estudante Jayme Abreu - que é detectada em 1885 a dar concerto em favor das vítima andaluzas?[2] Não o podemos garantir.
 É, portanto, também possível que fosse de natureza civil urbana, dado já existirem vários grupos do género.

Na verdade, não o sabemos. É assunto a merecer mais aturadas pesquisas.
Seja como for, fica este dado partilhado.


(BNP - Colecção Lamberti, Vol.1)


 Diário Ilustrado, 9.º anno, N.º 2550, de 23 de Junho de 1880, p.4


Diário Ilustrado, 9.º anno, N.º 2551, de 24 de Junho de 1880, p.2

Diário Ilustrado, 9.º anno, N.º 2552, de 25 de Junho de 1880, p.4



[1] SILVA, Jean-Pierre, in Blogue "Além Tunas" - A Tuna em Portugal,  Pré-Existências Populares. Artigo de 28-06-2016 [Em linha: http://alemtunas.blogspot.com/2016/06/a-tuna-em-portugal-pre-existencias.html], citandoa página FB "De NOME Brandão" (30-06-2013).
[2] NUNES, António Manuel - Estórias que a bandeira da [Estudantina]/TAUC conta. Bolgue "Guitarra de Coimbra V", artigo de 28 de Setembro 2015. [Em linha: http://guitarradecoimbra4.blogspot.com/2015/09/estudantina-de-coimbratauc-em-dezembro.html ]. Última consulta de 07-08-2018

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Tuna Orquestra União dos Empregados de Comércio do Porto


Cinco documentos sobre a famosa Tuna Orquestra União dos Empregados de Comércio do Porto, que servem para aumentar a informação disponível sobre essa agremiação.


Embora tenhamos em posse outros documentos, os mesmos já estão online e podem ser consultados no blogue "Portvs Cale Tvnae(escusando repetir esse conteúdo), especialmente dedicado ao fenómeno tuneril na Invicta.


Tuna Empregados Comércio do Porto em Guimarães
- Occidente, 36.º anno, XXXIII Vol.,N.º 1139, de 20 de Agosto de 1910, p.188

Tuna dos Empregados de Comércio do Porto em Lisboa.
O Zé, 4.º Anno, N.º 91 -2.º, de 06 Agosto 1912, p.5
A Tuna dos Empregados do Comércio do Porto no Coliseu de Lisboa
A Arte Musical
, ano XIV, n.º 331, de 30 de Setembro de 1912, p. 178
(Investigação pessoal de Rui Marques)

A Tuna dos Empregados do Comércio do Porto em Lisboa
Echo Musical, ano 2, n.º 84, de 1 de Outubro de 1912.
(Investigação pessoal de Rui Marques)
Tuna Orquestra da União dos Empregados do Comércio do Porto
- Illustração Portugueza Nº 330, 17 Junho de 1912, p. 785


sexta-feira, 2 de junho de 2017

Tuna Académica do Porto em 1926

In Ilustração, I.º Ano, Número 10, de 16 de Maio de 1926, p. 10